Consciência Negra - dia 20 de Novembro.


O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado, no Brasil em 20 de Novembro. Foi criado em 2003 e instituído em âmbito nacional mediante a lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, sendo considerado feriado em cerca de mil cidades em todo o país e nos estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de Janeiro por completo através de decretos estaduais. Em estados que não aderiram a lei, a responsabilidade é do prefeito, que decide se haverá o feriado no município. A ocasião é dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Sendo assim, o Dia da Consciência Negra procura remeter à resistência do negro contra a escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro (1549). Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. A instituição procura evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.


Outro motivo para a escolha dessa data foi o fato de que no Brasil o fim da escravidão é comemorado em 13 de maio. Nesse dia, no ano de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea que abolia a escravidão no Brasil. Porém, comemorar o fim da escravidão em uma data em que uma pessoa branca e pertencente à família real portuguesa, a principal responsável pela escravidão no Brasil, assinou uma lei pondo fim ao cativeiro faz parecer que a abolição foi feita pelos próprios escravistas. Faz com que a abolição fosse apresentada como um favor dos brancos aos negros.



A escolha do dia 20 de novembro serviu, dessa forma, para manter viva a lembrança de que o fim da escravidão foi conseguido pelos próprios escravos, que em nenhum momento durante o período colonial e imperial deixaram de lutar contra a escravidão. Os quilombos não deixaram de existir quando Palmares foi destruído sob o comando do bandeirante paulista Domingos Jorge Velho. Vários outros quilombos foram formados nos duzentos anos após o fim de Palmares. Mesmo nos anos finais da escravidão a ocorrência de fugas em massa de escravos das fazendas, a ocupação de terras e a realização de rebeliões foram muito importantes para que a Lei Áurea fosse assinada.

O fim da abolição não representou também o fim dos problemas sociais para os escravos libertados. O racismo e a resistência à inclusão dos negros na sociedade brasileira após a abolição foram também um motivo para se escolher o 20 de novembro como data para se lembrar dessa situação. A resistência dos afrodescendentes não se fez apenas no confronto direto contra os senhores e forças militares, ela também ocorreu no aspecto religioso e cultural, como no Candomblé, na Capoeira e na Música. Relembrar essas características culturais é uma forma de mostrar a importância dos africanos escravizados e de seus descendentes na formação social do Brasil.


São esses alguns dos objetivos da comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra em 20 de Novembro.

Pomba Giras suas Histórias e Falange com todos os nomes.

Pomba Gira
Uma entidade que manifestam em quase todas Nações do Candomblé, com maior frequência na Umbanda, ela é representada por uma mulher sensual tanto independente como dominadora, incorporada por médiuns, ambos sexos tanto masculino ou feminino. Ela pode tirar qualquer dúvida sobre, problemas espirituais que vão desde conselhos até sobre relacionamentos amorosos.

A Pomba Gira é especializada nas consultas sobre amor, a Pomba Gira não pode fazer nenhum tipo de trabalho espirituai, ela passa o que for necessário para os responsáveis do terreiro, caso haja um trabalho para aqueles que recebem sua consulta. Ela é vista como a personificação das forças dos cemitérios, becos, encruzas e estradas em forma de T, ela equivale à força feminina da grande noite. Suas cores predominantes da Pomba Gira são o vermelho, preto e o cinza, é representada com saias rodadas, blusas com rendas, colares, flores e com um toque de requinte e muito brilho.


Suas oferendas preferidas são o padê, sacrifício de animais e aves, champanhe, vinho servido em taça, cigarros, acaça amarelo, as bijuterias finas, perfumes, ouro e leque. Para muitos a Pomba Gira veio para construir um arquétipo forte, poderoso e subjugado do machismo ostentado por Exús e todos os homens vaidosos de sua força e poder sobre as mulheres. A Pomba Gira surgiu no início do século 20, simbolizando uma mulher liberada da submissão e do recato impostos ao sexo feminino por uma sociedade machista e patriarcal. Outros sacerdotes porém, a veem como a grande mensageira,
que retorna para evoluir ajudando os outros, tendo sido em outras vidas uma mulher sofrida e maltratada, muitas delas se prostituiam para ganhar dinheiro. Pomba Gira quando é incorporada, assume personalidades e nomes que veremos a seguir.

