Tatetu Ndenge, Mametu Ndenge como receber cargo no Candomblé Angola.

Recebimento de cargos, Tatetu Ndenge e Mametu Ndenge.

Um cargo no Candomblé Angola é de muita importância para um Nzo, será aquele que vai estar ao lado do Tata ou Mametu (Zeladores) para finalidades nos cultos e rituais. Esse recebimento de Cargo (Kijingu), somente poderá ser entrengue sempre por um Tata, aquele que fez a sua iniciação, caso esteja em outro Nzo sempre será o seu Zelador.


As tarefas para seguir esse novo caminho que requer prática e força de vontade, o Mona Nkisi passa de graú ele se torna uma pessoa mais velha. Ele nunca será maior que um Tata ou Mametu (Zeladores) apenas minitros, para estar sempre presente nas atividades no Nzo. 


A palavra Tatetu Ndenge e Mametu Ndenge, quer dizer Pai Pequeno e Mãe Pequena, ambos terão o total respeito pelos mais novos. Ser um Tatetu Ndenge ou Mametu Ndenge é ter o mesmo graú de autoridade como uma Makota ou Kambondo, mas cada um com suas funções diferentes. Vão obter a mesma responsabilidade dentro do Nzo, esse cargo somente acontece apenas uma vez, o filho não pode receber dois cargos no Nzo.


Quando poderão receber esse cargo e qual a necessidade.


O cargo de Tatetu Ndenge ou Mametu Ndenge somente recebem esse cargo quando completarem um ano após a feitura, será entregue na obrigação de um ano. Antes não pode ser entregue esse cargo, a feitura terá que ser feita como Mona Nkisi, após um ano podem se tornar um Tatetu ou Mametu Ndenge.
Mas para obter esse cargo com a obrigação de um ano, isso acontece quando um Tata necessite com uma extrema urgência para seus cultos no Nzo. Esse cargo as vezes muitos esperam até os sete anos para se tornarem um Tatetu ou Mametu Ndenge, que é o certo mas nas medidas da necessecidade abrimos uma exceção.


Além de se tornar uma pessoa de cargo, podendo ser nas obrigações de um ano, nas obrigações de tres e obrigações de cinco anos, isso vai da necessidade do Tata, ele que vai analizar o desenvolvimento daqueles que serão seus minstros. Ou aguardar sua idade de sete anos para receber seu cargo no Nzo.


Ser um Tatetu ou Mametu Ndenge é sempre amar o que vai fazer, esse cargo não da autoridade para se tornar Zelador, serão apenas ministros do Nzo do seu Tata ou Mametu. Os Zeladores precisão antes de tudo consultar o dono ou a dona do Nzo (Nkisi), para saber se aquele filho ou filha estão aptos para a tal função como ministros, e consultar o Nkisi do filho ou filha (Mona Nkisi) para saber se terão história para se tornarem Zeladores ou ministros.


Após receberem o cargo de Tatetu Ndenge ou Mametu Ndenge não poderão ser mais Zeladores, apenas ministros do Nzo do seu Zelador por isso a necessidade de confirmar sua história primeiro antes de tudo, porque se receber não poderá voltar atrás.


Conselhos: Os Zeladores antes de qualquer necessidade devem tomar muito cuidado com aqueles que recebem cargos no Nzo, esse cargo não torna uma pessoa melhor que ninguém apenas da autoridade para um filho receber uma pequena liberdade de ser seu braço direito, como qualquer outro cargo por ser entregue no Nzo.
Mas para isso sempre bom analizar primeiro se precisa ser entregue por amor e respeito pelo Nkisi, muitos merecem e dão valor mas outros usam para enganar e para obter vantagens.


Quais são as cerimônias de um Tatetu Ndenge e Mametu Ndenge


A cerimônia como dito podem acontecer na obrigação de um ano quando necessário, de tres anos ou na de cinco anos o mais correto na de sete anos.
Esse cargo não dar autoridade de mão de búzios, ou seja não tem história para usar um jogo de búzos por isso não recebe somente Zeladores, recebem aqueles que vão abrir seus futuros Nzos.


Na obrigação faz todo procedimento normal para um Orô, com todos os rituais animais e aves com sacrifício tudo que precise para sua obrigação, mas é nestá hora que pode assentar o segundo Nkisi, por receber o cargo no Nzo, os dois assentamentos comem animais e aves (machos e fêmeas) separados. 


Apenas informando: Assentamentos 01 - primeiro será sempre um Nkisi Tatetu (pai de cabeça) e outro 02 - segundo será sempre Nkisi Mametu (mãe de cabeça), ou vice - versa, nunca duas mães juntas ou dois pais juntos, isso da conflito na vida de qualquer pessoa.

Uma Kizomba será feita para o seu Nkisi, após todos reverênciar o seu Nkisi pela a obrigação por sido feita, terá uma nova saída a onde o Tatetu ou Mametu Ndenge vai receber suas peças de trabalho pelo cargo recebido, com uma roupa no estilo merecendo o cargo. Está obrigação não é um Deká ou Cuia apenas abrigação de cargo, quem recebe Deká ou Cuia somente aqueles que vão abrir seus Nzos ser Zeladores.


A parte mais importante a faixa, que será colocada no ombro fechada cruzando o corpo com as palavras de Tatetu Ndenge ou Mametu Ndenge. Está faixa já mostra tudo que vai precisar para seus afazeres no Nzo, um fio de graú será entregue mostrando a todos que deixou de ser um Mona Nkisi para ser tornar uma pessoa de cargo, Tatetu Ndenge ou Mametu Ndenge. 


Outra parte fundamental será tronado, terá autoridade para sentar em qualquer cadeira no Nzo e em qualquer outro lugar e terá seu próprio trono para sentar, mostrando sua autoridade como um filho de cargo.


Um Tatetu e Mametu Ndenge não podem fazer uma feitura não terão filhos como os Zeladores, apenas vão auxiliar o seu Tata ou Mametu no Idemburu (ronkó). Mexer no Mutuê (cabeça) Mukunãn (cabelo) com sacrifício não está autorizado. Mas sempre estarão ao lado do seu Zelador para ajudar no que ele precisar, mostrando lealdade pelo nossos Jinkisi e Minkisi com amor ternura e com sabedoria.

Katendê e Aroni o guardião das folhas e florestas, guiado por Katendê.

Aroni o guardião

Vamos falar sobre Aroni um misterioso anãozinho perneta que gostava de fumar cachimbo, um guardião entre as folhas e florestas.


Katendê sempre ocupado em preservar suas matas contra queimadas e por perder grande parte das suas terras verde, devido a destruição que a humanidade prática a todo tempo, com uma longa trajetória de destruição. Katendê precisou de um reforço para liderar a segurança das suas florestas e suas Nsabas (folhas). Formou uma espécíe de assombração, aquele que assustaria todos de suas matas, para evitar uma queimada e o desmatamento de suas terras.


