Conheça o JOGO de BÚZIOS, como JOGAR, quais são as REGRAS


O que é Búzios?

Os Búzios são conchas mais utilizada em Jogo de Búzios, eles tem uma abertura que parece uma boca, os Búzios quem fala com o consulente durante a consunta de um jogo, um sistema ancestral de adivinhação. Ele é um oráculo formado por peças oriundas criado a anos pela natureza, são  conchas que possuem uma grande energia.

A história do Jogo de Búzios

Muitas pessoas acreditam que a cultura do Jogo de Búzios teve origem na África, mas na verdade é que esse jogo é proveniente da cultura Turca. Ele foi levado para a África durante o período de invasão da Turquia ao continente. O jogo de Búzios é uma das artes adivinhatórias, utilizado pelos praticantes religiosos para aqueles que buscam orientação em relação às suas vidas e destinos. Utilizado nas religiões tradicionais africanas em vários países das Américas. 

Com isso ele foi muito difundido entre os africanos que dominaram a técnica com maestria e usaram como um portal para comunicação com as divindades. Em nosso país o Jogo de Búzios espalhou-se juntamente com o Candomblé durante a época da chegada dos primeiros africanos ao Brasil. 

O Jogo de Búzios é a mais procurada quando pessoas buscam saber sobre seu futuro ou entender o momento que estão passando em sua vida. Isso porque é por meio da comunicação com as divindades ou entidades que conseguimos confirmar um Nkisi, Orixá ou Vodun, Exu, Pomba Gira, Catiço, conselhos, profissional, saúde, relacionamento, dicas e até mesmo respostas para qualquer dúvidas obtendo vários esclarecimentos.

Existem muitos métodos de jogo, o mais comum consiste no arremesso de um conjunto de 16 Búzios sobre uma mesa previamente preparada, e na análise da configuração que os Búzios adotam ao cair sobre ela. O sacerdote ou sacerdotisa antes reza e saúda o seu Nkisi, Orixá ou Vodun o dono do terreiro, para dar iniciação com o jogo que será realizado. Após pode consultar qualquer divindade ou entidade que será respondido para pessoa que está se consultando.

Para ter a influência de Jogar primeiro precisa ser apto, ter um bom conhecimento, dom de vidência, ter costumes de se envolver com uma comunicação espiritual. Esses são apenas o inicio para ter o melhor desempenho para dar uma consulta a um cliente e tirar qualquer dúvida que precise. Aulas pela internet, aprender estudando livros, são impróprio para quem quer ter um Jogo de Búzios, precisa nascer com esse dom e receber a mão de Búzios.

Os Búzios Marrons Africanos

Existem os Búzios marrons mais conhecidos como Búzios Africanos, eles são maiores que os de conchas brancas. Mas o uso não é aceito para mesa de Jogo, alguns utilizam esses Búzios para jogar ou misturar com os Búzios de conchas brancas. Mas não é permitido esses Búzios Africanos não correspondem as necessidades para uma divindade ou entidade.

Durante o processo de arremesso será iniciada uma conversa com sua divindade e podendo fazer perguntas. Consideramos que as divindades ou entidades introduzem o modo com os Búzios de modo que se espalham pela mesa, dando assim as respostas tirando às dúvidas que são colocadas.

Entenda como funciona o Jogo de Búzios. 

Para obter o Jogo de Búzios precisa antes de tudo se iniciar em uma Nação do Candomblé, ser batizado passando pela feitura, ser raspado nas tradições da sua cultura correspondente. Aguardar os sete anos e na obrigação será entregue a mão do Jogo de Búzios. 

Mas nem todas as pessoas podem ler os Búzios, esta prática está destinada apenas as pessoas com uma forte espiritualidade. De forma geral a prática é predestinada a Zeladores ou Zeladoras, Filhos de Santo que deram sua obrigação de sete anos e teve o recebimento do seu titulo para ser tornar Zelador, tendo os direitos, autorização e ensinamentos adequados.

