Folha da costFolha da Costa a uma grande importância no candomblé.


Folha da costa ou Folha da fortuna


É uma folha bastante conhecida e utilizada nos cultos a todas as divindades de qualquer Nação do Candomblé. De origem ou seu habitar foi na África tropical na Ilha de Madagascar, e amplamente distribuída na América Tropical, Índia, China e Austrália. Hoje encontrada em todo o território Nacional, uma planta de fácil cultivo brota com grande facilidade principalmente em lugares com terras úmidas, é como uma flor ornamental conhecida como Kalanchoe.


Sua origem é africana ela também é conhecida no Brasil como, erva-da-costa, folha-da-fortuna,
são folhas distintas. Folha da costa é uma folha feminina e calma regida pelas divindades Pambu Njila e Lembá Dilê com diversas utilizações tanto medicinal quanto litúrgica. Seu nome significa: “O que você deseja faz” seu uso em substituição a Lembá.

É a folha que acalma qualquer pessoa que esteja muito agitada, esfria a cabeça o Mutuê, consagrada no ritual de Katendê, é a principal  folha dos filhos de Lembá.

Na Nigéria mais precisamente faz parte de uma ritualística mistura de ervas que serve para banhar as estatuetas sagradas, após os sacrifícios dos rituais.
Como folha representa a multiplicação e a prosperidade capaz de multiplicar qualquer axé, trazendo tudo de melhor, afastar coisas nefastas e trazer muitas realizações, uma folha que não pode faltar nos rituais litúrgicos.




Filhos de Katendê

Utilizam em magias para prosperidade, afastar a inveja e a obtenção de realizações. Os médicos usam para a cura de doenças de pele como feridas, furúnculos, úlceras e dermatoses em geral. No candomblé ela é usada em rituais de iniciação, nas oferendas de Kibane Mutuê, podemos usar algumas folhas nas oferendas para qualquer divindade.

A folha da costa traz boas influências quando colocado no preparo do banho de Maionga ajuda na purificação, pode ser usado em cultos ritualísticos para divindades. Muito usado para lavar os Búzios que são usados na mesa de jogo, pode ser utilizadas em outras afinidades, as folhas podem ser preparadas para usar como xaropes e combater uma tosse.

Pode ajudar no equilíbrio para pessoas com diabetes, a folha da fortuna ou folha da costa funciona como diurético, combate encefalias, nevralgias, coqueluche e problemas das vias respiratórias eliminar ou reduzir cálculos renais, inflamações em geral, febre, hematomas internos, epilepsia, dores de dente e dores de ouvido, infecções.

Uma folha que age como purificação, cura de doenças, agradar os deuses em vários pontos em relação á atos rituais e com outras afinidades que envolvem nossa própria vida. Sempre agradável são essas folhas nos Nzo, comércios, no caso de uma urgência a folha-da-fortuna estará sempre por perto.

Vídeo com explicação sobre Folha da Costa / Folha da Fortuna edição especial.

Fava sementes sagradas no candomblé.


Fava sementes sagradas


A fava simboliza o sol mineral o embrião evoca o enxofre aprisionado na matéria, as favas fazem parte dos frutos que compõem as oferendas nos rituais. Elas representam os filhos homens esperados numerosa aproximação. A fava já foi usada no culto dos mortos por acreditar que obteve a alma dos mortos. 


As favas na qualidade de símbolos dos mortos e de sua prosperidade, pertencem ao grupo dos deuses protetores no sacrifício que se costumava realizar na primavera. Elas representavam á primeira dádiva vinda de baixo da terra, a primeira oferenda dos mortos aos vivos o signo de sua fecundidade, ou seja de sua encarnação.


Isso nos leva a compreender as razões da proibição estabelecida por Orfeu e Pitágoras para os quais, comer favas era o equivalente a comer a cabeça dos próprios pais, compartilhar do alimento dos mortos, permanecendo dentro do ciclo das reencarnações e sujeita aos poderes da matéria. No entanto fora do hábito dessa teoria, as favas constituem ao contrário o elemento essencial da comunhão com os deuses no ápice dos rituais.


As favas são as primícias da terra, o símbolo de todas as benfeitorias proveniente dos deuses que habitam de baixo da terra. O campo de favas denominação que os egípcios usavam com um sentido simbólico, era o lugar onde os defuntos aguardavam a reencarnação que confirma a interpretação simbólica geral dessa leguminosa.


Na prática dos cultos: Voduns, Orixás, Nkisi e outros, a fava representa e confirma a ancestralidade dos deuses. 


Nos rituais fazemos uso tanto da fava inteira como ralada em forma de pó como a cinza, ao pólen das flores à posteridade, inversamente por vezes é signo da morte fazer o uso da fava ou do pó, representa perpetuarmos nossa ancestralidade as primícias da terra e dos deuses.