Para criar Aroni Katendê usou várias formas, tudo que henvolvia entre folhas, árvores, pedaços de ossos, fumo, barro, água e a força da natureza. Ele criou Aroni que pela imperfeição veio somente com uma perna só, pequeno mas com grande poder de força. Ele possui um olho pequeno para ver a longa distância, e o outro olho grande para enchergar na escuridão, e tem uma orelha pequena para ouvir quem esta vindo a longa distância, a outra orelha grande essa a mais importante ouvir o chamado das árvores quando estiverem em perigo.


Katendê sempre foi um Nkisi feiticeiro, ele aprendeu a usar todas as formas para criar qualquer feitiço que precisa-se para sua defesa, usando as energias das folhas, árvores e terras. Um Nkisi temido por saber fazer feitiços para o bem, mas para aqueles que não respeitar seu reino sobre as folhas ele poderá fazer um feitiço sobre elas, perdendo as energias para o culto.


Dizem as lendas e histórias que já viram Aroni, um misterioso anãozinho perneta, e que fumava com cachimbo.  

Habilidoso e rápido é o mais veloz de todos seres vivos da floresta, Aroni fez grandes defesas para proteger a flolhas e florestas, assustando todos aqueles que queriam desonrar o rei Katendê. Ele fica sempre escondido sobre as árvores mais alta da floresta, e foi chamado de o guardião e vigia comandado por Katendê.

Nunca desperdice qualquer tipo de folha, pegue somente o necessário, Aroni pode lhe seguir e caso desperdice ele poderá jogar um feitiço sobre todas as folhas, e elas não terão a essência que precise para qualquer ritual.


Ele não é um Nkisi como Katendê, foi considerado apenas um guardião das florestas e de todas as folhas que penetram sobre a terra. Cuidado quando for fazer algo que destrua qualquer área sobre as florestas, Aroni sempre estará por perto para vigiar, se irritar ele vai te assustar, Aroni o guardião.

Tumba Junçara, Bate Folha, Tombeicí, Goméia fundadores das Raizes Nação Angola.

As grandes matrizes do Candomblé Angola, que fazem história em todo Brasil, vou citar em resumo uma das grandes histórias dessas Raizes e Sarcedotes os fundadores, que hoje envolvem nossas vidas perante os Jinkisi e Minkisi, da cultura do Candomblé Angola.

Raiz Tombeicí


Maria Genoveva do Bonfim conhecida como Maria Nenem, sua dijina Mametu Tuenda dia Nzambi, nascida no Rio Grande do Sul em 20 de janeiro de 1865, faleceu em Salvador - BA em 1945. Foi a grande matriarca de uma família da qual se originaram inúmeros Nzos (terreiros) de Candomblés da Nação Angola em todo o Brasil. 


Era filha de Santo de Roberto Barros Reis Tata Kimbanda Kinunga sua dijína, por volta de 1850. Africano que teria recebido esse sobrenome por ter sido escravo de um certo Barros Reis, membro de tradicional família baiana. Maria Nenem filha do Nkisi Kaviungo foi a fundadora do Nzo Tombeicí, a matriz de importantes casas de Bantu Kongo do Candomblé Angola.


Raiz Tumba Junçara


A Raiz Tumba Junçara foi fundado em 1919 em Acupe, na Rua Campo Grande, Santo Amaro da Purificação no Estado da Bahia, por dois irmãos de esteira que foram recolhidos juntos para os atos ritualísticos.


Cujos nomes eram, Manoel Rodrigues do Nascimento sua dijina nome de batismo, Kambambe e Manoel Ciriaco de Jesus dijina Ludyamungongo, ambos iniciados em 13 de junho de 1910 por Mametu Tuenda dia Nzambi, Maria Nenem.


Raiz Bate Folha


Bate Folha uma das Raizes do culto do Candomblé Angola, seu Nzo fica localizado na Rua Dionísio Brito Santana, antiga Travessa São Jorge, n. 65 -E, Bairro da Mata Escura do Retiro - Bahia, o maior terreiro da Cidade e um dos mais antigos em atividade. 


Fundado em 1916 por Manoel Bernardino da Paixão, sua dijina nome de batismo Ampumandezu, ocupa uma área de 14,8 hectares pertence hoje à Sociedade Beneficente Santa Bárbara que o representa civilmente, com uma grande dedicação ao Nkisi Bamburucema. 


Raiz Goméia


João Alves de Torres Filho ou Joãozinho da Goméia ele foi um sacerdote do Candomblé Angola, existem muitas histórias sobre Joãozinho da Goméia. A sua iniciaçao foi devido um problema de saúde quando ainda era criança. João Alves Torres Filho foi iniciado para o mundo do Candomblé Angola e recebeu sua feitura pelo Zelador Severiano Manuel, f
oi um sacerdote do Candomblé Angola.

Com a morte de seu Zelador, Joãozinho da Goméia refez a sua feitura no terreiro do Gantois com Mãe Menininha, mudando do Candomblé Angola para o Candomblé Ketu em 1924 aos 10 anos de idade. 
  
Joãozinho da Goméia nascido em Inhambupe dia 27 de março de 1914 e teve seu falecimento em São Paulo dia 19 de março de 1971.

Raizes Viva Deus e Viva Deus Filho


Maria Nenem recolheu como Muzenzas
para serem iniciadas em seu Nzo, Francelina Evangelista dos Santos, sua dijina Mametu Dialumbidí, filha de Nkisi Dandalunda. Após receberem seus cargos como Mametus, e juntamente com Sr: Feliciano Alves fundaram o Terreiro Viva Deus Filho e lá vieram suas primeiras filhas de Santo. 
Recolheu Leocádia Maria dos Santos Mametu Ujittú filha do Nkisi Kaviungo, que fundou o Terreiro Viva Deus Filho, na Fazenda Grande que depois mudou para Engomadeira, hoje quem zela pela Nzo Viva Deus Filho Mãe Toinha Mametu Kixima.
Viva Deus situado na Estrada das Barreiras, 1233 em Salvador - Bahia.

Raiz Bate Folhinha


Bate folhinha fundada pela Mametu Eloyá, foi iniciada na Raiz Bate folha e seguiu sua longa história com sua Raiz Bate Folhinha. Sue primeiro Nzo construido em Salvador - Bahia. Outro Nzo construido em Belo Horizonte com Tata Bernadino, hoje são de grandes destaques no Candomblé Angola.

Nkisi, Orixá qualidades, suas diferenças no Candomblé.

Nesta postagem vou informar sobre as diferenças entre Orixás, um culto do Candomblé Ketu, o Nkisi no culto do Candomblé Angola.

Orixás porque qualidade


O Candomblé Ketu é uma das nações que envolve o culto sobre uma designação genérica das Divindades, cultuadas pelos Yorubás do Sudoeste da atual Nigéria, e também de Benin e do Norte do Togo trazidos para o Brasil pelos escravos. Dessas áreas e aqui incorporadas por todo território brasileiro, para seu crescimento religioso no Brasil.
Os Orixás são deuses que correspondem a pontos da força da natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças.


Qualidades são várias formas de conhecer a cada Orixá e como eram vistos, como eram cultuados em várias tribos, cidades em regiões africana. O segredo de ter suas qualidades foi quando os Orixás fizeram seus governos sobre as tribos nas regiões africana, os Orixás passaram por várias cidades e receberam simbólicamente um sobre nome, por suas formas de conhecimento e lhe foram concebidos as qualidades para quase todos os Orixás.


