Cargos (Kijingu) no Candomblé Angola.



Kijingu (Cargos):

Os cargos no culto afro Bantu são denominados conforme a capacidade e dom de cada iniciado no candomblé Angola, e por idade de Santo para agir tal função:


Hierarquia Kibundo e Kicongo

1 - Tata - Pai/Sacerdote.

2 - Mametu - Mãe/Sacerdotisa.

3 - Tata Ndenge - Pai pequeno.

4 - Mametu Ndenge - Mãe pequena.

5 - Tata Lubito - Guardião das chaves do Nzo.
6 - Tata Mavambu - Homem confirmado, que cuida da casa de Exu.
7 - Kambondo Nsaba ou Tata Nsaba - Responsável pelas folhas.
8 - Tata Kivonda - Responsável pelas matanças, pelos sacrifícios de animais.
9 - Tata Mulonji - Preparador dos encantamentos com as folhas e cabaças.
10 - Mametu Mukamba - Cozinheira da casa, que por sua vez, deve de preferência ser uma senhora de idade.
11- Mam´etu Kusasa - Mãe criadeira.
12 - Kota ou Maganza - Em outras nações Ekéji (todos os mais velhos que já passaram de 7 anos, mesmo sem dar obrigação, ou que estão presentes na casa, também são chamados de Kota).
13 - Tata Nganga - Pai feiticeiro
14 - Kutala - Herdeiro da casa.
15 - Mona Nkisi - Filho de Santo.     
16 - Mona Muhatu Wá Nkisi - Filha de santo (mulher).
17 - Mona Diala Wá Nkisi - Filho de santo (homem). 
Divisão Sacerdotais no Brasil:
Mam’etu ia Mukixi......Sacerdotisa no Angola.
Tatetu ia Mukixi......Sacerdote no Angola.
Nganga-a Nkisi.........Sacerdote no Kongo.
Mametu Ndenge..........Mãe pequena no Angola.
Tatetu Ndenge..........Pai pequeno no Angola.
Kambondo ou Kambondu...Todos os homens confirmados, tocador de Ngoma.
Kimbanda................Feiticeiro, curandeiro.
Kisaba.................Responsável pelo colhimento das sagradas folhas.
Tata Utala..............Pai do altar.
Kivonda.................Sacrificador de animais (Kongo).
Kambondo Pokó...........Sacrificador de animais (Angola).
Kuxika ia Ngombe........Tocador (Kongo).
Muxiki..................Tocador ( Angola).
Njimbidi................Cantador (Angola).
Ntodi......................Cantador (Kongo).
Kambondo Mabaia.........Responsável pelo barracão.
Kota....................Todas as mulheres confirmadas.
Kota Mbakisi............Responsável pelas divindades.
Hongolo Matona..........Especialista nas pinturas corporais.
Kota Ambelai............Toma conta e atende aos iniciados.
Kota Kididii............Toma conta de tudo mantém a paz.
Kota Rifula.............Responsável em preparar as comidas sagradas.
Kota Mutintá..........Responsável pelo preparado das sagradas tiintas.
Mosoioio................As (os) mais antigas.
Kota Maganza............Título alcançado após a obrigação de 21 anos.
Muzenza.................Título dado aos iniciados.
Uandumba................Designa a pessoa durante a fase iniciatória.
Ndumbe..................Designa a pessoa não iniciada. 



