Umbanda e candomblé Angola, o uso correto das velas e suas cores.


Velas

Sempre foram utilizadas para dar luz e claridade para o mundo espiritual, não apenas em lugares mas principalmente com finalidades mágicas. A luz de uma vela carrega em si todas as forças do Universo, tanto que sempre cumpre a missão de agregar luz e força para qualquer situação. A chama da vela é a conexão direta com o ser espiritual superior, sendo que a parafina atua como a parte física da vela ou símbolo da vontade e o pavio a direção.

A vela que se acende para a meditação e a magia é uma valiosa ferramenta para quem trabalha com energias superiores. A luz da vela ajuda a concentrar a atenção na chama e a fundir nossa vontade com a força do fogo.

Em quase todas as nações do candomblé existem o uso das velas, atualmente existe também uma grande variedades de materiais utilizados. Para nós que somos do candomblé o uso da vela é importante em quase todas ocasiões. No terreiro é necessário acender do portão e em todos os lugares que foram plantados os Axés no terreiro, desde Exús, em todos assentamentos e Ibás do Nzo. 

No candomblé Angola não usamos velas coloridas como na umbanda, somente usamos a vela de cor branca, ela pode ser acesa para qualquer uso, Exús, Pombo Giras, catiços, todos os Nkisi, feituras, trabalhos de qualquer tipo, ebós e outros.

A importância de utilizar a vela branca é fundamental a chama é uma das princípais forças, ela que vai iluminar a própria energia do ser espiritual. Podemos dizer que toda essa força que nós ligam com o nosso mundo e a espiritualidade, eles necessitam e depende muito da luz que ofereçemos a eles, um contato entre nós seres humanos e os Nkisi.

Funcionam como um telefone que precisa se estabelecer um contato com o plano espiritual, é por meio daquela luz que mantemos uma certa ligação. A luz é uma forma de mostrar o caminho a onde eles vão estar presentes para se manifestar as próprias divindades e entidades que precisão de luz para serem guiados e fortalecidos.
 
A vela branca pode ser usada em qualquer momento sendo de dia ou de noite, mas não podemos de forma alguma deixar as nossas divindades ou entidades no escuro, sempre manter velas acesa para trazer boas influências e ter caminhos com a prosperidade.
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Na Umbanda é usado velas de todas as cores diferente da crença do candomblé Angola que somente utilizam a vela de cor branca. Cada terreiro de umbanda tem  o seu Congár, onde cada Santo ou entidade tem a suas velas especificas com todas variadas e cores. Usadas para estabelecerem um contato por meio da vibração de cada um. Vamos citar alguns exemplos:

As cores de velas de Santo na Umbanda.

Exu: Preto e vermelho
Oxála: branco
Oxum: amarelo
Yansã: laranja
Yemanjá: azul claro
Oxóssi: verde
Ogum: vermelho
Xangô: marrom
Nanã: lilás
Obaluaê: preto e branco
Ibeji: duas velas uma rosa e outra azul
Oxumarê: amarelo e verde

Cores de velas de entidades na Umbanda.

Preto-velho: preto e branco
Exu e bombo-giras: preto e vermelho
Baianos: amarelo e branco
Boiadeiros: preto e amarelo
Marinheiros: branco e Azul
Ciganos: branco e vermelho
Erês: azul e rosa
Caboclos: verde ou branco e verde
Almas: branco

São esses alguns exemplos de velas de todas as cores usadas na umbanda, a chama tem o seu maior valor independente de cada cor da vela. É a chama que vai mostrar a entidade o caminho a onde seguir, usando a própria luz que irá guia-los.

Vídeo com mais explicação sobre o uso correto das velas e suas cores, edição especial.




Quimbanda (Kimbanda), sua história, seus rituais o que significa.


Quimbanda 

Essa religião trabalha mais diretamente com os Exús e Pomba Giras, também chamados de povos de rua, de uma forma que não é trabalhada como na Umbanda pura. Essas entidades de acordo com a cosmologia umbandista, manipulam forças negativas o que não significa que sejam malignos. Geralmente estão presentes em lugares onde possam haver Kiumbas, obsessores, também conhecidos como espíritos atrasados. 

Os Exús e Pomba Giras trabalham basicamente para o desenvolvimento espiritual das pessoas, com o intuito de evolução espiritual além de proteção de seu médium. Como são as entidades mais próximas à faixa vibratória dos encarnados, apresentam muitas semelhanças com os humanos. A entrega de oferendas é comum na Quimbanda assim como na Umbanda, mas variam de acordo com cada entidade. Podem ser oferecidos bebidas alcoólicas tais quais cachaça (marafo), whisky ou conhaque, entre outras além de velas e charutos.