Candomblé Angola uma das tradições que envolve as Divindades, cultuados pelos povos Bantu Kongo, cultuada na África pelos povos de Angola e de Luanda, trazidos para o Brasil pelos escravos africanos, com a chegada dos primeiros navios vindo da África, hoje expandida por todo Brasil.


Da mesma forma que o Nkisi ou Orixá receberam o poder da construção do Mundo e de tudo que nela existe, mostra que nessa parte contém a mesma essência da transformação genética. As histórias são elevadas conforme o culto de suas tradições do Candomblé Ketu e do Candomblé Angola, com seus encinamentos diversos, cada uma separada de cultos distintos. No Candomblé Angola não usamos qualidades com nosso Nkisi, essas modalidades são de uso dos Orixás do Candomblé Ketu.


Vou citar duas formas de qualidades de Orixás, e como entender no Candomblé Angola correspondente a cada um.


Orixá Xangô suas qualidades: Alafim, Afonjá, Aganju, Agodo, Obain, Barú e Airá. Apenas algumas qualidades, mas na cultura do Candomblé Angola apenas chamamos de Nkisi Nzazi.

 
Orixá Oya suas qualidades: Onira, Bagan, Topé, Biniká, Balê, Petu e Egunita. Outro resumo de Orixá com qualidades, nos cultos do Candomblé Angola apenas chamamos de Nkisi Matamba.


Devemos entender que a cultura, os rituais, as Divindades, as formações ligada ao nascimento de um filho, cores das Divindades, cores de fios de conta, ritmos de tocar e dançar, rezas, encinamentos e outros mudam entre uma a outra. Tanto como os povos dos Yorubás tem seus próprios cultos, os povos da cultura Bantu tem seus próprios rituais.


Como um Yao com feitura inicia seu culto no Candomblé Angola


Como havia dito nas explicações acima, Orixá tem a mesma essência do Nkisi, o Yao já com sua iniciação no Candomblé Angola passa a desenvolver toda a cultura Bantu, na sua nova vinda ao Candomblé Angola. Caso for batizado (feitura) com Orixá Ogum, ele passa a ser do Nkisi Nkosi.


Não á nececidade de trocar de Divindade, caso já tenha sua iniciação, a raspagem somente acontece apenas uma vez. Ele passa a dar continuidade com suas obrigações nos rituais do Candomblé Angola, aprimorando sua nova caminhada com uma nova dança, costumes, disciplina, a troca dos fios de conta, e outros, um ritmo totalmente diferente do que aprendeu.
Os rituais das obrigações passam pelos costumes do Candomblé Angola, a Divindade dará sua continuidade com que recebeu, e passa pelos costumes da tradição do Candomblé Angola.


Independente de qualquer nação a um respeito com aquele que precisa buscar o seu melhor, sabemos que quando uma Divindade necessita de bons cuidados eles não procuram sabedoria ou cultos erroneamente. Tanto como Orixá ou um Nkisi procuram lugares que mostrem o certo e aprimoração, eles não escolhem nações apenas o melhor para seu culto.

Exús e Pomba Giras os DONOS das RUAS e seus domínios.

Exús e Pomba Giras os donos da rua.

As Pomba Giras e Exús são os donos da rua e também lideram os becos, estradas, vielas, encruzas, calçadões, praças, entre outros. Mas essas Pomba Giras e Exús fazem uma liderança, um comando noturno apartir das 00:00 hs até as 6:00 hs da manhã, são divididos um a um, cada um lidera a sua expectativa rua com o horário noturno.


Eles fazem um papel de lideres a onde observam tudo o que acontece no mundo deles e também em nosso mundo, são os observadores com olhos de gato. Ouvem tudo o que falamos e desejamos, por isso quando andar por uma rua ou encruza cuidado no que vai falar, eles podem lhe atender.


Como lideram as ruas


Cada rua tem um Exú ou uma Pomba Gira de uma esquina a outra comandada por eles, a maior encruza que tem uma forma de cruz, o lado masculino é comandada por Exús, eles lideram essa parte maior. Cada encruza em forma de cruz tem o nome de cada Exú, pode ser o Exú Caveira, Exú Toquinho, Exú Tranca Rua, Exú 07 Encruzilhadas, Exú Tiriri e outros Exús.


As Pomba Giras comandam as encruzas em forma de "T" tem o lado feminino, cada uma delas lideram de uma esquina a outra, são as Pomba Giras Dama da Noite, Maria Padilha, Maria Mulambo, Cigana, 07 Saias, Maria Quitéria e outras. 

Todos eles estão perantes a estes dominíos, todos os Nzos (terreiros) são rodíados de encruzas machos e fêmias, é importante saber quais Exús ou Pomba Giras lideram a região.

A encruza ou rua mais pequena pertence a Pomba Gira Menina, becos pequenos, ruas sem saída pequenas pertence a Exú Mirim ou pode ser do Exú Toquinho, depende de cada lugar para eles reinar seu próprio lugar.


Caso o Nzo precisa de proteção eles podem proteger sem custo algum, mas sempre as segundas feira lhe oferecer um padê, farinha de mandioca grossa misturada com mel, azeite de dendê, aguá ou cachaça, pode lhe oferecer dois tipos de padês. São oferecidos enfrente do Nzo esparramados entre a calçada com a rua, e com uma quartinha de barro com aguá despejar na rua, durante este ritual fazer bons pedidos a eles.


Os Exús e Pomba Giras são bem discreto, eles dividem os padês entre sí, muitos se alimentam do padê. Quando o Tata ou Mametu fazem essa parte com eles podem ter certeza eles vão fazer segurança no Nzo, contra qualquer mal que possa atingir. Eles também protegem o Nzo contra espirítos zombeteiros, agem como segurança do portão pra fora.


Eles nunca entram no Nzo porque são os donos da rua, nunca saem do seu trajeto de ligação entre a sua esquina com a outra, para que outro Exú não possa tomar de conta do seu lugar. Sempre á um respeito por eles por seus territórios, cada Exú ou Pomba Gira respeita seu espaço, mas com muita cautela.


São ótimos como protetores do Nzo, de residências e também de comércios quando bem cuidados e respeitados, nunca jogue lixo em uma encruza você pode ofender eles. Para aqueles que já conhecem os donos e as donas da rua é sempre bom cumprimenta-los, uma forma de respeito, perante a todos eles. 


Eles podem livrar de um acidente ou da morte, mas nunca ameace ou desrespeitem eles, suas forças podem levar uma pessoa a um acidente ou até mesmo a morte.

Vídeo com mais explicação sobre Exús e Pomba Giras os donos das ruas e seus domínios edição especial.



Consulta com Jogo de Búzios.

Consulta com jogo de búzios

Muitos procuram saber como lidar com as situações, que envolve seus próprios caminhos, a vida tem diversos lados, mas para onde seguir as vezes. Sabemos que nossos caminhos são diferenciados por cada pessoa que tem seus próprios objetivos, e cada um com sua história.