O Barracão da Nação Angola recebe dentro do culto o nome Nzo também Senzala. O termo Nzo é oriundo da linguá Kibundo no dialeto Umbundo quer dizer Casa ou Terreiro. Divide-se em varias partes rituais e outras litúrgicas com nomes próprios do culto no Candomblé Angola como veremos a seguir.
Abraço - Ndandu
Abrir - Kujikula
Abrir os olhos - Jula o mesu
Absoluto - Kinene-nene
Absurdo - Kiavoka
Abundância - Dibutu
Acalmar
- Sankalala
Acidente - Kifua
Acompanhar - Kueda-atuadi Aconselhar - Kuambela
Acordar - Kubalumuna
Acreditar - Kuikila
Afastar o mal - Kenguluka
Agradecer - Kutondela
Agradecimento - Kisakidilu
Ajoelhar-se - Kubolama
Alegria - Ngala
Amigo - Kamba
Amizade Ukamba
Arrependimento - Kitololo
Bença - Makóiu
Chorar - Kudila
Chuva forte - Dibanda
Combatente, valente - Mubangí
Confiança - Mbuanza
Consagrar - Sambulua
Coração - Muxima
Deus - Nzambi
Experiência - Ntonta
Que Deus lhe acompanhe - Nzambi ikale ni enhe!
Falsidade - Luvunu
Força - Nguzu
Guardião - Nlundi
Guerreiro - Mukuolua
Honra - Ukindi
Maldição - Kiloko
Vitória - Kikóue
Viver - Sansuka
Amigo do coração - Kamba ria muxima
Espaço na casa onde se fazem or rituais públicos e danças ritualisticas. - Sambilé

Cumieira - Angomi Duilo
Chão da Casa. - Tamburu
Casa de Exu - Nzo Pambu Njila
Poço - Kassimba
Ronkó - Indemburo
Banheiro Katuji
Casa de Tempo - Nzo Kidembo
Quarto preparado para jogo de búzios - Nzo Muzambú
Casa de assentamentos dos filhos da casa - Nzo Kassubenka
Conjunto de 3 atabaques Ngoma
Bom dia - Amanhecer - Menen-Menen
Boa tarde - Atardecer Anangaiu
Boa noite - Anoitecer - Ingorossi

Tatetu Nzazi - A Ku Menekene Usoba Nzazi (Salve o Rei dos Raios).

Nkisi Tatetu Nzazi (O Senhor dos Raios).
 
Seu nome se origina da palavra Nzazi que quer dizer raio razão pela qual essa divindade está associada ao fogo bem como intimamente ligada aos trovões, raios e pelas pedras segmentadas formas pelo choque causado pelas descargas elétricas naturais ao tocarem o solo. Nzazi é comparado erroneamente por muitos ainda dentro das religiões africanas Bantu.

Quando uma casa é atingida por um raio a família é banida da comunidade, acreditam que tal fato ocorreu devido à erros graves cometidos por aquelas pessoas. Também é atribuído o sentido da justiça de punir severamente os falsos traidores e criminosos muitas vezes até com a morte. Nzazi o mais temido e respeitado de todos os reis, talvez estejamos diante do Nkisi mais cultuado e respeitado no Brasil.

É portanto o principal tronco do candomblé Angola no Brasil, Nzazi é o rei das pedreiras, senhor dos coriscos e do trovão, pai da justiça é o Nkisi guerreiro bravo e conquistador. Nzazi também é conhecido como o Nkisi mais vaidoso entre os deuses africanos. É o monarca por natureza, Nzazi também é representado pela pedreira é a pedra seja ela qual for, o fogo interior da terra, a lava do vulcão, Nzazi é o próprio vulcão.

Está presente em todos os lugares rochosos e arenosos e também muito ligado ao calor do Sol, o justiceiro da natureza aquele que manda castigar e que também castiga. Nzazi está presente em muitos momentos importantes de nossas vidas como por exemplo: nas decisões judiciais, na voz da prisão, na autoridade do professor, do policial, do juiz, do pai ou da mãe, tio, avô, irmão mais velho ou responsável, Nzazi é a atitude digna a fortaleza a decisão final, filho de Lembá Dilê. Nzazi nasceu para reinar para ser monarca para conquistar e solidificar cada vez mais sua condição de Rei.

Uma das lendas que mostra bem o senso de justiça de Nzazi é aquela que conta a história feita pelo deus do trovão. Nzazi acompanhado de numeroso exército à frente e com o exército inimigo, seus opositores tinham ordens de não fazer prisioneiros, destruir o inimigo desde o mais simples guerreiro até os ministros. E ao longo da guerra foi exatamente o que aconteceu aqueles que caíam prisioneiros dos exércitos inimigos de Nzazi eram executados sumariamente sem dó ou piedade, sendo os corpos mutilados devolvidos para que Nzazi visse o suposto poder de seu inimigo.

