Nzambi Mpungu (Deus Supremo) o criador de tudo e de todos.

 
Nzambi Mpungu (Deus Supremo)

Nzambi apresenta como uma força criativa que estabeleceu a existência e o Universo, em algumas Nações acredita que este é o verdadeiro criador do Mundo o ser supremo. Deus possui muitos nomes sendo o mais antigo nos cultos do candomblé Angola como Nzambi Mpungu a palavra que permanece aquele que é absolutamente perfeito o supremo em todas qualidades e perfeição.

São atributos do ser supremo único criado, Deus onipotente transcendente Juiz e eterno. É considerado todo poderoso durável inalterável rocha que nunca morre. Não recebe cultos diretamente, porém sempre que uma divindade é cultuada a uma oração se inicia uma energia para que Nzambi Mpungu aceite o pedido. Provém todas as formas e manifestações de vida, foi Nzambi quem criou os Jinkisi e Minkisi (deuses e deusas), forças sobrenaturais que habitavam o céu e se concretizaram associados às forças da natureza e seus elementos.

Manifestando através desses espíritos e todos os planetas e astros existentes no Universo ele é o criador de tudo e de todos. Tais denominações são influencias das nações africanas que chagaram ao Brasil durante o período da escravidão, Nzambi é infinito tem todas as perfeições em sumo e ilimitado grau. A natureza é um conjunto indivisível no qual tudo está contido a totalidade do Universo está presente em todas as partes em todos os tempos que possam ser considerados.

Existe uma interação completa e misteriosa entre todos os elementos do Universo, essa interação une o Universo numa única totalidade. Tudo que ocorre em nosso pequeno Mundo se move com a imensidão cósmica como se cada parte de qualquer Mundo considerando um pedaço do grande Universo. Concluímos que são uma única e a mesma coisa, cada região do espaço por menor que seja contém a configuração completa do conjunto.

O que acontece no Ixí (Terra) é ditado por todas as hierarquias das estruturas do Universo. Conta uma lenda que no princípio dos tempos existiam dois Enzas (Mundos), Céu espaço sagrado dos Nkisi, e o Ixí espaço dos seres vivos, no Ixí primitivo só existia água. Um dia Nzambi resolveu recriar o espaço para a humanidade que também o criaria, incumbiu seu filho primogênito Lembá Dilê (o nome mais sagrado) entregar a execução dessa tarefa, lhe entregou uma cabaça contendo ingredientes especiais a Terra escura inicial, a galinha de cinco dedos, uma pomba e um camaleão.

A Terra escura deveria ser lançada sobre a imensidão das águas a galinha de cinco dedos deveria ir ciscando a Terra para crescer o mais que pudesse, a pomba ao voar orientaria a extensão da Terra expandida e criaria o ar, e o camaleão atento a tudo observaria a execução da tarefa atribuída a Lembá para reportar os fatos a Nzambi. Com seu cajado e a cabaça da criação Lembá iniciou sua caminhada do Enza (Céu) para o Ixí (Terra).

Passou por Pambu Njila e não pagou as oferendas devidas mesmo tendo consultado Ifá (oráculo do destino) e sabendo do que devia fazer. Em consequência disso no meio do caminho Lembá se sentiu cansado e com sede ele parou para descansar, bebeu um pouco de vinho da palmeira do dendezeiro e embriagado adormeceu. Seu irmão caçula Nkassuté (mais um nome da família de Nzambi) o seguiu recolheu a cabaça da criação e levou a notícia do ocorrido a seu pai Nzambi, pedindo a ele que o deixasse cumprir as tarefas do seu irmão aquela tarefa de grande importância e Nzambi concordou.

E enquanto Lembá dormia Nkassuté criou a Terra dos seres vivos depois da galinha ciscar a Terra a pomba orientar a expansão do ar e o camaleão que deu origem ao elemento o fogo, a tarefa foi cumprida surgindo a criação da Terra firme. Lembá vendo o Mundo pronto mostrou um grande arrependimento do seu ato de irresponsabilidade perante a Nzambi. Para não se sentir tão humilhado Nzambi lhe deu um ato supremo de inspiração dar a Lembá uma tarefa de tanta importância quanto a primeira, criar o homem que habitaria a Terra.

Lembá usou o barro a água para esculpir bonecos inanimados de todas as formas e de todas as cores. Nzambi soprou nas narinas dos bonecos de barro trazendo o nascimento da vida humana, criando todos os seres viventes na Terra. Esse sopro da vida é chamado de Muenhu no candomblé Angola, neste momento estavam criados a Terra e o inicio da humanidade.

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