O consulente aquele que vai se consultar com o jogo de búzios tem o seu propósito de saber tudo o que vai ser esclarecido atravéz dos oráculos, ou seja o jogo de búzios. Isso varia de cada consulente, todos tem suas vidas diferentes como os oráculos podem revelar o que será de necessário.


A necessidade de se consultar pelo oráculo são diversos como, vida profissional, sua saúde pessoal, conviver com pessoas de amizades sinceras ou pessoas que agem com falcidades, segurança pessoal, relacionamento amoroso, problemas com eguns. 


Esses são apenas alguns exemplos de consulta que agem durante uma sessão atrávez do jogo de búzios, como outros assuntos podem ser ditos.
O oráculo pode orientar o consulente como também pode resolver seus problemas, caso haja algum ritual para ser feito. O jogo de búzios sempre é consultado pelo reponsável do Nzo (terreiro) um Tata ou uma Mametu. Um consulente quando necessita de um jogo de búzios ele passa por revelações, que vão lhe conseder ajuda podendo ser apenas conselhos, com ritual simples ou com rituais diversos.


Quando uma pessoa que já nasceu para seguir a dultrina no culto do Candomblé, o jogo de búzios são envolvidos através das Divindades, recebendo a confirmação da sua história com seu próprio Nkisi. Nesse caso começam os preparativos para sua dultrina com os cultos cerimôniais, e iniciar seu papel no desenvolvimento no Nzo. Um caminho longo a seguir mas com belos resultados para um futuro cheio de realizações.


No Brasil temos bons Zeladores e Zeladoras que fazem seu papel de zelar, cuidar e para receber qualquer pessoa para os atos necessários.

Pai Mutalengunzo falando sobre mim.


Meu nome: Ademir da Silva

Nascido em São Paulo Capital no ano de 1974, desde 08 anos de idade já participava de atos espirituais, sempre gostei e tive força de vontade para aprender mas isso tudo teria o tempo certo. Iniciado no Candomblé Angola em 1990 como Muzenza chegando a fase de Orô Maior Feitura dia 13 de Abril de 1996 filho de Tata Mocumbecosiajo Julio de Nkosi. 


Minha dijina nome de batismo Mutalengunzo sou neto de Tata Roxitalamin Pedro de Nkosi e bisneto de Tata Katurazambi de Kaviungo. Procuro sempre ter responsabilidade com o que faço á nossa vida é sempre dedicado ao Nkisi, não tem tempo ruim para nos dedicar. Sabemos que nossa vida é uma caixinha de surpresa mais tudo tem o seu tempo certo.


Sou muito feliz a onde estou nos cultos do Candomblé Angola Raiz Tombeicí, sempre permaneci confio no que tenho e no que faço. Não existe o melhor mas sim aquele que sabe trabalhar.


Sempre fui filho do Nkisi Tatetu Gongobila desde o meu nascimento, quando pequeno tinha uma noção como seria a minha vida no futuro com meu pai Nkisi Gongobila. Tenho muito amor e fé em tudo que envolve o circulo da natureza. Aprendi que tudo precisa estar certo não importa se o ritual for grande ou pequeno a responsabilidade será sempre a mesma.

A nossa vida são formada em caminhos que as vezes temos que tomar iniciativa e cuidado, saber onde pisar. Caso pise em um lugar errado com certeza sua vida não vai pra frente mas sim para traz. Se pensarmos bem isso é uma prova que passamos todos os dias em nossa vida. 

A vida passa com o longo dos dias e as pessoas também mudam com o tempo, o Candomblé tem que ser cultuado com amor, dedicação e respeito. Não se pode crescer desejando o mal dos outros e querendo ser melhor que outros, o Candomblé nos dá ferramentas para aprender a usá las com sabedoria. Hoje todos usam beleza, roupas caras, jóias, luxo e o desprezo de quem é inferior.

Candomblé veio da mais pura e simplicidade com energia e o axé, por isso devemos agradecer pelas coisas boas e simples que acontecem em nossas vidas. Se for feito com fé e amor tudo dará certo, sem precisar pisar em ninguém, há humildade prevalece na vida da gente e nos Nkisi.

Nesta postagem estou me apresentando a todos sobre mim e mostrando através desde blogger tudo o que sei, o que aprendi e o que tenho de mais valor, amor aos Jinkisi e Minkisi. Todos nós somos sábios perante tudo que fazemos no culto do Candomblé Angola, mas minha maior intenção é mostrar o melhor do que sei, para que o nosso Candomblé seja cada vez melhor, não somente para aqueles que cultuam mas o principal cultuar nosso Nkisi com a maior perfeição e sabedoria.


Quero agradecer os leitores deste blogger pelo carinho o respeito e atenção, quero dividi-los com vocês e que todos possam usar minhas palavras em forma de cultura com respeito, e respeitando os nossos ancestrais.

Um velho sábio uma vez me disse: "Seja reconhecido porque amanhã vão se lembrar de você".

Nzo Ria Nkisi Tatetu Gongobila.
Candomblé Angola.

Vídeo com mais explicação sobre Pai Mutalengunzo falando sobre mim, e dicas sobre o nosso candomblé Angola edição especial.


Muzenza os 21 dias de Idemburu (ronkó), e informações do ritual.

Venho explicar nesta postagem um dos fatos importantes nos cultos do Candomblé Angola, mais para informar e gratificar a todos que precisam de explicações, entendimento, conhecimento e poder entender a origem destes cultos ritualísticos. Apenas lhe oferecendo alguns resumos com entendimento sobre nosso Candomblé Angola tão querida e respeitada por muitos.

Recolhimento dos 21 dias para o nascimento, a feitura, raspagem e orô. Quais são as necessidades perante este recolhimento e a prática deste ritual tão importante.


O filho ou filha que chamamos de Muzenza, que já confirmado com um jogo de búzios com seu Tata ou Mametu, sabendo da sua história com seu Nkisi e acompanhando as tarefas e cultos de cerimônias e fortalencendo o seu grau de incorporação, esta apto para o recolhimento para feitura.
O Muzenza corfimado rodante aquele que tem o dom da incorporação, é marcado um ritual de bolonãn (aquele que bola no chão, a necessidade do batismo, raspagem), uma cerimônia para poucos consulentes que participam apenas como testemunhas importantes.


São feitas algumas zuelas (cantigas) para alguns Nkisi, mas somente pode acontecer o bolonãn nas zuelas de Kidembo. Confirmando após cair bolar, será coberto com um Ndala pano branco, suspendido por pessoas de cargos ou por Nkisi pelos quatro cantos do Nzo, apresentado a porta, a cumieira, Ntoto, as ngomas o pepelê do Nkisi do Nzo, se recolhe para a camarinha (sala de aguardo, descanso). Desse dia em diante são contados os 21 dias de recolhimento, são várias etapas para chegar a faze do ritual maior o nascimento do batismo.