A quantidade de Búzios pode variar de acordo com a nação, o mais comum é composto de apenas 16 Búzios. Um jogo de Búzios requer uma mesa completa com uma peneira, pode jogar em um pano branco, com um círculo formado por fio-de-contas (colares de miçangas) destinados as cores das divindades com vários objetos representativos das divindades e para decoração na mesa.

Jogo de Búzios no Candomblé

O Jogo de Búzios é aquele que pode definir a qual divindade será confirmado para o iniciante que vai prosseguir seus caminhos naquele terreiro. A própria divindade do iniciante se apresenta pelo Jogo do Zelador, e daquele momento em diante terão suas afinidades com seu desenvolvimento.

O Zelador ele quem vai verificar e passar as informações das suas entidades como Exu e Catiço correspondente a divindade e sua história, serão aqueles que irão acompanhar sua vida do começo até o fim. No Candomblé existem uma limitação para ter suas divindades e entidades e serão confirmadas pelo jogo, para iniciantes rodantes exemplos: Filho ou Filha terá uma divindade sendo Pai / Mãe, um Exu ou Pomba Gira, um Catiço e um Wunji mensageiro, apenas 04 o total para o seguimento de incorporação.

Cuidado com Jogo de Búzios falsos e enganadores

Muitos podem enganar as pessoas com jogos falsos, se não tiver os preparos corretos o recebimento da mão para Jogar Búzios, o cliente terá informações enganosas será tudo em vão. Alguns compram Búzios pela internet, compra na loja e monta um jogo por si próprio sem ser recebido por um sacerdote, não tem nenhum conhecimento com a história dos antepassados.

Mas infelizmente não terão energia alguma apenas palavras falsas, muitos tentam usar suas vidências para tentar manipular o jogo e usam histórias impróprias para aquele que esta passando como cliente. Por isso cuidado antes de querer se consultar com alguém que façam esses tipos de Jogos, conheça primeiro o sacerdote ou sacerdotisa veja se tem uma boa histórias se é de confiança.

Os perigos podem ser grandes, colocando uma divindade errada na sua vida te manipulando com entidades que não tem haver com suas histórias. Passando trabalhos para obter ganhos financeiros. Cuidado antes de bater em uma porta verifique com quem vai fazer uma consulta, para não se prejudicar.

Vídeo com explicação sobre o JOGO de BÚZIOS edição especial.

Ervas e Folhas correspondente com cada Nkisi Bantu Angola


As ervas contém uma grande quantidade de energia mágica universal e sagrada, quando bem combinadas entre ambas contém um forte poder de limpeza e produzem energias limpas e positivas. O banho de Maionga propõe o axé das ervas de cada Nkisi, eliminando energias negativas produzindo pureza, alto estima e positividade.

Um banho de purificação reúne as ervas e folhas adequadas para cada caso, agindo diretamente sobre qualquer distúrbios, eliminando os sintomas provocados pelo acumulo de energias negativas. Essas ervas podem ser usadas em rituais diversos, e também em obrigações de ano.

Nesta relação vamos encontrar as folhas e ervas mais utilizadas para banho de purificação, descarrego, mas nem todas essas ervas são apropriadas para banho, tem outras afinidades importantes nos rituais, e que são fáceis de encontrar. 

Conheça a lista das folhas e ervas mais populares, que correspondem a cada Nkisi tradição Bantu Angola.