Batalhas foram travadas nas matas nas encostas dos morros nos descampados, Nzazi perdeu muitos homens sofreu grandes derrotas, pois seus inimigos eram impiedosos e bárbaros. Do alto da pedreira Nzazi meditava e elaborava planos para derrotar seu inimigo, quando viu corpos de seus fiéis guerreiros serem jogados ao pé da montanha mutilados com os olhos arrancados e alguns com a cabeça decepada, isto provocou a ira de Nzazi que num movimento rápido e forte chocou seu machado contra pedra provocando faíscas tão fortes que pareciam coriscos. 

E quanto mais forte batia mais os coriscos ganhavam força e atingiam seus inimigos, levantando seu machado em direção ao céu, Nzazi gerou uma seqüência de raios destruindo os chefes inimigos e libertando os guerreiros que logo passaram a servi-lo com lealdade e fidelidade. Assim Nzazi mostrou que a justiça está acima de tudo e que sem ela nenhuma conquista vale a pena e o respeito pelo Rei é mais importantes que o medo. O elemento fundamental de Nzazi é o fogo.

Seus símbolos: O machado de duplo corte, a balança que significa a justiça, xerém uma espécie de chocalho que traz em suas mãos representando o despertar dos rios e dos trovões.
Dia da semana: Quarta-feira, sua cor cultuado no candomblé Angola o vermelho e branco.
A comida ritual mais comum: Amalá o prato principal de Nzazi é feito com quiabo cortado, cebola ralada, sal, azeite de dendê ou azeite doce pode ser feito de várias maneiras. É oferecido numa gamela forrada com massa de acaçá.

Tata Kambondo e Ngomas (atabaques).

Ngomas (expressão que significa tambores) 

Ngoma é o tambor típico construído e encontrado em toda a África e nos Nzo de Raízes do candomblé Angola Bantu. Esticando uma pele de animal sobre um cilindro de madeira o seu uso foi elaborado pelos escravos negros pelo Brasil e por todo o Mundo.

No Brasil a Ngoma é usado nas cerimônias do candomblé Angola, o atabaque de origem africana hoje muito utilizado nos cultos ao Nkisi, Orixás e Voduns, em religiões também de origem afro. 
É na verdade o caminho e a ligação entre o homem e seu próprio Nkisi. Os toques são o código de acesso e a chave para o Mundo espiritual de origem africana, o atabaque é usado em quase todos os rituais afro-brasileiro típico do candomblé e de outros estilos relacionados e influenciados pela tradição africana. De uso tradicional na música ritual e religiosa empregados para convocar os Nkisi. O atabaque tem outras tradições nos candomblés no Brasil, em outras Nações, o maior tem o nome de Rum o segundo tem o nome de Rumpi e o menor tem o nome de Lê.

No candomblé Angola não temos o nome de cada um, chamamos simplesmente de Ngomas, podemos falar Ngoma Hianga, Ngoma.
Os atabaques no candomblé são objetos sagrados e renovam anualmente esse axé, são usados unicamente nas dependências do terreiro, não saem para a rua como os que são usados nos Afoxés. Estes são preparados exclusivamente para nossas divindades, os atabaques têm um alto poder mágico e ao tocar expressam a consagração espiritual. São os grandes tocadores e conhecidos no candomblé Angola como: Tata Kambondo.

Título consagrados aos homens que não incorporam, não entra em transe e são os responsáveis por várias funções de alta confiabilidade e uma delas é consagrar o Nkisi tocando suas Ngomas. Eles ligam os iniciados ás divindades o profano ao sagrado para a raça negra o atabaque representa o logos ao mesmo tempo rei, artesão, guerreiro ou caçador como uma voz múltipla no ritmo vital da alma e reunindo nos momentos do toque.