O Muzenza não entra dentro do Idemburu (ronkó) por enquanto somente após, ebó de purificação, ebó exú (kiumbá), ebó Nvumbi (egum), ebó de estrada, ebó nas matas, ebó na cachoeira e ebó de carrego, principal esse ebó de carrego faz no Nzo fica no Tempo, somente o despacha quando o Muzenza vai retornar para sua residência já com Nkele (kelê). Feito todos esses rituais o Muzenza passa para dentro do Idemburu.


O Kibane Mutuê (bori) importantissimo, o que vai pronlongar a estrutura de boa saúde ao Muzenza até completar sua obrigação de ano. Nos 21 dias de recolhimento as 04:00 hs da manhâ, faz a primeira oração do dia (oração da manhã), logo após o banho de Maionga (purificação) puro não pode ser colocado aguá quente (quebrar o gelo), é servido café, almoço e janta durante o dia (Nguidia), fazer esses atos durante os 21 dias.


Aproveitar o maximo do tempo para realizar tudo que precisa.

São feitas nesses 21 dias as rezas de grande importância em nossos cultos como rezas do Ingorosí, feita todos os dias as 18:00 hs, após Ingorosí são feitos ensaios com portas fechadas, para que o Muzenza e o Nkisi possam aperfeiçoar para sua grande saida maior. As rezas de Ingorosí são: Muxacá, Tuzir e Séte Quenda, Kibuqui, somente as sextas feira fazemos as rezas de Caboclo, fundamental no recolhimento, as sextas feira o Muzenza não tem atividades no Idemburu. Temos também outras rezas fundamentais usamos em rituais, kibane Mutuê e outras: Rema Kalunga.


O Muzenza de forma alguma pode ter contato com pessoas, apenas por aquela que vai encinar, educar o Muzenza a Mametu Kusasa (mãe criadeira) nesses 21 dias de recolhimento, não pode entrar em contato de forma alguma com a tecnologia. Não pode sair no tempo, ver o Sol, andar sobre o tempo, não pode ter atividades dentro do Nzo.


Após o Muzenza Nguidia (comer ou comida) almoçar e jantar, reza o Dimbê em forma de agradecimento, o Wunji (erê) do Muzenza participa de algumas atividades no recolhimento, ajudar a preparar os munjilós (fios de conta). Temos uma reza que as vezes o Wunji faz quando esta com Nzala (fome), ele zuela bem alto, a Mametu Jabonãn ou a Kota Rifula prepara o Nguidia para o Wunji.



O preparo da montagem do Muzenza (iniciante não batizado) para se tornar um Mona Nkisi (filho de Santo com feitura).

Os fios de conta vai de acordo com a história do Muzenza, o 01 fio de conta com 07 pernas fechado com uma firma e com búzios a cor do seu primeiro Nkisi, aquele que será realizado o batismo, o 02 fio de conta pertence ao 02 Nkisi do Muzenza com apenas 05 pernas fechado com uma firma e com búzios, esse 02 Nkisi não monta o assentamento apenas o primeiro que será realizado a feitura.
O 03 fio de conta na cor do Nkisi do seu Tata ou Mametu com 05 pernas, com uma firma e fechado com búzios, o 04 fio de conta e o ultimo pertence ao pai de todos, Lembá Dilê com 05 pernas com uma firma e fechado com búzios.


Os fios de conta não podem ser feitas com anzol, ele não pega a energia que os fios precisam, os fios de conta são usados com o cordone, um fio retorcido resistente próprio para o preparo dos fios de conta e consome a energia adequada.

O mocrãn, as sendalas, a umbigueira, os contra Nvumbis (contra eguns) e os idés (idés grandes, 04 na mão direita e 03 na mão esquerda as cores diferência com o Nkisi), fazem partes da montagem do filho que deixa de ser um Muzenza a um Mona Nkisi. O xaorô não usamos em nossos rituais, pertencem aos Yaos do Candomblé Ketu.


Sabemos que um Mona Nkisi tem uma regra para cumprir até sua maior idade, o uso da roupa branca é fundamental. Simples que chamamos de roupa de ração o uso constante dentro do Idemburu nos 21 dias de recolhimento até sua maior idade.


O Orô maior sempre acontece 03 dias antes da saida do Nkisi, o maior acontecimento dos cultos do Candomblé Angola, onde o filho terá o seu batismo de grande importância da sua vida longa com uma história grandiosa. Antes do inicio do Orô o Tata ou a Mametu (Zelador ou Zeldora) coloca todos os fios de conta, umbigueira, mocrã, sendalas, os idés e o Nkele no Muzenza. Para esse ritual de colocação necessita de rezas e fundamentos. (Mocrã, sendalas, umbigueira, contra eguns e qualquer fio de conta são feitos no Idemburu, não podem ser comprados feitos).


Ele passar a usar todos, e nesse momento começa a iniciação das curas (proteção). São feitos rituais com animais e aves de várias espècies, esta é uma das mais belas cerimônias, que temos no Candomblé Angola. A saida acontece no 21 vigésimo primeiro dia, a onde o Mona Nkisi terá a saida do seu Nkisi. 

Uma caminhada com grandes sacrilégios, esforços, dedicação, amor e fé, mas o importante ter sua história iniciada, para que um dia o Mona Nkisi tenha os mesmo privilégios com sua maior idade de se tornar um Tata ou Mametu.

Sabão da costa sua chegada ao Brasil e para que serve.

Sabão da Costa

No início do século XVI, navegadores ibéricos por falta de conhecimento geográfico, passaram a designar genericamente toda a costa atlântica africana e seu interior imediato, como da costa, e naturalmente tudo o que procedesse possuía a mesma denominação ou seja, seria da costa, e isso não serviu apenas para o sabão, mas também outros artigos tais como: pano da costa, pimenta da costa, limo da costa, esteira da costa, etc.


Segundo estudos de diversos historiadores o sabão da costa era importado pelo Brasil desde o ano de 1620. Nessa época ele era procedente de países como Gana e Camarões e principalmente da Nigéria grande produtor. O antigo Daomé e Togo também produziam sabão da costa, era trazido por escravos e seus algozes.


No Rio de Janeiro já no século XX e principalmente a partir dos anos 70 com a chegada massiva de estudantes nigerianos que vieram para estudar em diversas Universidades, iniciou um intenso comércio, não só do sabão da costa como também de muitos outros artigos religiosos. O Mercadão de Madureira sem dúvida é o maior centro difusor, no Brasil no início dos anos 70 poucas lojas o tinham para venda. Devido ás suas propriedades medicinais terapêuticas religiosas, seu uso se tornou mais intenso.


Mas é bom saber e estar alerta, alguns africanos conluio com alguns comerciantes inescrupulosos misturaram sabão da costa legitimo com outro, e como sabão da costa, porém é inferior ao original, embora também seja vendido em larga escala. Nos grandes mercados africanos podemos encontrar geralmente em folhas de bananeira ou até em pequenas bolas em plástico, é o mesmo sabão da costa.


O uso e propriedades do sabão da costa.

O sabão da costa literalmente sabão negro, um sabão negro consistente de origem africana comum em todos os mercados populares em diversos países africanos. Os originais são feitos de forma artesanal com gordura animal, pastoso e faz bastante espuma.