Folha da costa: Todos os Nkisi

Erva de santa luzia: Dandalunda

Pimentinha d’Água: Dandalunda

Akoko: Katendê, Nkosi, Matamba

São Gonçalinho: Mutakalambô

Sete sangrias: KongoLuande

Boldo: Lembá

Bete cheiroso: Lembá, Mikaia

Goiabeira: Mutakalambô, Nkosi

Mamona: Katendê, Kaviungo

Mamona vermelha: Pambu Njila, Katendê

Peregun liso: Nkosi

Neve Branca: Lembá

Peregun Listrado: Matamba

Carqueja: Mutakalambô

Mbauba / Embaúba: Nzumbarandá, Mikaia

Gameleira branca: Tempo, Nkassuté

Canela de velho: Kaviungo, Nzumbarandá

Macaçá: Dandalunda, Lembá, Mikaia, Nkosi

Melissa / Melissa officinalis: Dandalunda

Para raio / Cinamomo: Matamba

Beti branco / Água de alevante: Lembá, Mikaia

Alfavaca / Erva doce: Lembá, Wunji, Matamba

Folha da fortuna: Pambu Njila

Folha da fortuna redonda: Nzazi

Aroeira: Nkosi

Poejo: Matamba, Wunji

Erva prata: Matamba

Picão: Nkosi

Patchouli: Dandalunda

Alecrim de caboclo: Mutakalambô, Nkassuté

Guiné: Mutakalambô, Katendê

Alecrin: Lembá

Louro: Matamba, Lembá

Língua de vaca: Mikaia

Alevante: Lembá

Dormideira: Nzumbarandá 

Pata de vaca: Kaviungo, Matamba

Cana do Brejo: Lembá, Mutakalambô e Nzumbarandá

Oriri: Dandalunda, Mikaia, Hongolo

Manjericão: Lembá, Mikaia

Obó: Nzazi, Hongolo

Erva passarinho: Kaviungo

Capeba: Mikaia

Folha de Obí: Lembá

Folha de Algodão: Lembá

Cana do brejo: Lembá, Nzumbarandá, Mutakalambô

Vence demanda: Nkosi

Picão Roxo: Nkosi, Mutakalambô

Erva Capitão: Nkosi

Colônia: Mikaia, Dandalunda

Carrapateira: Pambu Njila, Kaviungo

Barba de velho: Kaviungo, Nzumbarandá

Erva Batata Doce: Hongolo, Wunji

Erva Tostão: Matamba, Nzazi

Urtiga: Pambu Njila

Baroneza: Nzumbarandá

Tiririca: Pambu Njila, Nkosi, Mutakalambô

Folha de bambú: Matamba, Lembá

Folha jenipapo: Kaviungo

Taioba: Hongolo, Nzumbarandá, Matamba

Arruda: Lembá

Agrião: Lembá, Dandalunda

Alface: Matamba

Folha de Tamarindo: Lembá

Folha de abóbora: Nzambi Mpungu

Folha da cana: Pambu Njila

Folha do Milho: Mutakalambô

Vitória regia: Dandalunda

Folha do limão: Pambu Njila

Folha da mangueira: Nkosi

Folha da jaqueira: Mutakalambô, Pambu Njila

Folha do baobá: Tempo, Lembá, Nzazi

Folha do mamoeiro: Lembá

Negamina: Nzazi, Mikaia, Dandalunda

Erva Silvina: Kaviungo, Nzumbarandá

Folha do cajazeiro: Nkosi

Sabugueiro: KongoLuande

Canela: Wunji, Dandalunda

Alfavaca: Matamba

Arrebenta cavalo: Pambu Njila, Nkosi

Bananeira: Pambu Nijla

Unha de gato: Pambu Nijla

Jarrinha: Dandalunda

Oripepé: Dandalunda

Bredo sem espinho: Mikaia

Rama de leite: Mikaia

Catinga de mulata: Mikaia

Mangerona: Mikaia, Nzazi, Matamba

Jibóia: Hongolo

Mostarda: Nzumbarandá

Nativo: Dandalunda

Língua de vaca: Dandalunda

Língua de galinha: Nzazi

Mutamba: Matamba

Bredo: Matamba

Manacã: Nzumbarandá

Babosa: Pambu Njila

Melão são Caetano: Hongolo, Nzumbarandá, Dandalunda

Espada de São Jorge: Nkosi

Plantas e Ervas Medicinais de NKOSI

Ervas Medicinais e Plantas de Nkosi

Açucena rajada / Cebola-cencém: Esta cebola somente é usada nos sacudimentos domiciliares, a medicina caseira utiliza as folhas como emoliente.

Agrião: Excelente alimento sem uso para ritualístico, tem um enorme prestígio no tratamento das doenças respiratórias. Usado como xarope põe fim às tosses e bronquites é expectorante de ação ligeira.

Arnica erva lanceta: É empregada nos banhos de purificação dos filhos de Nkosi, excelente remédio na medicina caseira, tanto interna como externamente usado nas contusões, tombos, cortes e lesões, para recomposição dos tecidos.