No Brasil especialmente nos terreiros de candomblé Angola verificamos a presença fundamental das Ngomas e dos Tatas Kambondos – padrinhos do culto africano, ou seja homens que tocam as Ngomas sagradas cuja missão é a de chamar as divindades para que seus adeptos entrem em transe. As Ngomas passam por uma série de estágios como: purificação, preparação e conservação feito por um Tata Kambondo. 

Geralmente as Ngomas estão localizados ao lado do Indemburu (quarto onde se inicia os adeptos iniciantes ou Muzenzas) nenhum visitante pode permanecer neste local. Nos dias em que não são realizadas as festas ou cerimônias as Ngomas são cobertas com um pano branco simbolizando o respeito e a proteção contra Nvumbes (eguns), o cuidado tem um fundamento religioso.

O som produzido por um Tata Kambondo possui uma qualidade especial já que todos Kambondos representam o caminho a voz que invoca os deuses e deusas (Jinkisi e Minkisi) a saírem do seu Universo para incorporarem nos seus adeptos, por isso são tão respeitados. Muitos acreditam que o som produzido por eles sejam a própria voz das divindades. O Tata Kambondo não se limita apenas a produzir sons, também solicita a proteção do seu Nkisi protetor.

Quando o Nkisi está em terra vai até as Ngomas para reverenciá-los demonstrando o seu apreço aos músicos tocadores, dependendo do Nkisi, o ritmo é acelerado e a festa chega ao auge. Depois o Nkisi agradece aos Tatas Kambondos pelos seus esforços pelo fato que eles terão a missão de trazer os deuses e deusas africanos para o espaço mágico tocando as Ngomas místicas, todos os frequentadores expressam um enorme respeito aos Tatas Kambondos.

Nkisi Dandalunda nobríssima senhora princesa.


Mametu Nkisi Dandalunda
 
Dandalunda cultuado no candomblé Angola Bantu considerada a senhora da fertilidade e da lua. Dandalunda senhora Ndanda nobríssima senhora princesa rainha senhora de grande prestígio, cultuada na terra dos Lundas. Senhora dos rios, cachoeiras e riquezas ligada ao ouro e aos dengos femininos, bem como a fertilidade e nascimento.
Tem fortes ligações com Hongolo devido ao movimento das águas não é nenhum sacrilégio identificar Ndandalunda Kisimbi, Ndandalunda kia Maza, elas tem o mesmo significado de ser Dandalunda, linguagem Bantu Kongo, Kimbundo e Kicongo.

Dandalunda guerreira vesti roupa na cor dourada como ouro, Dandalunda leva na mão direita seu leque seu ritual, o abebé de latão ou qualquer outro metal dourado. Dandalunda dança em ritmo lento com passos miúdos segurando graciosamente a saia. Jovem e bela mãe mantém suas características de adolescente.

Cheia de paixão busca ardorosamente o prazer, coquete e vaidosa é a mais bela das divindades a própria malícia da mulher menina. Sensual e exibicionista consciente de sua rara beleza e se utiliza desses atributos com jeito e carinho para seduzir as pessoas conseguindo os seus objetivos.

Quando Nzambi Mpungu estava criando o Mundo escolheu Dandalunda para ser a protetora das crianças, ela cuida de todos os pequeninos desde o momento da concepção e ainda no ventre materno até que pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma. Por isso que Dandalunda é considerada a Nkisi da fertilidade e da maternidade por sua beleza, Dandalunda também é tida como a deusa da vaidade sendo vista como uma Nkisi jovem e bonita mirando-se em seu espelho e abanando com seu leque.

O toque de ritmo lento é ritmado como o balanço das águas tranquilas e muito apreciado pelos fiéis quando estão presentes, Gongobila ele acompanha em suas danças. Alguns mitos referem a ela como Dandalunda outros enfatizam sua proximidade com Gongobila, apresentado como filho como mensageiro havendo entre ambos tão estreita relação que chegam a ser considerados complementares.

É considerada também a divindade protetora das mulheres, chamada mãe das crianças a ela pertence a fertilidade de homens e mulheres. Todo ano por ocasião do festival realizado em sua homenagem mulheres estéreis tomam água de seu santuário esperando retornar no ano seguinte com os filhos por ela concedidos para agradecerem a graça alcançada.