Pode ser associado a ervas secas especiarias azeites, óleos, pós de vegetais, minerais, ossos de diversos animais, sangue de animais, uma infinidade de elementos que os Tatas e Mametus (Zeladores) utilizam para as mais distintas finalidades. Como toda arte mágica ao preparar o sabão da costa temos que ter cuidado ao misturar os ingredientes para que possamos alcançar os melhores resultados. Devemos com atenção conhecer previamente a potência de cada elemento, para sabermos que reunidas produzirão os efeitos desejados.


Para esses resultados que esperamos não é suficiente apenas misturar os elementos. Todo sabão preparado só atingirá seus objetivos se for após a sua finalização, imantado pela poderosa energia do Nkisi que você deseja. A observância da luz solar e da energia lunar fazem a diferença, ao prepararmos o sabão da costa, devemos seguir as indicações como dia hora, etc, ao obedecermos ás indicações estaremos contribuindo e muito com o sucesso da realização da finalidade a que se destina.


Sabão da costa preparado artesanalmente, qual sua afinidade no Candomblé Angola.


O sabão da costa não tira as impurezas como muitos falam, e nem tráz sorte e muito menos saúde, sabemos que existem rituais para essas práticas. Mas o sabão da costa ele complementa quando por exemplo: 


Após um Kibane Mutuê (bori), tomar banho e usa-lo, podemos usar quando um filho ou filha esta recolhido para uma feitura ou obrigações em todo os momentos de preceito usar o sabão da costa (sabonete nestes rituais não são permitidos somente após cumprir os preceitos).


Após ter feito um ebó pode tomar um banho com sabão da costa, ajuda com o preparo de manter o corpo limpo e ter mais axé, quando feito o ritual de ebó. Sabão da costa precisa estar em nossos Nzo (terreiros) ele complimenta a suavidade da limpeza do corpo, para o corpo permanecer seguro e com as energias do axé. 


O sabão da costa está presente no Brasil desde 1620, e seja oriundo de uma mística e secreta fórmula é um produto cujas origens se baseiam no conhecimento hermético de antigos africanos, mas que se produz hoje com avançada tecnologia.

Ntoto a força ativa do terreiro, a estrutura das Divindades.

Ntoto

Senhor da terra, também chamado de Ntoto. Responsável por auxiliar na comunicação entre os seres humanos e as divindades.

Um dos mais importantes cultos dentro das Nações dos Candomblés, Ntoto a força ativa do Nzo (terreiro) o alicerce, a maior estrutura das divindades ou mais precisamente a força ativa do núcleo terrestre.

Ntoto esta localizado em todos os terreiros de Candomblés, ele que traz a força ativa dentro dos terreiros, que envolve todas as divindades.
Ntoto não é um Nkisi nem um Orixá, também não tem vibrações com o desenvolvimento com pessoas de incorporação. Ele apenas representa a ligação da Terra com o Universo.


Quando invocamos nossas dinvindades, eles precisão de forças para estar a onde necessitamos, mesmo para uma incorporação. Ntoto tem uma força imaginaria que somente o Nkisi (ser Divino o Santo) conseguem ter. O Ntoto é que faz a ligação com tudo que passa pelo Céu, o Universo e até mesmo pelas forças do Sol.
Ele esta localizado no centro do terreiro, abaixo da cumieria, por isso que formam a ligação da Terra com o Céu e o Universo.


Quando um filho recolhe para iniciar sua feitura (raspagem) após seus 21 dias que esta recolhido, e faz suas saídas de pinturas, ou para agradecer com ritual de sacrifícios, seu Nkisi faz o ginká (ginká uma forma de reverenciar) e soltar o ilá, o Nkisi ela vai fazer uma saudação em respeito a o Ntoto. A forma de agradecimento pelas forças que esse filho ou filha terá com seu Nkisi.


Ntoto tem uma ligação com o unico Nkisi Kaviungo, devido Kaviungo ser o dono das terras ele precisa da energia do Ntoto para que seus alimentos possam ter forças e estar saudável, para grandes coleitas com abundância e com fartura.


Nos cultos do candomblé o Ntoto não pode ser pisado, ou colocar qualquer assentamento em cima dele, pode lhe oferecer frutas com estilo, ele não é um lugar para enfeites, o único assentamento que pode por em forma de agradecimento, ao rei da terra que comemoramos em agosto com a cerimônia de Kukuana, assentamento de Kaviungo.


Somente pessoas de cargo como Tata ou Mametu, podem assentar Ntoto, com fundamentos, rituais e sacrificios, é feito um buraco no centro do terreiro, símbolizando o núcleo da Terra, e fazer toda sua preparação. Ele é uns dos destaques do terreiro, sempre é colocado uma cor de piso diferente dos de mais entre o terreiro.
Ntoto aquele que nos tráz a energia vital do centro da Terra as nossas divindades.

Vídeo com mais explicação sobre Ntoto a força ativa no terreiro, a estrutura das divindades edição especial.



Abiaxé ou Biaxé, sua história o nascimento e tradição.

Abiaxé ou Biaxé

Nesta postagem vou citar uma das grandes maravilhas dentro do nosso culto, das grandes Nações dos Candomblés.
Biaxé aquele que nasce feito para seguir o caminho sagrado no Candomblé.

Primeiro vamos entender o significado da palavra Biaxé:


Bi = Adjetivo e substantivo de dois gêneros e dois números, somando 1 + 1 = 2. 
Axé = A força sagrada que se revigora, no culto do Candomblé.

Como um Biaxé nasce feito.


Ser um Biaxé as vezes dificultam muito, aqueles que não sabem o seu significado e como lidar com um flho ou uma filha que se tornaram um Biaxé. 
O princípio do nascimento de um Biaxé, começa quando uma filha Muzenza passa por todos os rituais para entrar no Indemburu (ronkó), será iniciada com sua feitura (raspagem) comandado por um Tata ou Mametu (Zelador ou uma Zeladora).
Essa filha Muzenza terá uma história com aquele que está para nascer, mas para ser um Biaxé sua mãe recolhida não pode saber que está gravida.



Essa gravidez será gerado um presente divino, o filho ou a filha que vai nascer recebe esse presente de ser Biaxé por Lembá e Mikaia. 
Caso a mãe venha iniciar uma feitura de iniciação (raspagem) e recolhe já sabendo que esta gravida ou com meses de gestação, esse filho não se torna um Biaxé. A mãe passa por todos rituais necessários para o seu nascimento no Indemburu (ronkó), mas o filho ou a filha que será gerado não recebe o Axé para ser um Biaxé.

A obrigação necessária para se tornar um Biaxé somente na feitura de iniciação. Quando uma mãe recolhe para receber obrigações de ano como a de 01, 03, 05, 07, 14 e 21, não tráz mais a iniciação (raspagem) e sim o andamento de sua história, que já iniciou seu trajeto de ser uma pessoa batizada no culto do Candomblé. Por isso que é necessário o nascimento a feitura para ter um Biaxé.


