Kibane Mutuê (bori) ritual para alimentar a cabeça.

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Kibane Mutuê
 
Um ritual cultuado no candomblé Angola que tem a origem e significado de "fortalecer a cabeça" é um dos rituais mais importante do culto africano por consequência também nos cultos dos candomblés mais conhecido como Bori. 

É um dos rituais capaz de tratar da alma e da cabeça de uma pessoa sendo que o fato de dar comida ao Mutuê (cabeça) visa levar para o interior da mesma a força mágica invisível geradora de energias vitais trazendo apenas saúde.
A força que percorre a coluna vertebral levando as energias vitais ao corpo-físico astral e etérico o alcance dos objetivos e o seu eu completo personalidade, caráter, disposição, identidade e temperamento.

O ritual denominado Kibane Mutuê tem por objetivo principal o fortalecimento do nosso Mutuê uma força vital que remove todas as mazelas retirando as doenças mental como nervosismo, preocupações, dores constantes, insônia e outros males que prejudicam a parte física e mental de uma pessoa.

Durante esse ato ritualístico não á necessidade da incorporação do Nkisi quando é feito para um filho rodante do Nzo (terreiro), esse ritual não é realizado com a finalidade do Nkisi da pessoa, mas sim uma celebração a Lembá Dilê e a Mikaia, Pai e Mãe de todas as cabeças.

Essa cerimônia ritualística destinada há alimentação do Mutuê (cabeça) são realizados cânticos, saudações, sacrificios, oferendas, e louvores visando despertar e fluir da força até então ocultas em nós além de servir como súplica aquele que designa os caminhos do destino. Isto é o responsável pelo direcionamento da vida daquele que está sendo subjugado ao ato ritualístico.

Um Kibane Mutuê não significa que um filho ou filha seja feito (feitura de iniciação batismo) ele apenas aumenta sua estrutura mental. Kibane Mutuê não traz forças para o desenvolvimento do Nkisi de um filho muito menos fortalece um Nkisi. O Nkisi já tem suas próprias forças e energias, esse ritual não pode ser confundido com o desenvolvimento de incorporação de uma Muzenza.
Kibane Mutuê a energia ativa dos pensamentos aquele que limpa tudo de ruim nas mentes de qualquer pessoa.

O resguardo preceito

Nesse ritual de Kibane Mutuê após serem feitas todas as tarefas dos princípios do fortalecimento alimentar a cabeça, a pessoa adepta ou seguidores da prática da nossa religião terão 03 dias de preceitos das quais não pode. Primeiro usar roupas de cores preta, cinza, roxa e vermelha somente usar roupas claras se possível brancas. 

Não pode comer carne de porco e pimenta, terá que usar contra eguns um em cada braço, não ter relação sexual e beber bebidas alcoólicas.

O Kibane mutuê deverá estar sempre guardado no Nzo por segurança, não pode sair para fora e caminhar com ele nas ruas. 

Vídeo com mais explicação sobre Kibane Mutuê (bori) ritual para alimentar a cabeça, edição especial.


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Candomblé Angola sua origem e tradição.

Candomblé Angola.

Uma Nação de origem culto Bantu Kongo cultuamos as divindades dos povos Bantu. O Nkisi e Orixá tem a mesma energia da própria mãe natureza dinvidades semelhantes. Muitos autores cometem o mesmo erro ao tratar das semelhanças existentes entre um Nkisi, Orixá ou Vodum confundem semelhanças que na verdade se tratam da mesma divindade com nomes distintos, cultos e rituais diferentes.


O candomblé Angola se desenvolveu entre os escravos africanos que falavam a linguagem Kongo, também intraduzível originou-se predominantemente das línguas. São facilmente reconhecidos pela maneira diferente de cantar, dançar e percutir seus tambores obtendo sua linguagem Kimbundo e Kicongo, na hierarquia do candomblé Angola. O cargo de maior importância é para o homem, Tata Ria Nkisi Nzo (Zelador do Terreiro ou Zelador do Santo). No culto do candomblé Angola é fundamental a importância do culto dos Caboclos que são espíritos de índios considerados pelos antigos africanos como sendo os verdadeiros ancestrais brasileiros, portanto os que são dignos de culto no novo território a que foram confinados pela escravidão.

O candomblé de Caboclo é uma modalidade da nação Angola centrado no culto exclusivos dos antepassados indígenas. Foi provavelmente o candomblé Angola que deram origem ao nascimento da Umbanda nascida em 1917 na cidade de Niterói, há outras nações menores de origem Bantu, teremos: Kongo e a Cabinda hoje quase inteiramente absorvidas pela nação Angola. O Deus supremo e criador é Nzambi ou Nzambi Mpungu, abaixo deles estão os Jinkisi e Minkisi (deuses e deusas).

O que é Candomblé.

A religião africana ao qual se deu o nome de candomblé é uma das mais antigas crenças do homem ela possui rituais sagrados e secretos. O candomblé vem tentando manter-se fiéis às suas origens podendo assim preservar sua essência, saibam que a maior parte da carne oferecida nos rituais é servida em nossas festas públicas onde todos são convidados para se alimentar Inguidiar (comer) é o que chamamos de comunhão com o Nkisi o objetivo dessas obrigações é a obtenção de força ou axé (energia) tanto para a roça de candomblé quanto para seus membros e participantes.


O axé palavra tão popular atualmente nada mais é do que a energia que emana do próprio Nkisi, que precisa ser renovada e acumulada. O candomblé também exalta as forças da natureza muito antes de qualquer ecologista. Nossos antepassados já as defendiam e cultuavam a energia e forças das folhas dos rios mares e dos minerais enfim todos os elementos naturais que compõem a Terra e são muito importantes para nós. Temos que sentir o movimento da natureza possuir o conhecimento do fogo da água da terra e do ar também dos elementos que os compõem. 


A natureza se comunica conosco basta saber interpretá-la corretamente ela nos auxilia por exemplo saber se uma determinada oferenda está sendo colocada no local adequado se não está faltando nada se o tempo está favorável se é preciso esperar que algo aconteça antes de continuarmos se o Nkisi está satisfeito. Enfim são vários os detalhes que precisam ser observados para o sucesso do nosso trabalho.

O candomblé é uma religião monoteísta ou seja crê em um único Deus a quem chamamos de Nzambi Mpungu uma tradição do candomblé Angola. O Nkisi (Dinvindades) foram criados por ele Nzambi para ajudá-lo no processo de criação do Mundo e de tudo o que nele existe a sofisticação estética dos rituais do candomblé contribui sem dúvida para a atração que exerce nas pessoas em geral particularmente nos meios artísticos.


As cerimônias são abertas de cada casa de culto ao público e têm a característica de uma festa (kizomba). As divindades que nelas se manifestam não vêm para pregar ou distribuir conselhos vêm expressar a sua energia vital. Fazem isto de modo solene seguindo uma estrita lógica ritual comandada pelo som das Ngomas (atabaques) e dos cânticos. Vestem sua roupas com pompa e produzem um gestual codificado identificador de cada Nkisi. As festas (kizombas) terminam com um jantar que chamamos de Inguidiar (todos se alimentam) são aberto ao público feito de comidas sagradas relativas ao evento da noite.