Não apenas a fertilidade pertence a Dandalunda a prosperidade também, além disso confere a seus devotos a desejada proteção contra acontecimentos adversos. Assim sendo é invocada nas mais distintas circunstâncias, não há o que não possa fazer para ajudar seus devotos.

Características de Dandalunda.

DANDALUNDA - É uma divindade velha de culto antigo, veste cores claras a mais tradicional amarelo ouro, usa abebé e alfange.
Seus símbolos: Leque, espelho, ouro, abebé de latão ou qualquer outro metal dourado.
Dia da semana: Sábado em sua homenagem e sua cor cultuado no candomblé Angola o amarelo ouro.
A Comida ritual mais comum: Omolocum - comida oferecida a Dandalunda é feito com feijão fradinho cozido refogado com cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê ou azeite doce, enfeitado com camarões inteiros e ovos cozidos inteiros sem casca.

Jinkisi, Minkisi (deuses e deusas) criadores da natureza.


Jinkisi e Minkisi (deuses e deusas).

Nkisi (ser divino Santo) 

São divindades e criadores dos elementos da natureza cada Nkisi representa uma força ligação da natureza. Quando cultuamos nosso Nkisi, cultuamos também as forças elementares oriundas da água, da terra, do ar e do fogo essas forças em equilíbrio produzem uma enorme energia que nos auxiliam em nosso dia a dia e nos ajudando para que nosso destino se torne cada vez mais favorável.

Sendo assim quando dizemos que adoramos deuses nós se referimos a estar adorando as forças da natureza, forças essas pertencentes a criação do grande Pai conhecido por nós como Nzambi Mpungu (Deus supremo e criador). Como pai jamais deixaria de perdoar meus filhos, tão pouco condenaria por erros que cometem ou que vão cometer. O verdadeiro pai perdoa ensina ama e protege seus filhos, portanto nosso Deus é um pai mais perfeito que qualquer outro pai.

Como já havíamos comentado nosso panteão nada mais é que a junção das energias de todo os elementos da natureza cada elemento e força da natureza é representado por um Nkisi. Aprendemos a sentir e manipular essas energias individualmente através do Nkisi, os seguidores iniciados Mona Nkisi filho(a) sobre a influência de um Nkisi específico detém mais energia do seu influente que os filhos de outros Jinkisi e Minkisi.

Exemplo: Os filhos de Katendê possuem mais energia voltada para as folhas curas e plantas do que os filhos de Nkosi que possuem por sua vez mais energia voltado as armas, ferros, metais, ferramentas e etc. Sendo eles que são os ancestrais divinizados que após fatos heroicos ou divinos e por possuírem energia extrema maior que a capacidade humana poderia suportar, deixaram para nós segredos e ensinamentos encurtando a ligação do material ao espiritual.

Ligação que nós preservamos e usamos não só para nós mas também para as pessoas que nos procuram mesmo sem ter ligações diretas com a religião. Essas ligações são em sua grande maioria revelados por Nzabi Mpungu são inteligências siderais que participaram da criação do Universo cada pessoa traz sua divindade de origem.

Possui uma característica própria e divide-se em caminhos denominados em nossa religião é fundamental a integração com a natureza quanto maior o contato com a natureza maior será seu desenvolvimento sua energia seu axé e portanto maior será o cordão (élo) de ligação com seu próprio Nkisi aproximando mais de Nzambi Mpungu (Deus criador/construtor de todo o Universo). Nkisi significa também o caminho que nós guia em determinados pontos de nossas vidas, caminhos revelados hoje por um Tata ou Mametu (Zelador ou Zelaora) através do jogo de búzios onde se faz necessário o devido culto para que os que dele pertencem seguir e equilibrar sua energia durante o tempo que permanecerá no Ixí (Terra).

Entre todos Nkisi salientamos o de maior e incontestável importância que é o Mutuê (cabeça), seu deus pessoal sua identidade sua consciência viva e presente que antes de tudo deve ser muito bem cuidada, alimentada e equilibrada para que se possa ter a consciência e o equilíbrio mental para possuir ou ser conduzido na energia pura do Nkisi.