Para ser Biaxé não pode ser com um ritual de Kibane Mutuê (borí), o borí apenas fortalece a cabeça (tráz apenas saúde), e não traz o nascimento de um Biaxé em nossos cultos. Biaxé precisa do nascimento de sua mãe com a feitura (raspagem batismo), resaltando que a mãe não pode saber que esta gravida.


Quando uma pessoa que é Biaxé procura um Nzo (terreiro) de Candomblé para continuar suas obrigações, o Tata ou Mametu faz um Jogo de Búzios para ver suas histórias, e verificar se estão corretas para o Biaxé dar continuidade.


Não pode haver erros entre âmbos os lados, precisa realmente esta certo, se hover erros a cobrança será imperduável perante as nossas Divindades.
Um Biaxé começa a contar sua idade a partir do seu nascimento, quando ele tiver seu primeiro ano de vida, terá seu prmeiro ano de história com sua Divindade, mas não a necessidade de cumprir com suas obrigações de ano por enquanto.


A um tempo certo para colocar suas obrigações em dia, a criança precisa conhecer nossas habilidades dentro do nosso culto, saber e ter todo conhecimento com as Dinvindades que ela terá que seguir, nesse momento o Biaxé estará pronto para iniciar suas obrigações de ano.

O Tata ou Mametu precisa saber qual Dinvindade pertence ao Biaxé, nem sempre são iguais as de sua mãe que a gerou, mas o Biaxé terá sua própria história e sua vida ligada com suas Divindades. Todo Biaxé nasce para ser rodande, aquele que nasce com o dom da incorporação, diferente de um Kambondo e Kota (Ogãm e Ekédy) que já nascem com cargos, e não incorporam.


Não existem fundamentos de uma mãe gravida (com sua gestação) ser iniciada e adquirir um filho Biaxé, nos cultos dos Candomblés, esse culto precisa ser respeitado e seguir conforme nossos costumes, que nos encina a agir corretamente, perante a cultura exata e respeitando nossas tradições.


Biaxé um presente de Lembá e Mikaia, devem ser respeitados, são aqueles que vieram para receber sabedoria e aprendizado dentro dos cultos dos Candomblés.

Cumieira ligação entre o Céu e a Terra, e seu significado no Candomblé.

Cumieira ou cumeeira (Angomi Duilo)

Uma palavra que tem o significado de ser a parte mais alto, entre as extremidades do teto ou telhado. Em todas as Nações do Candomblé tem sua própria cumieira. O povo Bantu do Candomblé Angola também possui sua própria cumieira, por cultuarmos nossas divinas Divindades.

Ela é formada em um caixote de madeira fechada somente a parte de cima e a parte de baixo, com apoio somente nas laterais, deixando assim visível, para que todos possam ver a grande extrutura do Nzo (terreiro), com um toque na cor branca. A parte fundamental desta cumieira é a ligação com o Céu e a Terra, imaginando o Céu sobre nossas cabeças, a cumieira fica acima do Ntoto, por isso que faz essa junção.


Qual a Dinvidade que nos guia em todos os momentos sobre a cumieira.


O único que comanda e observa tudo que se passa dentro do Nzo, e que faz parte da nossa vida, o primeiro criado, filho de Nzambi Mpungu, Lembá Dilê.


Lembá Dilê é o único que fica sobre a cumieira, é colocado um Ybá de louça na cor branca sobre a cumieira, não á necessidade de ser grande mas um que mostre a todos que no Nzo, tem uma proteção divina sobre todos que nela está, e mostrar a todos Minkisi e Jinkisi (deuses e deusas) que seu pai esta sempre presente em todos os momentos.
Sabemos que Lembá esta sempre nos guiando e olha por nós em todos os lugares que estamos, mas felizes em saber que no Nzo através da cumieira, esta nosso pai em todos os momentos que cultuamos nossas celebrações.


A cumieira faz parte entre todas as Divindades que no Nzo se encontram. O Nzo passa a ter mais influências mandada por Lembá, tudo de bom pode acontecer, quando fazemos os rituais corretos.


A cumieira é pura ninguém pode tocala a não ser o seu mais velho, Zelador ou Zeladora (Tata ou Mametu). Em uma extrema urgência um Kambondo ou uma Makota de confiança pode mexer na cumieira, rodantes de forma alguma mexe na cumieira mesmo com cargos, caso um subir acima da cumieira, emidiatamente o seu Nkisi faz a sua maniféstação, em respeito a pureza de Lembá seu pai criador.

Cumieira precisa de respeito e segurança, Lembá esta em todos os momentos sentindo tudo que passa no Nzo e com todos que estão abaixo dele. Devemos ter cuidado, qualquer palavra com falta de respeito, palavrões, entrigas, discussões, gritos, correr sobre Nzo (terreiro), vestimentas inadequadas, desrespeito com qualquer Divindade ou Entidade, vão desagradar a Lembá.


Os filhos da casa precisam ter disciplina e respeito sobre tudo, porquê se não tiver e agir errado dentro do terreiro, irá quebrar todo axé da casa, trazendo grandes complicações ao responsavél do Nzo, o Zelador ou a Zeladora.
A cumieira não pode ser posta com uma coluna, ela precisa ser livre fixada ao teto no meio do terriero livre como o Céu e a Terra, colocar Divindade na cumieira que seja somente Lembá Dilê, ele é o lider acima dele somente nosso Deus criador (Nzambi Mpungu).


Essa é a forma de agradar Lembá sobre tudo que fazemos no Nzo, cultuando certo para que pedimos e adquirimos bons resultados, Lembá esta sobre nós, observando dia e noite, abençoando todos aqueles que respeitam e mantém a dignidade sobre o Céu e a Terra.

Nkisi Kaviungo, celebração de Kukuana, como celebrar e cultuar.

Kukuana 
Sentido cerimônial ritualístico que significa "Reunir, Dividir " e minimizar as mazelas de doenças que possam atingir os membros da nossa comunidade no decorrer do ano vigente.

Kukuana uma celebração ligada a todos Jinkisi e Minkisi que formam a familia Daoméia, com principal o pai da terra Nkisi Kaviungo. A familia Daoméia são todos ligado ao tempo: Kidembo, Matamba, Katendê, Hongolo, Nzumbarandá, Angoroméia e Kaviungo, esses Minkisi e Jinkisi (deuses e deusas) formam a familia Daoméia mais conhecidos como os Daomeanos.


Nkisi Kaviungo tráz a sorte ligado a colheita de alimentos produzido pela terra. Esta cerimônia é celebrada no mês de agosto, a importância é agradecer a Kaviungo pelas maravilhosas colheitas que a terra nos oferece durante todo ano.


No mês de agosto do dia 01 até o ultimo dia deste mês é de costume colocar o assentamento de Kaviungo no centro do Nzo (terreiro) com sua oferenda o deburu (pipoca). Sua cerimônia acontece sempre no ultimo sábado do mês de agosto. Para este ritual é necessário seguir nossos costumes com rezas, fundamentos e rituais, Kaviungo ele reina neste mês, e devemos assim manter nossos respeitos esse pai tão maravilhoso.