As sete linhas da Quimbanda:

Linha das Almas - Exú Omulu
Linha dos Caveiras - Exú Caveira
Linha de Nagô - Exú Gererê
Linha de Malei - Exú Rei
Linha de Mossuribu - Exú Kaminaloá
Linha dos Caboclos Quimbandeiros - Exú Pantera Preta
Linha Mista - Exú dos Rios / Exú das Campinas

No Brasil com a fundação da Umbanda o termo Quimbanda passou a ser usado para descrever trabalhos espirituais que dentro da cosmologia da Umbanda, não obedeceriam seus preceitos fundamentais não sendo no entanto necessariamente malignos.

Você já procurou um centro de Quimbanda, certamente não vai encontrar porque a Quimbanda é uma ramificação da Umbanda, esta religãonão existe fisicamente ela é uma entidade astral um quartel general dos Exús, das falanges, dos exércitos da infantaria, que desce nos planos mais baixos e inferiores. Servem para enfrentar os espíritos trevosos e buscar espíritos que queiram se redimir e voltar para o ciclo evolutivo.

A Quimbanda é usada como símbolo do mal por pessoas más por seres que encarnados ou desencarnados, que deturpam o uso da terminologia por culpa dos próprios donos de terreiros que não se interessam pelo lado esotérico. Por despreparo lidam com Kiumbas que se dizem Exús, e neste caso a idéia no plano físico passa erroneamente.

Kiumbas são espíritos desencarnados, trevosos com má índole mas também existem "kiumbas" encarnados que são os que fazem a magia negra, que procuram por essas forças que se deixam levar por elas, que querem explorar os outros a ter vantagens materiais.
A palavra Quimbanda se traduz segundo a Lei do verbos como o Conjunto oposto da Lei. De fato a Quimbanda exerce um papel contrário da religião Umbandista, embora no sentido equilíbrio uma vez que o Universo e suas leis se baseiam na harmonia dos lados opostos.


Mas como surgiu a Quimbanda?

Após a descida do ser espiritual ao Universo astral vários desses espíritos tomaram-se marginais cósmicos, pois traziam dentro de si a revolta a insubmissão e o ódio. Por afinidade estes seres foram atraídos às zonas internas de planetas semelhantes a Terra em seus locus subcrostais (umbral), habitando a contraparte astral destes ambientes.

Bem estes ditos como Marginais Cósmicos não podiam ficar por aí a vagar dentro de um círculo pernicioso tanto a suas consciências quanto a de outros seres. Estes tinham que ser trazidos de volta à luz e ao caminho da paz e da harmonia, sendo que tal condição deveria ser alcançada por eles através de seus próprios atos, direcionando-os a aprender por força das variações do Karma e conquistar esta harmonia, primeiro interiormente e depois exteriormente com as forças Cósmicas.

Umbanda e candomblé Angola, as suas diferenças e cultura.


Candomblé Angola e Umbanda

Tem a mesma influência na irradiação para incorporação mas ambas totalmente diferente, a Umbanda exerce o culto afro brasileiro que foi criada e iniciada aqui no nosso Brasil. O Candomblé Angola já existia no país da Africa e foram trazidos pelos africanos quando chegaram no Brasil. O Candomblé Angola tem sua cultura histórica, desde o tempo mais remotos pelo continente, chegando no aproximadamente século XV entre o ano de 1547, com a chegada dos primeiros navios.
 
O primeiro navio foi no Estado de Pernambuco e outros navios desembarcaram na Bahia em Minas Gerais. Vieram também africanos de diversas tribos de outras nações, Ketu e Jeje continuaram a praticar suas culturas no Brasil, e louvar os seus Nkisi. A onde deram inicio em construir o primeiro terreiro Nzo em nosso País e deram continuidade nos seus rituais e preceitos africanos. Diversas origens de tribos africanas vieram e também se estabeleceram aqui no Brasil onde implantaram suas crenças.

A Umbanda é uma religião que surgiu aqui no Brasil em 15 de novembro de 1908 na Cidade de Niterói, e reúne na sua filosofia os conhecimentos, essa religião abrange aspectos do candomblé, espiritismo e catolicismo. Adotou a forma de vestir os médiuns com roupas de baianas e utilizar o uso dos atabaques que são instrumentos de percussão. Nos seus trabalhos com o desenvolvimento usam as crenças dos sete Santo que são, Oxalá, Yemanjá, Oxum, Xangô, Oxóssí, Exú e Nanã. 

A Umbanda portanto advém do sincretismo católico sendo necessário na sua época de grande repressão das religiões africanas no Brasil, era proibido qualquer culto crenças de Santo da sua origem. Desta forma, deu-se início ao sincretismo religioso, através da associação dos Orixás aos Santos católicos, como uma maneira de livrar-se dos castigos e perseguições religiosas daquela época, e foi neste momento que foram permitidos a utilização de imagens nos cultos da Umbanda.

No Candomblé Angola não utilizamos a crença com imagens de qualquer Santo com o catolicismo, apenas cultuamos a essência da força vital das divindades os Nkisi. Os cânticos do Candomblé Angola são em línguas Bantu Kongo dialetos africanos. Os cânticos da Umbanda são em português, criado aqui mesmo no Brasil saudando a todos os Santo e os espíritos devotos de luz que são conhecidos como entidades.