FALANGE MARIA PADILHA - HIERARQUIAS:
Maria Padilha, Maria Padilha das almas, Maria Padilha do Cruzeiro, Maria Padilha da Encruzilhada, Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, Maria Padilha do Cabaré, Maria Padilha da Estrada, Maria Padilha Rainha, Maria Padilha do Cruzeiro das Almas, Maria Padilha Rainha das Sete Encruzilhadas, Maria Padilha Rainha do Cruzeiro, Maria Padilha do Cemitério, Maria Padilha da Calunga, Maria Padilha da Praia, Maria padilha das Portas do Cabaré, Maria Padilha das  Sete Catacumbas, Maria Padilha das Rosas, Maria Padilha dos Sete Cruzeiros, Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga.


FALANGE MARIA MULAMBO - HIERARQUIAS: Maria Mulambo, Maria Mulambo da Estrada, Maria Mulambo do Cruzeiro, Maria Mulambo do Cruzeiro das Almas, Maria Mulambo da Encruzilhada, Maria Mulambo das Sete Encruzilhadas, Maria Mulambo dos Sete Cruzeiros, Maria Mulambo do Cabaré, Maria Mulambo dos Sete Punhais, Maria Mulambo dos Sete Portais, Maria Mulambo das Almas, Maria Mulambo da Calunga, Maria Mulambo do Lodo, Maria Mulambo das Rosas, Maria Mulambo dos Sete Véus. 


FALANGE DIVERSAS POMBA GIRAS:
Maria Quitéria, Maria Rosa, Maria Eulália, Maria Navalha ou Maria Navalhada, Maria da Praia, Maria das Almas, Maria da Estrada, Maria sete Catacumbas, Maria Sete Cóvas, Maria do Caís, Maria do Cabaré, Maria Baiana, Maria Alagoana, Maria Cigana, Maria Rita, Maria Dolores, Maria Sete Saias, Maria Sete Ondas, Maria Sete Véus, Maria Morena, Maria Bonita, Maria Sete Rosas, Maria Sete Encruzilhadas, Maria de Minas, Maria Sete Navalhas, Maria Sete Punhais, Sete Saias, Sete saias do Cabaré, Sete Saias da Encruzilhada, Sete Saias das Sete Encruzilhadas, Sete Saias da Estrada, Sete Saias do Cruzeiro, Rainha Sete Saias, Sete Ondas, Sete Véus, Sete Rosas, Sete Rosas da Calunga, Sete Rosas do Cruzeiro, Sete Rosas do Cruzeiro das Almas, Sete Coroas, Sete Tridentes, Sete Canoas, Sete Punhais, Pomba Gira Sete Encruzilhadas, Pomba Gira Sete Estrelas, Sete Calungas, Sete Catacumbas, Pomba Gira Sete Luas, Sete Mares, Sete Porteiras, Sete Capas, Sete Navalhas, Sete Chaves, Sete Cruzes, Sete Pembas, Sete Ventanias, Pomba Gira da Figueira,  Pomba Gira Dama da Noite, Pomba Gira Dama das Sete Capas, Pomba Gira Giramundo, Pomba Gira Menina, Pomba Gira Menina da Praia, Pomba Gira Menina da Calunga, Pomba Gira Menina do Cruzeiro, Pomba Gira Menina do Cruzeiro das Almas, Pomba Gira Menina Cigana, Pomba Gira Cigana, Pomba Gira Menina da Encruzilhada, Pomba Gira Menina do Cabaré, Pomba Gira Menina da Estrada, Pomba Gira Mirim, Pomba Gira da Praia, Pomba Gira do Lodo, Pomba Gira das Rosas, Pomba Gira dos Ventos, Pomba Gira das lagoas, Pomba Gira da Lira, Pomba Gira do Reino da Lira, Pomba Gira das Sete Lira. 