Nkisi Mutakalambô, história e característica.



Mutakalambô é um nome que revela a natureza de ser um caçador, á face divina de Nzambi como provedor. Mutakalambô é o deus caçador senhor das florestas antigas e de todos os seres que nela habitam Nkisi da fartura e da riqueza. Mutakalambô foi conferido o título rei de toda a floresta, o senhor de tudo que nela existe o dono do Ixí (Terra).
Na África cabia ao senhor caçador descobrir o local ideal para instalar suas grandes florestas, hoje em todo o Mundo tornando-se assim o primeiro ocupante do lugar com autoridade sobre os futuros habitantes. Hoje é chamado do senhor da humanidade que garante a fartura para os seus descendentes.

Na história da humanidade Mutakalambô cumpre um papel civilizador importante nas condições de caçador e representa as formas mais arcaicas de sobrevivência humana, há própria busca incessante do homem por mecanismos que lhe possibilitem se sobressair no espaço da natureza e impor a sua marca no Mundo desconhecido.

A caça são formas primitivas de busca de alimento são os domínios de Mutakalambô, Nkisi que representa aquilo que há de mais antigo na existência humana a luta pela sobrevivência. Mutakalambô é o Nkisi da fartura e da alimentação aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai em busca da caça para se alimentar.

Sua flecha é como utensílio cultural visto que adquire significados sociais, mágicos e religiosos sobre a natureza. Astúcia inteligência e cautela são os atributos como revela a sua história, esse caçador possui uma única flecha por tanto não pode errar a presa e jamais erra. É o melhor naquilo que faz está permanentemente em busca da perfeição, essa divindade é responsável pela manutenção de todos que habitam em nosso Mundo e ainda tem a função de manter a vigilância noturna nas florestas garantindo-lhes a segurança e há sobrevivência em tudo que nela habita.

Está ligado a abundância de alimentos no Nzo (terreiro), proporcionando a fartura a alimentação a bem-aventurança financeira do Mona Nkisi e da clientela. Filho de Mikaia e Lembá é o deus da caça e vive nas florestas onde moram os espíritos dos antepassados, tem a virtude de dominar os espíritos da floresta.

Na África era a principal divindade onde era conhecido pelo nome de um valente caçador de elefantes. Conduziu sue povo a guerra e os ensinou a arte de guerrear permanecendo até hoje como um grande caçador. Ocupa um lugar de destaque nos candomblés em Salvador hoje em todo Brasil, isto porquê é o patrono de todos os terreiros tradicionais. 

Mutakalambô é o único Nkisi que entra na mata da morte joga sobre si um pó sagrado, avermelhado chamado de Arolé que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imune à morte e aos Nvumbes. Sendo ele um rei carrega o eyruquere (espanta moscas) que só era usado pelos reis africanos pendurado no saiote.

Características do Nkisi: Mutakalambô.

MUTAKALAMBÔ -
É velho e caçador come nas águas mais profundas. Conta um mito que Mutakalambô é o verdadeiro pai de Gongobila, apaixonado por Dandalunda ele se atirou nas águas mais profundas em busca do seu amor. Sua vestimenta é verde igual seu fio de conta ele é o rei e criador das florestas mais antigas.
OFÁ - Não é um Nkisi significa, o arco e a flecha do caçador.
Saudação: Pembelê Tatetu Mutakalambô, Kiuá! Kabila Duilo!!!
Seus símbolos: São vários e todos ligados há caça ou à defesa, sendo o mais conhecido o arco e flecha bem como o embornal e a capanga.
Dia da semana: Quinta-feira sua cor tradicional cultuado no Candomblé Angola a cor verde.
A comida ritual mais comum:
O milho amarelo cozido e enfeitado com fatias de coco, também pode lhe oferecer grãos torrados e frutas em abundância.
Suas Cores: Verde: Verde opaco, verde espelhado somente a cor verde.