Nkisi Dandalunda nobríssima senhora princesa.


Mametu Nkisi Dandalunda
 
Dandalunda cultuado no candomblé 
Bantu Angola considerada a senhora da fertilidade e da lua. Dandalunda senhora nobríssima, princesa, rainha senhora de grande prestígio, cultuada na terra dos Lundas. Para os povos Bantus Dandalunda é o Nkisi que comanda as nascentes, minas de águas que dão início aos rios. As suas águas fecundam a terra, proporcionando fartura e prosperidade. Senhora dos rios, cachoeiras e riquezas ligada ao ouro e aos dengos femininos, bem como a fertilidade e o nascimento.

Dandalunda é a deusa mais bela da nação do candomblé Angola, ela é a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e revela o zelo e ama seus filhos. Tem fortes ligações com Nkisi Hongolo devido ao movimento das águas, não é nenhum sacrilégio identificar, Dandalunda é uma linguagem Bantu Kongo, como Dandalunda Kisimbi Kimbundo e Dandalunda kia Maza Kicongo, todas essas escritas levam a Nkisi Dandalunda.

Dandalunda lindíssima sua vestimenta são roupas nas cores dourada como ouro, Dandalunda leva em suas mãos um leque, o abebé de latão ou qualquer outro metal na cor dourado. Dandalunda dança em ritmo lento com passos miúdos segurando graciosamente sua saia. Jovem e bela mãe mantém suas características de jovem adolescente.

Cheia de paixão busca entusiasmo o puro prazer, sedutora e vaidosa é a mais bela das divindades a própria malícia da mulher menina. Sensual e exibicionista consciente de sua rara beleza e se utiliza desses atributos com jeito e carinho para seduzir as pessoas conseguindo os seus objetivos.

Quando Nzambi Mpungu estava criando o Mundo escolheu Dandalunda para ser a protetora das crianças, ela que cuida de todos os pequeninos desde o momento da concepção ainda no ventre materno até que pudessem usar o raciocínio e se expressar em alguns idiomas. Por isso que Dandalunda é considerada a Nkisi da fertilidade e da maternidade. Por sua beleza Dandalunda também é tida como a deusa da vaidade sendo vista como uma Nkisi jovem e bonita movimentando seu espelho e abanando com seu leque.

O toque de ritmo lento é ritmado como o balanço das águas tranquilas e muito apreciado pelos fiéis quando estão presentes, Nkisi Gongobila ele acompanha em suas danças. Alguns mitos referem a ela como Dandalunda outros enfatizam sua proximidade com Gongobila, apresentado como filho, mensageiro havendo entre ambos tão estreita relação que chegam a ser considerados complementares.


É considerada também a divindade protetora das mulheres, chamada mãe das crianças a ela pertence a fertilidade de homens e mulheres. Todo ano por ocasião comemora um festival realizado em sua homenagem, mulheres estéreis tomam água de seu Ibá esperando retornar no ano seguinte com um filho por ela concedidos para agradecerem a sua graça alcançada.

Não apenas a fertilidade pertence a Dandalunda a prosperidade também, além de todos esses fatos confere a seus devotos a desejada proteção contra acontecimentos adversos. Assim sendo é invocada nas mais distintas circunstâncias, não há o que não possa fazer para ajudar os seus devotos.

Dandalunda não vê nenhum defeito nos seus filhos, para ela são verdadeiras jóias, por isso que é a mãe das crianças seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua adolecência.

Características de Dandalunda:

Dandalunda - É considerada uma divindade velha dos tempos antigo, veste cores claras a mais tradicional amarelo ouro, usa abebé e também um alfange.
Seus símbolos: Leque, espelho, ouro, abebé de latão ou qualquer outro metal dourado.
Cor de 
Miçangas: Cor cultuado no candomblé Angola o amarelo ouro ou dourado.
Dia da semana: Sábado em sua homenagem.
A Comida ritual mais comum: Omolocum - comida oferecida a Dandalunda é feito com feijão fradinho cozido refogado com cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê ou azeite doce, enfeitado com camarões inteiros e ovos cozidos inteiros sem casca oferecido em uma tigela branca.

Vídeo com mais explicação sobre Nkisi Dandalunda edição especial.

Jinkisi, Minkisi (deuses e deusas) criadores da natureza.


Jinkisi e Minkisi (deuses e deusas).

Nkisi (ser divino Santo) 

São divindades e criadores dos elementos da natureza cada Nkisi representa uma força ligação da natureza. Quando cultuamos nosso Nkisi, cultuamos também as forças elementares oriundas da água, da terra, do ar e do fogo essas forças em equilíbrio produzem uma enorme energia que nos auxiliam em nosso dia a dia e nos ajudando para que nosso destino se torne cada vez mais favorável.