FALANGE ROSA CAVEIRA – HIERARQUIA: Rosa Negra, Rosa das Almas, Rosa da Noite, Rosa Maria, Rosa dos Ventos,  Rosa Menina, Rosa Morena, Rosa da Madrugada, Rosa do Cabaré, Rosa da Encruzilhada, Rosa da Calunga, Rosa Vermelha, Rosa Vermelha do Cabaré, Rosa Vermelha da Encruzilhada, Rosa vermelha da Calunga, Rosa Vermelha da Estrada, Rosa Vermelha das Sete Encruzilhadas, Rosa Vermelha do Cruzeiro, Rosa Vermelha do Cruzeiro das Almas, Rosa do Lodo.

Dicionário Kimbundu parte 04.

Veremos a seguir continuação: Dicionário Kimbundu - Bantu Angola.

Ndâlu = Saia
Ndamba = Creme usado para untar “katula”
Ndandu = Abraço, Parente
Ndembu = Perfume, Aroma, Essência
Ndende = Azeite de Palma
Ndenge = Menor, mais novo, pequeno
Ndiba = Massa
Ndojí = Sonho
Ndose = Vulto
Nduku = Caverna
Ndumbe = Aprendiz
Ndumbú = Prostituta
Ndumuka = Salto – Pulo
Ndungu = Pimenta
Nfinda = Floresta
Nfite = Formiga
Nfunfu = Pó
Ngala = Alegria, Roupa de festa
Ngamba = Enviado Divino
Ngana = Senhor – Deus, Nkisi e seres especiais
Nganga = Santo, Divino
Ngangu = Conhecimento, saber, sabedoria
Nganhu = Êxito
Ngela = Poente
Ngelelu = Condimento
Ngi = Eu – Pron. pessoal prefixo
Ngijí = Rio
Ngó = Só – Somente
Ngolela = Oferenda
Ngolo = Energia
Ngolu = Zebra
Ngombe = Touro, vaca
Ngombo = Boiadeiro, vaqueiro
Ngonga = Águia
Ngonge = Aviso
Ngote = Tronqueira
Nguadi = Perdiz
Nguba = Amêndoa – Abrigo
Ngulu = Porco, Porca
Ngumbe = Codorniz
Ngunji = Pilar
Ngunza = Ajudante
Nguzu = Força
Nhiki  = Abelha
Nhoka = Cobra
Ni = E, com
Niáxa = Bicho, animal
Njende = Verme
Njila = Rua, Abertura, Passagem
Njimba = Moela
Njinda = Cólera
Njungu = Louro
Nkadi-o-Mpemba = Espirito do Mau
Nkangí = Sábio
Nkanjí = Ânsia, Anseio, Vontade
Nkelê = Fio de contas de proteção ao iniciado
Nkelekelo = Preceitos
Nkelu = Altivo
Nkembu ndongo = Palmas ritualísticas
Nkenda = Caminho interior (para dentro de si mesmo)
Nkenda (kikongo) = Amor
Nkinzi = Festa do Nkisi
Nkisi (PL.:Mikisi) = Energia Divina
Nkitu = Esterilidade
Nkixí = Ídolo – Representação Espiritual de Animais ou Elementais
Nkoba = Adivinhação
Nkobi = Ídolo – Ser protetor e cobrador das promessas e acordos
Nkoko = Poça de água estagnada
Nkongo = Pescoceira – (Kelê)
Nkongo (kikongo) = Caçador
Nkonka = Vaso de barro com a boca larga
Nkonko = Prego – Cajado
Nkuikidí = Místico, devoto
Nkuikini = Crente
Nkumba = Umbigo
Nkumba hixaxi = Umbigueira
Nkundi = Mensageiro, carteiro
Nkusu = Papagaio
Nkutu = Saco – Saca
Nlele = Roupa, vestimenta
Nlenge = Ar
Nlengu = Andorinha
Nloloke = Absolvição
Nloloki = Absolvidor
Nlongi = Professor
Nlukumuni = Procriação
Nlulu = Funcho
Nlumba = Lebre
Nlundi = Guardião
Nsaba = Ervas medicinais
Nsambu = Ritual
Nsanga = Fio de miçangas
Nsasala = Planta mágica
Nsengi  = Lagarto
Nsongu = Angústia
Nsuka = Mau êxito
Nsuluki = Anil
Nsunda = Ser de grande poder