Divindades e entidades 

No Candomblé Angola o culto é voltado unicamente as divindades que são considerados Minkisi (deuses) ou Jinkisi (deusas). Na Umbanda trabalham com entidades que seriam, catiços, caboclos, boiadeiros, pretos velhos, ciganos, marinheiros, baianos, as sete linhas entre outros. 

O Candomblé Angola tem á prática com fundamentos e ensinamentos diferentes da Umbanda. A doutrina que cultuamos aos devotos além das divindades, tradições com entidades wunje que é o mensageiro, exú protetor e guardião e o caboclo ou boiadeiro que é uma modalidade do candomblé Angola. 

Apenas essas entidades seguem a tradição, as pessoas que seguem o culto da Umbanda são permitida a incorporação de qualquer entidade ou Santo de luz. No candomblé Angola tem limitações para incorporação, homens somente incorporam no Nkisi, wunje, caboclo ou boiadeiro e no exú, mulheres somente incorporam no Nkisi, wunje, cabocla ou boiadeiro e por último na sua pomba gira. Um dos pontos que no Candomblé Angola e Umbanda são diferentes, quando se refere os rituais, ensinamentos, dialetos, tradição e doutrina.

Primeiramente devemos reconhecer e respeitar as tradições de cada uma, devemos também além de respeitar cada culto, separar as tradições e os seus ensinamentos entre ambas. O Candomblé Angola trás sua cultura de longa caminhada, não só aqui no Brasil ou na África mas pelo Mundo todo. 

Os africanos trouxeram os fundamentos e rituais para que possamos cultuar e respeitar a nossa ancestralidade, dando continuidade do nascimento de um filho dentro dos cultos africanos do candomblé Angola. Daí em diante preservar e levar os nossos costumes para um futuro, como foi recebido.
 
A Umbanda tem suas histórias que deve ser totalmente respeitada e tem o seu próprio valor, mas não tem afinidade e costumes com o Candomblé Angola ou com qualquer outra nação, a Umbanda ela contém sua própria origem, costumes, tradições e funções.

Ebó sua importância, para que serve, e seus rituais no candomblé.


Ebó

Uma proteção para qualquer pessoa que necessite de uma limpeza e purificação espiritual. Quando uma pessoa esta passando por problemas espirituais, profissional, familiar, saúde e por diversos motivos, o ebó é a melhor solução para obter uma limpeza espiritual e purificação, dando o total equilíbrio e abrindo o melhor caminho para quem necessita de uma vida melhor.
 
Primeiro precisamos acreditar e confiar no responsável que vai submeter a realização do ebó, e principalmente entender que pelo ebó poderemos ter um caminho aberto. Adquirir este ritual é como ter a prova concreta e conseguir o seu melhor resultado, acreditar que pode até mesmo nos livrar de um grande perigo, amenizando em situação como evitando um acidente, perdas, doenças, eguns, demanda, feitiçarias, macumbas, perdas de trabalho, negatividade e de qualquer problema eventual que possa causar com essa pessoa.

Quais são os tipos de ebós 

Existem ebós de todos os tipos positivos e também negativos, procuramos usar aquele que tem o melhor resultado e pode ter diferentes afinidades como, ebó exú, ebó espirito pagão, ebó egum, ebó de carrego, ebós de axexê, ebó de prosperidade, ebó de estrada, ebó de cachoeira, ebó de praia, ebó nos trilhos de trem, ebó de rua, ebó nas matas, ebó de saúde, ebó de rio, ebó do mar, ebó de cemitério, ebós contra vícios, ebó de caminho, de todos os tipos para mil e uma finalidade. Ebó para obrigação e proteção para os Mona Nkisi é importantíssimo.


O ebó não espera um dia ser feito, se for solicitado procure fazer o mais rápido possível, ele passará no seu caminho e será satisfatório. O ebó está todos os dias dentro de um Nzo, no momento que entramos na casa, saudamos a entrada com uma quartinha de barro com água passando por cima da cabeça (Mutuê), e despachando na rua. Serve para esfriar o corpo e tirar qualquer influência ruim e não deixar entrar no Nzo, isso é um ebó, é mais usado quando tem Muzenzas recolhido.

O banho de ervas preparado com folhas (nsabas) é um ebó medicinal que vem da energia do próprio Nkisi Katendê. Se você se submeteu á qualquer ebó será de suma importância tomar um banho de maionga, ele é o sangue verde das folhas a essência viva da natureza. Se faz ebó para todos os tipos de problemas, para resolver o que você mais precisa em sua vida, somente com fé e acreditando no ebó que tudo dará certo.

Os que são iniciados precisam sempre tirar um ebó, para manter limpo e estar em sintonia com seu próprio Nkisi, ter a melhor suavidade importância na sua vida espiritual. Dar ao seu Nkisi um corpo limpo pra uma boa incorporação e manifestação pura.