Sendo assim quando dizemos que adoramos deuses nós se referimos a estar adorando as forças da natureza, forças essas pertencentes a criação do grande Pai conhecido por nós como Nzambi Mpungu (Deus supremo e criador). Como pai jamais deixaria de perdoar meus filhos, tão pouco condenaria por erros que cometem ou que vão cometer. O verdadeiro pai perdoa ensina ama e protege seus filhos, portanto nosso Deus é um pai mais perfeito que qualquer outro pai.

Como já havíamos comentado nosso panteão nada mais é que a junção das energias de todo os elementos da natureza cada elemento e força da natureza é representado por um Nkisi. Aprendemos a sentir e manipular essas energias individualmente através do Nkisi, os seguidores iniciados Mona Nkisi filho(a) sobre a influência de um Nkisi específico detém mais energia do seu influente que os filhos de outros Jinkisi e Minkisi.

Exemplo: Os filhos de Katendê possuem mais energia voltada para as folhas curas e plantas do que os filhos de Nkosi que possuem por sua vez mais energia voltado as armas, ferros, metais, ferramentas e etc. Sendo eles que são os ancestrais divinizados que após fatos heroicos ou divinos e por possuírem energia extrema maior que a capacidade humana poderia suportar, deixaram para nós segredos e ensinamentos encurtando a ligação do material ao espiritual.

Ligação que nós preservamos e usamos não só para nós mas também para as pessoas que nos procuram mesmo sem ter ligações diretas com a religião. Essas ligações são em sua grande maioria revelados por Nzabi Mpungu são inteligências siderais que participaram da criação do Universo cada pessoa traz sua divindade de origem.

Possui uma característica própria e divide-se em caminhos denominados em nossa religião é fundamental a integração com a natureza quanto maior o contato com a natureza maior será seu desenvolvimento sua energia seu axé e portanto maior será o cordão (élo) de ligação com seu próprio Nkisi aproximando mais de Nzambi Mpungu (Deus criador/construtor de todo o Universo). Nkisi significa também o caminho que nós guia em determinados pontos de nossas vidas, caminhos revelados hoje por um Tata ou Mametu (Zelador ou Zelaora) através do jogo de búzios onde se faz necessário o devido culto para que os que dele pertencem seguir e equilibrar sua energia durante o tempo que permanecerá no Ixí (Terra).

Entre todos Nkisi salientamos o de maior e incontestável importância que é o Mutuê (cabeça), seu deus pessoal sua identidade sua consciência viva e presente que antes de tudo deve ser muito bem cuidada, alimentada e equilibrada para que se possa ter a consciência e o equilíbrio mental para possuir ou ser conduzido na energia pura do Nkisi.

Nkisi Mutakalambô, história e característica.



Mutakalambô é um nome que revela a natureza de ser um caçador, á face divina de Nzambi como provedor. Mutakalambô é o deus caçador senhor das florestas antigas e de todos os seres que nela habitam Nkisi da fartura e da riqueza. Mutakalambô foi conferido o título rei de toda a floresta, o senhor de tudo que nela existe o dono do Ixí (Terra).
Na África cabia ao senhor caçador descobrir o local ideal para instalar suas grandes florestas, hoje em todo o Mundo tornando-se assim o primeiro ocupante do lugar com autoridade sobre os futuros habitantes. Hoje é chamado do senhor da humanidade que garante a fartura para os seus descendentes.

Na história da humanidade Mutakalambô cumpre um papel civilizador importante nas condições de caçador e representa as formas mais arcaicas de sobrevivência humana, há própria busca incessante do homem por mecanismos que lhe possibilitem se sobressair no espaço da natureza e impor a sua marca no Mundo desconhecido.

A caça são formas primitivas de busca de alimento são os domínios de Mutakalambô, Nkisi que representa aquilo que há de mais antigo na existência humana a luta pela sobrevivência. Mutakalambô é o Nkisi da fartura e da alimentação aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai em busca da caça para se alimentar.

Sua flecha é como utensílio cultural visto que adquire significados sociais, mágicos e religiosos sobre a natureza. Astúcia inteligência e cautela são os atributos como revela a sua história, esse caçador possui uma única flecha por tanto não pode errar a presa e jamais erra. É o melhor naquilo que faz está permanentemente em busca da perfeição, essa divindade é responsável pela manutenção de todos que habitam em nosso Mundo e ainda tem a função de manter a vigilância noturna nas florestas garantindo-lhes a segurança e há sobrevivência em tudo que nela habita.