Nsunga = Aroma
Ntadí = Moeda
Ntadidí = Auxiliar
Ntambi = Óbito – Falecimento
Ntomo = Sabor
Ntonta = Experiência
Ntubudí = Ventarola
Ntumua = Enviado
Nu = Vós – Pron. pessoal prefixo
Nvatilú = Tridente, garfo
Nvu (PL.:Manvu) = Ano
Nvungu = Abutre 
Nxí = Ervas litúrgicas
Nxima = Acordo – Trato
Nzabala = Aura
Nzakí = Cedo
Nzala = Fome
Nzamba = Elefante
Nzambi = Deus
Nzambi ikale ni enhe! = Expressão de despedida – Que Deus lhe acompanhe!
Nzambudi = Profeta
Nzenjí = Açúcar
Nzo (Kikongo) = Casa (Terreiro)
Nzojí (Kikongo) = Sonho
Nzola = Afeição
Nzo-lambi = Cozinha
Nzombo = Verdade
Nzumbi = Espírito – Alma
Nzunu = Nariz     
O = A (artigo)
Oberó = Alguidar de barro
Ojá = Pano usado no Peito amarrado no ombro (homens)
Oko = Aí, nesse lugar
Ongolola (Bongolola) = Recolhimento
Paku = Arruda
Pala = Para
Pokó (PL.:Jipokó) = Faca
Riéji = Lua
Samakaka = Pano usado na cintura
Sambilê (também Sambilú) = Capela, local de preces
Sambulua = Consagrar
Sanjí = Galinha
Sanzá = Cesto de vime
Sanzumuna = Sacudimento
Sekají = Tia
Soba = Senhor – patrão, chefe, autoridades, etc.
Sosa = Lança
Suekí =Dia de luz
Sukú ia kalunga = Morte – ao pé da letra = escuridão do cemitério
Takula = Dandá da Costa
Tanáku! = Expressão de recepção com alegria
Tangu = Ramo
Tata = Pai
Tata-múngua = Padrinho
Tat’é! = Ó meu Pai!
Tavula = Papa – Mingau
Temba = Tudo que representa o mal
Tíia – Tuia (Kikongo) = Pólvora
Tongama = Limpeza da casa no último dia do ritual de óbito (oitavo dia)
Tu = Nós – Pron. pessoal prefixo
Tukú = Pena colorida de ave
U = Tu, Ele – Pron. pessoal prefixo
Uá = De, Do, Da
Uakidi = Verdadeiro
Ualua = Cerveja
Uanda = Primeiro dia do ano
Uanda = Rede
Uembu = Concórdia
Uemita = Grávida
Uhaxi = Doença
Uhaxi = Moléstia, Doença
Uikí = Mel
Uísu = Verdura
Ujitu = Presente
Ukalunga = Praia
Ukamba = Amizade
Ukexilú = Dons para-normais
Ukindi = Honra
Ukundu = Erva Leiteira
Ulokelu = Modo de fazer ou preparar um feitiço
Ulumba = Mocidade feminina
Ulungu = Canoa
Umbanda = Magia – Cura – Medicina
Umone = Vidência
Unana = Alpiste
Undandu = Parentesco
Undingi = Vaso para água, Porrão
Undu = Óleo consagrado
Unhoxi = Vespa
Unkólua = Alcoolismo
Unkulu = Avô, Avó
Unlodí (Kikongo) = Tridente, garfo
Unvuama = Mamona
Unvunji = Ingenuidade
Unzambi = Divindade
Uoma = Medo
Uondeka = Por de molho
Usuku (PL.:Mausuku) = Noite
Uta = Espingarda
Utuma = Argila
Uzangala = Mocidade masculina
Valanganza = Caveira
Valumuna = Corte de cabelo
Viangongo = Fogo
Visi (PL.:Ivisi) = Osso
Xala! = Adeus!
Xal’é! = Adeus!
Xilivisu = Trabalho
Xilú = Patuá
Xima = Abrir buraco
Xima kiambe = Pote do bom poder
Xingu = Pescoço
Xitu = Carne
Xorô = Ritualística (que se usa no ritual – como fazer o ritual)
Yangi = Pedra porosa pertencente a Pambu Njila
Zalata = Alface
Zanu – Mazá = Ontem

Zoana = Apiedar-se
Zuela = Cantar