Aroeira: É aplicada nos sacudimentos nos banhos de descarrego e nas purificações, usada na medicina caseira, e cura de feridas e úlceras, e resolve casos de inflamações do aparelho genital.

Cana de Brejo / Ubacaia: Na medicina caseira é usado para combater afecções renais com bastante sucesso. Combate a anuria, inflamações da uretra e na leucorreia, seu princípio ativo é o estrifno. Há bastante fama referente ao seu emprego anti sifilítico.

Canjerana / Pau santo: Em rituais é usada a casca, para constituir pó, que funcionará como afugentador de Nvumbis e para anular ondas negativas. Seu chá atua como antifebril contra as diarreias e para debelar dispepsias. O cozimento das cascas também é cicatrizador de feridas.

Carqueja: Sem uso ritualístico, a medicina caseira aponta esta erva como cura decisiva nos males do estômago e do fígado. Também tem apresentado resultado positivo no tratamento da diabetes e no emagrecimento.

Crista de galo: Não tem uso em obrigações de ritual, a medicina caseira, indica para curar diarreias.

Espada de São Jorge: Aplica em banhos de descarrego. A planta Espada de São Jorge serve como amuleto contra energias negativas, servindo assim como um escudo para residências. Representa a prosperidade principalmente com as bordas amareladas.

Erva tostão: Aplicada apenas em banhos de descarrego, usando as folhas, a medicina popular utiliza contra os males do fígado, beneficiando o aparelho renal.

Grumixameira: A arte de curar usada indica o cozimento das folhas em banhos aromáticos e na cura do reumatismo. Banhos demorados eliminam a fadiga nas pernas.

Guarabu / Pau roxo: Usado somente as folhas que são aromáticas, a medicina caseira indica o chá das folhas, possui efeito balsâmico e fortificante.

Helicônia: Utilizada nos banhos de purificação dos filhos de Nkosi. A medicina caseira a indica como debelador de reumatismo, aplicando o cozimento de toda a planta em banhos o resultado é positivo.

Japecanga: Não tem aplicação nas obrigações, a medicina caseira aconselha seu uso como depurativo do sangue, no reumatismo e moléstias de pele.

Jatobá / Jataí: Erva poderosa porém sem aplicação no ritual, somente usada como remédio que se emprega aos filhos recolhidos para obrigações de longo prazo. Ótimo fortificante não possui uso na medicina popular.

Jucá: Não tem uso em obrigações de ritual, o uso popular há um cozimento demorado das cascas e sementes, coando e reservando em uma garrafa, usar quando houver ferimentos talhos e feridas.

Limão bravo: O limão bravo juntamente com o xarope de bromofórmio, beneficia brônquios e pulmões, pondo fim às tosses rebeldes e crônicas.

Losna: É usada pela medicina caseira como poderoso vermífugo, mais particularmente usada na destruição das solitárias usando como chá. É energético tônico e para combate de febres.

Óleo pardo: Planta utilizada na medicina caseira, cozimento da raiz é indicado para curar úlceras e para matar vermes de animais.

Piri-piri: É extraordinário anti hemorrágico, os caules secos e reduzidos a pó depois de queimados estancam hemorragias. O mesmo pó se mistura com água e açúcar extermina a disenteria.

São gonçalinho: É uma erva santa pelas múltiplas aplicações ritualísticas a que está sujeita. Na medicina caseira usa como anti térmico e para combater febres malignas feitos em chá.

Tanchagem: A medicina popular ou caseira afirma que a raiz e as folhas são tônicas antifebris e adstringentes, excelente na cura da angina e da caxumba.

Vassourinha de igreja: Utilizado nos sacudimentos de domicílio local onde o homem exerce atividades profissionais. Não possui uso na medicina popular.

Plantas e Ervas medicinais de Pambu Njila


 As Ervas de Pambu Njila e suas medicinas

Amendoeira: Seus galhos são usados nos locais em que o homem exerce suas atividades lucrativas. Na medicina caseira, seus frutos são comestíveis, porém em grandes quantidades causam diarreia de sangue. Das sementes fabrica-se o óleo de amêndoas muito usado para fazer sabonetes por ter efeitos emolientes, além de amaciar a pele.