A cerimônia de Kukuana tem uma tradiçâo antiga, os próprios Jinkisi e Minkisi cultuavam essa celebração em agradecimentos a Kaviungo, pela coleita e por semear com fartura tudo que foi plantado e colhido durante o ano. Hoje todos nós que cultuamos nossa tradição no Candomblé Angola, trazemos essa riqueza entre nós o povo Bantu. Kaviungo sempre foi um Nkisi humilde, com ele todos se alimentam, ninguém pode ficar sem Nguidia (comer).


Nem todos Jinkisi e Minkisi participam desta cerimônia, como também são servidos apenas alguns alimentos, somente sua familia os Daomeanos participam e com a presença fundamental de Lembá Dilê e Mikaia que são os maiores criadores de tudo sobre nosso Mundo, e são os pais de Nkisi Kaviungo. Kukuana é uma das Kizombas (féstas) mais bonita para celebrar e festejar, todos os Nzo de nossa Nação Angola saudam Kaviungo.
A finalidade da Kukuana tem vários sentidos, trazer saúde, fartura de alimentos, e um dos principais, suprir as necessidades de força e energia a nossa alma e espirito.


O deburu (pipoca) de costume é sempre servido com maior estilo, em um tabuleiro de madeira, os alimentos são servidos em folhas de mamonas (lavadas com aguá morna), um costume ja antigo, os nossos Jinkisi e Minkisi faziam a mesma celebração como fazemos hoje.
Após Nguidia (comer), passar a folha de mamona sobre a cabeça, isso é muito importante e colocar em um balaio para ser despachado em forma de agradecimento, por esse dia especial, que acontece uma vez por ano.


Que neste mês de agosto Tatetu Nkisi Kaviungo possa abençoar sua vida com saúde, sabedoria, e fortalecer seus caminhos, nesse longo trajeto que nós leva a vida dentro dos cultos do nosso Candomblé Angola.

Nkisi Kabila o criador e pastor de animais e aves.


Sabemos que nossos Jinkisi (deuses) e Minkisi (deusas) tiveram um papel fundamental com a importância e o desenvolvimento com o Mundo que vivemos. Cada um teve e tem suas habilidades de criar tudo o que é de necessário para o nosso planeta. Hoje vou citar um dos mais belos criadores da existência de todos os animais e aves que vivem em nosso Mundo.

Em todas as criações que nosso criador Nzambi Mpungu fez, todos Minkisi e Jinkisi tiveram um trabalho longo para cumprir. Mutakalambô fez a criação das grandes florestas antigas, foi o pai de uma das maiores criações existente aqui na Terra. As florestas mais novas criadas hoje por Mutakalambô, mas tudo tem um comprimento para manter a Terra viva e saudável, a grande floresta já com sua existência precisava de um ponto para continuar com sua beleza e forte, mas o que faltaria, qual seria esse toque final.


Nkisi Kabila o criador e pastor, a criação dos animais e aves.

Mutakalambô pediu orientações a seu pai Nzambi, ele sabia que tudo estaria perfeito e que o Mundo seria de grande abundância com a natureza. Nzambi ouviu as preces de seu filho e pediu a Mutakalambô que aguardasse que seu pai faria uma nova existência e que daria mais vida as grandes florestas no Mundo, Mutakalambô esperou, aguardo e obedeceu as ordens de Nzambi.

Nzambi tão amoroso com tudo e feliz com as criações de seus filhos, fez a sua mais divina criação, aquele que andaria junto, assim veio o Nkisi Kabila o criador de todos os animais e aves que viveriam na Terra, Nzambi deu o dom a Kabila para criar e zelar por todos os animais e aves que na Terra habitaria. Kabila muito ancioso começou a criar as primeiras especies, a vida animal na Terra.

Nzambi viu que Kabila tinha amor a os animais e as aves e o chamou de o grande pastor, aquele que deu uma vida as grandes florestas criadas por seu irmão Mutakalambô.
Kabila fez um papel excelente perante a todos os Jinkisi e Minkisi, nem eles imaginariam que Kabila tão simples daria o melhor para deixar Nzambi tão feliz. Kabila tem um gênio muito forte e ciumento com suas criações.


Como surgiu a primeira oferenda com animais e porquê fazemos esse ritual.


Pambu Njila ficou rodeando as florestas, admirando e começou a imaginar como seria bom saciar sua fome com aqueles animais. Kabila zeloso vigiava toda sua criação, que se multiplicaram com fartura. Kabila começou a sentir falta de alguns animais que estavam se multiplicando, eram grandes especies que teria uma história na Terra. Kabila logo alertou Nzambi da falta das especies que tanto cuidava, Nzambi logo sentiu a sede de animais que Pambu Njila estava tendo. Kabila muito esperto montou uma armadilha, e saberia quem estava se alimentando dos seus animais.


Pambu Njila sem saber caiu na armadilha de Kabila, começou uma guerra entre os filhos de Nzambi, uma guerra que durou dias. Nzambi em seu coração ouviu a tristeza de Kabila, causada por Pambu Njila, todos os Jinkisi e Minkisi (deuses e deusas) foram chamados.
 
Pambu Njila furioso atacou Kabila e seus animais, Mutakalambô chegou e viu que quase tudo feito por Kabila deixaria de existir, devido a sede de Pambu Njila por sangue (menga) dos animais, Mutakalambô separou os dois dessa tragédia mas nada adiantou. Nzambi furioso pediu a Matamba que lançasse um grande fogo e um furacão sobre todos seus filhos na Terra. Pambu Njila parou de confrontar seu irmão Kabila, arrependido do que fez, Pambu Njila pediu perdão a seu pai Nzambi.

Kabila jamais perdoaria seu irmão pelo que fez, mas Nzambi amava todos e queria que tudo pudesse ser resolvido, Nzambi viu que não só Pambu Njila sentia sede e vontade por menga (sangue) mas todos queriam se alimentar dos animais. Nzambi declarou que todos Jinkisi e Minkisi desse dia em diante pudessem alimentar de alguns animais e aves.

Nzambi disse a Kabila que a criação da humanidade além de se alimentar de grãos e de folhas também se alimentariam de alguns animais e aves. Kabila com amor a Nzambi continuou sua tarefa mas que não ficaria sempre cuidando de sua criação, pois ele sabia que a criação da humanidade também destruiria o que ele criou. Ele disse a Nzambi: Farei meu papel como filho e pastor, com todos os animais e aves que criei, mas ficarei na Terra isolado sem ninguém a o meu redor, apenas os animais me ouviram e saberão a onde estou.


Kabila o criador dos animais e aves o grande pastor, aquele que vive e zela pela sua criação. Muito pouco, são os filhos de Kabila, existem poucos hoje em todo o Mundo.

Seus símbolos: São vários e todos ligados à caça ou à defesa, sendo o mais conhecido o arco e flecha.
Dia da semana: Quinta feira, em sua homenagem sua cor tradicional cultuado no candomblé Angola a cor verde espelhado.
Oferenda ritual mais comum: O milho amarelo cozido e enfeitado com fatias de coco. Também pode lhe oferecer grãos torrados e frutas em abundância.
Suas Cores: Verde turquesa, verde opaco, verde espelhado, somente a cor verde.