Katendê o senhor e dono das Nsabas (folhas).

 
Katendê o senhor das Nsabas folhas sagradas 
 
Senhor das alquimias divina, senhor da vida das florestas às vezes também entendido como uma senhora mas em geral um Nkisi masculino. Fundamental sua importância e detém o reino o poder das plantas e folhas. Imprescindíveis nos rituais, obrigações e assentamento de todos os Jinkisi e Minkisi através dos banhos feitos de ervas.

Suas folhas estão relacionadas com a cura, Katendê também está vinculado à medicina por guardar na sua floresta a magia da cura para todas as doenças dos homens, contida nas virtudes de todas as folhas. A cura é invocada no caso de doença com o auxílio de KongoLuande divindade do ar livre que governa toda a floresta juntamente com Mutakalambô.

Katendê e Mutakalambô possuem inúmeras afinidades ambos são deuses do mesmo espaço da floresta, do mato, das folhas são grandes feiticeiros e conhecedores dos segredos da mata e da Terra. Dono do mistério das folhas e seu emprego medicinal e sua utilização mágica, dono do axé (força, poder, fundamento, vitalidade e segurança). Katendê teria um auxiliar que se responsabilizaria por causar o terror em pessoas que entram na floresta sem a devida permissão. 

Dizem as histórias que Aroni seria um misterioso anãozinho perneta que fuma cachimbo e possui um olho pequeno e o outro grande e tem uma orelha pequena e a outra grande. Muitas vezes Aroni é confundido com o próprio Katendê que segundo dizem possui uma única perna. Não pode confundir Katendê com Aroni, ele é apenas um protetor das florestas (um guardião). 

Katendê um Nkisi de grande fundamento que possui uma só perna porque a árvore ela é a base de todas as folhas e possui um só tronco. As áreas consagradas a Katendê no candomblé Angola não são jardins cultivados de maneira tradicional, mas sim os pequenos recantos onde só os sacerdotes como Tata Nsaba (Consagrado a todas as funções ligada as folhas), pode entrar nas quais as plantas crescem da maneira mais selvagem possível.

Graças a esse domínio Katendê é figura de extrema significação, praticamente todos os rituais importantes utilizam de uma maneira ou de outra o sangue escuro que vem dos vegetais seja em forma de folhas ou infusões para uso externo ou de bebida ritualística. Quando o Tata ou Mametu, penetram no reino de Katendê para fazerem as colheitas das ervas sagradas para os banhos e defumações, devem antes pedir a Katendê permissão para tal tarefa. 

Se não fizerem com certeza todas as folhas que retirarem de seu reino não terão o axé e magias que teriam sem pedir a sua permissão. Até dependendo do caso como alguns entram em seu reino zombando e sem firmeza na cabeça, suas ervas poderão agir ao contrario causando muitos distúrbios daqueles que zombarem de seu reino e faltarem com o devido respeito ao seu domínio.

Junto á planta cortada deixar sempre uma pequena oferenda de algumas moedinhas e um pedaço de fumo de corda com mel, assim assegurando que a vibração básica da folha permaneça mesmo depois ter sido afastada da planta e portanto do solo que a vitalizava. As folhas e ervas de Katendê depois de colhidas são esfregadas, espremidas e trituradas somente com as mãos e não com pilão ou outro instrumento. Esse era seu jeito de trazer energia pura das folhas, Katendê deixa seu axé em tudo que se usa de suas fontes de energias que são as folhas sagradas.

Dia da Semana: Quinta-feira.
Cores: Verde e branco.
Símbolos: Haste ladeada por sete lanças com um pássaro no topo.
Elementos: Floresta e plantas selvagens.
 
Domínios: Medicina e liturgia através das folhas.

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