Amoreira: Planta que armazena fluidos negativos e os solta ao entardecer; é usada pelos sacerdotes no culto para Nvumbi. Na medicina caseira é usada para debelar as inflamações da boca e garganta.

Angelim amargoso: Muito usado em marcenaria, por tratar-se de madeira de lei. Nos rituais suas folhas e flores são utilizadas para banhos dos filhos de Nzumbarandá, e as cascas são utilizadas em banhos fortes com a finalidade de destruir os fluidos negativos realizando um excelente descarrego nos filhos de Pambu Njila. A medicina caseira indica o pó de suas sementes contra vermes. Ter cuidado deve ser usada em doses pequenas.

Aroeira: Nos terreiros de Candomblés este vegetal pertence a Pambu Njila e tem aplicação nas obrigações de cabeça, nos sacudimentos, nos banhos fortes de descarrego e nas purificações. É usada como adstringente na medicina caseira, apressa a cura de feridas e úlceras, e resolve casos de inflamações.

Arruda: Planta aromática usada nos banhos de limpeza ou descarrego, o que é fácil de perceber, pois se o ambiente estiver realmente carregado a arruda morre. Ela é também usada como amuleto para proteger do mau olhado. Em seu uso caseiro é aplicada contra a verminose e reumatismos, além de seu sumo curar feridas.

Azevinho: Muito utilizada na magia branca ou negra, ela é empregada nos pactos com entidades. Não é usada na medicina popular.

Bardana: Aplicada nos banhos fortes, para livrar o sacerdote das ondas negativas e Nvumbi. O povo utiliza sua raiz cozida no tratamento de sarnas, tumores e doenças venéreas.

Beladona: Nas cerimônias litúrgicas só tem emprego nos sacudimentos domiciliares ou de locais onde o homem exerça atividades lucrativas. Trabalhos feitos com os galhos desta planta também provocam grande poder de atração. Pouco usada pelo povo devido ao alto princípio activo que nela existe. Este princípio dilata a pupila e diminui as secreções sudorais, salivares, pancreáticas e lácteas. Beldroega: Usada na purificação das pedras de Exu. O povo utiliza suas folhas, socadas, para apressar cicatrizações de feridas.

Cabeça de nego: No ritual a rama é empregada nos banhos de limpeza e o bolbo nos banhos fortes de descarrego. Esta batata combate reumatismo, menstruações difíceis, flores brancas e inflamações vaginais e uterinas.

Cajueiro: Suas folhas são utilizadas pelo Kambondo para o sacrifício ritual de animais quadrúpedes. 

Cana de açúcar: Suas folhas secas e bagaços são usados em defumações para purificar o ambiente antes dos trabalhos ritualísticos, essa defumação afasta Nvumbis. Não possui uso na medicina caseira.

Cardo santo: Essa planta afugenta os males, propicia o aparecimento do perdido e faz cair os vermes do corpo dos animais. Na medicina caseira suas folhas são empregadas em oftalmias crônicas, enquanto as raízes e hastes são empregadas contra inflamações da bexiga.

Cebola cencém: Essa cebola é usado nos rituais seu bolbo é usado para os sacudimentos domiciliares. É empregada da seguinte maneira: corta-se a cebola em pedaços miúdos e, sob os cânticos de Exu, espalha pelos cantos dos cômodos e em baixo dos móveis; a seguir, despache para Exu. Este trabalho auxilia na descoberta de falsidades.

Cunanã: Seu uso restringe-se aos banhos de descarrego e limpeza. A medicina caseira indica os galhos novos desta planta para curar úlceras.

Erva preá: Empregada nos banhos de limpeza, sacudimentos pessoais e domiciliares. O povo usa o chá desta erva como aromatizante e excitante. Banhos quentes deste chá melhoram as dores nas articulações, causadas pelo artritismo.

Facheiro Preto: Aplicada somente nos banhos fortes de limpeza e descarrego. Na medicina caseira ela é utilizada nas afecções renais e nas diarreias.

