Pemba Branca como usar, e como praticar no candomblé.

Pemba

A pemba tem objetivo permanente com os rituais africanos, mais antigos que se pode imaginar. Fabricada com o pó extraído dos MONTES BRANCOS KIBANDA, é empregada em todos os rituais e cerimônia nas Kizombas, comemoração no Nzo, obrigações, feituras, banho de purificação, reuniões ou solenidades africanas. 

Preparados dentro de rituais próprios usando ervas, favas e sementes específicas.
O Pó de pemba alcançam dimensões sutis e extensas, harmonizam, descarregam e energizam os iniciados, os consulentes, o terreiro e qualquer ambiente potentemente.


O uso da pemba nas cerimônias de iniciação de uma Muzenza.

Sacre Lazenza: 

Saídas das cores em ordens com uma cerimônia ritualística que consiste em pintar a cabeça raspada e o corpo de um iniciado, com circulos ou pontos e com traços tribais, feitos com a pemba (giz coloridos, ralados em forma de pó, separados as cores em pequenos pratos brancos durante o ritual) com o Atim.
 
Primeira saida:
 
Em um Alá branco por cima sem pinturas. 

Segunda saída: 

Somente na pintura de cor branca (saída de Lembá).
 
Terceira saída: 

São coloridas nas cores do seu primeiro e segundo Nkisi, outra na cor do Nkisi do Tata ou Mametu do Nzo, e com branco na cor de Lembá (sendo quatro cores). Para essa pintura é preparado com um pouco de água. 
Depois das saídas das cores cada pintura é removida com um pouco de Maionga, (banho de ervas sagradas). 

Ultima saída: 

A ultima saída mais esperada a comemoração do Nkisi, o festejo do nascimento de uma longa história entre o Mona Nkisi (filho-a) em sua vida espiritual.

Além disso é muito comum a utilização da pemba para riscar as mãos, os pés dos iniciados, a fim de protegê-los. Em alguns terreiros a pemba ralada pode ser utilizada para determinados rituais. A pemba também pode ser usada para evitar a entrada de maus espíritos e de energias negativas em residências e terreiros.

Pessoas de cargos nos terreiros podem preparar a pemba, Tatetus, Mametus, Kambondos, podem iniciar o preparo da pemba sagrada, com ervas, favas e sementes adequadas para o uso. Somente o TATA\MAMETU tem acesso para utilizar o pó de pemba, o pó branco mais antigo e sagrado do candomblé

Axé poder, energia e força.


Axé uma palavra que significa poder, energia e força.

Presente em cada ser ou em cada momento e nas religiões afro-brasileiras, o termo que representa a energia sagrada. O axé pode ser representado a energia dos espíritos homenageado em um ritual religioso. Uma palavra simples mas com um grande proposito de dizer e querer que tudo seja de melhor aqueles que queremos desejar o bem ao próximo, um significado de bom gosto, paz, harmonia e agradecimento.

Dentro e fora do contexto religioso, axé é uma saudação utilizada para desejar votos de felicidade e boas energias. Axé força vital que promove os acontecimentos, energia primordial que promove a vitalidade enraizada do ser humano com o que se tem de mais antigo dentro de sí mesmo o Mutuê (cabeça). É possível de ser redistribuída no ritual entre homens e mulheres que saibam conservá-la como dádiva do Universo. 

Na cultura africana religiosa esta energia é cultivada, cultuada e se renova numa dimensão religiosa. O preceito da redistribuição do axé se estende ao fundamento de criar e manter as relações sagradas entre pessoas, amigos, ou entes que amamos. Portanto é considerada o arqueiro do amor entre os povos, é o princípio que torna possível o processo vital.

O Axé é nutrido no âmago líquido nas entranhas do nosso corpo, no sangue, a força que sustenta e move a nossa tradição. Axé é transmitido através do hálito do sopro e do contato físico e da energia espiritual.

Peregun a folha da sorte no candomblé.


Peregun - Pau d’água, dracena ou dracaena.

Uma das folhas mais antigas o “Peregun” utilizada na grande maioria dos rituais aos Nkisi. Diz o mito que peregun presenciou o crescimento da humanidade. Uma folha poderosa que nos traz sorte, peregun segura nossa sorte segura a sua presa no dia de caça e assim alimenta seus filhos.
Peregun nos protege de nossos opositores e faz com que nos harmonizemos com os nossos semelhantes.

Peregun cujo nome é chamar o espírito ancestral, percebe-se que esta folha tem a finalidade de “chamar (invocar) espíritos ou nvumbis”, o peregun é a folha que caminha e protege o Mona Nkisi (filho-a), a folha nasce com o Nkisi essa folha tem forte energia com a natureza.

O peregun pertence a Nkosi e tem uma forte ligação com Dandalunda devido a sua ligação com as águas, usada em ebós de descarrego, banhos, sacudimentos e limpeza nos terreiros de candomblés. Ela é uma folha masculina ligada a terra e serve para chamar a sorte.


Existe também o peregun listrado, dracena, dracaena, pau d’água, petence a Katendê.