Está ligado a abundância de alimentos no Nzo (terreiro), proporcionando a fartura a alimentação a bem-aventurança financeira do Mona Nkisi e da clientela. Filho de Mikaia e Lembá é o deus da caça e vive nas florestas onde moram os espíritos dos antepassados, tem a virtude de dominar os espíritos da floresta.

Na África era a principal divindade onde era conhecido pelo nome de um valente caçador de elefantes. Conduziu sue povo a guerra e os ensinou a arte de guerrear permanecendo até hoje como um grande caçador. Ocupa um lugar de destaque nos candomblés em Salvador hoje em todo Brasil, isto porquê é o patrono de todos os terreiros tradicionais. 

Mutakalambô é o único Nkisi que entra na mata da morte joga sobre si um pó sagrado, avermelhado chamado de Arolé que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imune à morte e aos Nvumbes. Sendo ele um rei carrega o eyruquere (espanta moscas) que só era usado pelos reis africanos pendurado no saiote.

Características do Nkisi: Mutakalambô.

MUTAKALAMBÔ -
É velho e caçador come nas águas mais profundas. Conta um mito que Mutakalambô é o verdadeiro pai de Gongobila, apaixonado por Dandalunda ele se atirou nas águas mais profundas em busca do seu amor. Sua vestimenta é verde igual seu fio de conta ele é o rei e criador das florestas mais antigas.
OFÁ - Não é um Nkisi significa, o arco e a flecha do caçador.
Saudação: Pembelê Tatetu Mutakalambô, Kiuá! Kabila Duilo!!!
Seus símbolos: São vários e todos ligados há caça ou à defesa, sendo o mais conhecido o arco e flecha bem como o embornal e a capanga.
Dia da semana: Quinta-feira sua cor tradicional cultuado no Candomblé Angola a cor verde.
A comida ritual mais comum:
O milho amarelo cozido e enfeitado com fatias de coco, também pode lhe oferecer grãos torrados e frutas em abundância.
Suas Cores: Verde: Verde opaco, verde espelhado somente a cor verde.

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Os primeiros aficanos no Brasil a chegada do Candomblé.

Estima-se em três milhões e meio o número de escravos no Brasil por volta do final do século XVI, quando aqui chegaram os primeiros navios negreiros até 1850 data da extensão legal do tráfico pela Lei Eusébio de Queiroz.
Os primeiros escravos vieram da Guiné Portuguesa que na época se estendia um tanto imprecisamente do Senegal até a Serra Leoa. Vieram para trabalhar em plantações de cana-de-açúcar principalmente para as áreas do Estado da Bahia e de Pernambuco, a maior parte deles eram das tribos dos Fulas e dos Mandingas e dos Mandês.

No século XVII quando Portugal iniciou a conquista e a colonização da região da Amazônia também foram trazidos escravos da Guiné Portuguesa. Amazônia recebeu ainda escravos trazidos de Angola, aliás Angola foi desde o início do século XVII o principal fornecedor de escravos para o Brasil para mão de obra. Escravos de Angola e do Kongo foram trazidos com suas línguas Bantu e de diversas etnas: Caçanjes, Benguela, Muxicongos, Rebolos e Cabinda.

Já durante todo o século XVIII a região ao norte do Golfo da Guiné na época designada costa da mina forneceu aos compradores de escravos a mão de obra para mineração: Nagôs, Jeje, Txis, Fantis, Ashartins. Foram mais para o interior na região do Sudão Oriental, influência Islâmica e foram trazidos Hauçás, Kanúris, Tapas, Grúncis e novamente da Guiné Portuguesa Fulas e Mandingas ou Mandês. Desembarcaram na Bahia o monopólio do comércio de escravos com a costa da mina e eram transferidos para o interior de Minas Gerais para as regiões das lavras de ouro e de diamantes.

A localização inicial dos escravos modificou-se acentuadamente com o desenvolvimento econômico e político do Brasil e foram principalmente os ciclos econômicos do açúcar do ouro e do café os responsáveis pelas migrações internas que somadas as condições da escravidão redundaram na mistura das diferentes raças e tradições tribais formando uma verdadeira fusão de culturas e tipos físicos africanos.

Com a miscigenação de negros vindos de vários lugares várias religiões e crenças de todo Mundo novo e místico nasceu na Bahia, surgindo então as grandes matrizes do nosso candomblé hoje em todo o Brasil que tem seu significado casa onde batem os pés.