Fedegoso Crista de galo: Esta erva é utilizada em banhos fortes de descarrego, é eficaz na destruição de Nvumbis e causadores de enfermidades e doenças. Seus galhos envolvem os ebós de defesa. Com flores e sementes desta planta é feito um pó, o qual é aplicado sobre as pessoas e em locais; é denominado o pó que faz bem.

Figo do Inferno: Somente as folhas pertencentes a este vegetal, na liturgia ela é o ponto de concentração, não possui uso na medicina popular.

Folha da Fortuna: É empregada em todas as obrigações de cabeça, em banhos de limpeza ou descarrego e na Maionga de quaisquer filhos. Na medicina caseira é consagrada por sua eficácia, curando cortes, acelerando a cura nas cicatrizações, contusões e escoriações, usando as folhas socadas sobre os ferimentos.

Juá Juazeiro: Seus galhos são usados para cobrir o ebó de defesa, a medicina caseira indica nas doenças do peito, nos ferimentos e contusões, aplicando as cascas por natureza amargas.

Jurema Preta: A Jurema Preta é usada nos banhos de descarrego e nos ebó de defesa, o uso no combate a úlceras e cancros usando o chá das cascas.

Jurubeba: Utilizada em banhos preparatórios para filhos recolhidos no Indemburo. Na medicina caseira o chá de suas folhas e frutos propiciam um melhor funcionamento do baço e fígado. É poderoso desobstruíste e tônico, além de prevenir e debelar hepatites. Banho mornos com essa erva propiciam melhores às articulações das pernas.

Lanterna Chinesa: Utilizada como adstringente e a infusão das flores é indicada para inflamação dos olhos.

Laranjeira do Mato: Uso se restringe a banhos fortes para limpeza e descarrego, na medicina caseira ela atua com grande eficácia sobre as cólicas abdominais e também menstruais.

Maminha de Porca: Somente seus galhos são usados no ritual em sacudimentos domiciliares. Indicada como restaurador orgânico e tonificador do organismo. Sua casca cozida tem grande eficácia sobre as mordeduras de cobra.

Mamona: Suas folhas servem como recipiente para arriar o ebó de Exu, para servi oferendas para os Nkisi. Suas sementes socadas vão servir para purificar o otá de Exu. Não tem uso na medicina popular.

Maria Mole: Aplicada nos banhos de limpeza e descarrego, muito procurada para sacudimentos domiciliares. O povo a indica em cozimento nas dispepsias e como excelente adstringente.

Mata Cabras: Muito utilizado para afugentar Nvumbis, as pessoas que usam não devem tocá-la sem cobrir as mãos com pano ou papel, depois despachá-la na encruzilhada. O povo indica o cozimento de suas folhas e caules para tirar dores dos pés e pernas com um banho morno.

Mussambê de Cinco Folhas: Sejam eles de sete, cinco, ou três folhas, todos possuem o mesmo efeito, tanto nos trabalhos rituais, quanto na medicina caseira. Esta erva é utilizada por seus efeitos positivos e por serem bem aceitas no ritual de boas vindas. Na medicina caseira é excelente para curar feridas.

Ora pro nobis: Usada nos banhos de descarrego e limpeza, é destruidora de Nvimbis e larvas negativas além de entrar nos assentamentos dos mensageiros. No uso caseiro suas folhas atuam como emolientes.

Palmeira Africana: Suas folhas são aplicadas nos banhos de descarrego ou de limpeza. Não possui uso na medicina caseira.

Pau d’alho: Os galhos dessa erva são utilizados nos sacudimentos domiciliares e em banhos fortes, misturadas com aroeira, pinhão branco ou roxo. Na medicina caseira ela é usada para exterminar abcessos e tumores. Usa-se socando bem as folhas e colocando sobre os tumores. O cozimento de suas folhas em banhos quentes e demorados, é excelente para o reumatismo e hemorroidas.

Picão da Praia: Não possui uso ritualístico, a medicina caseira indica como diurético e de grande eficácia nos males da bexiga, para usá-lo em forma de chá.

Pimenta Darda: Aplicada nos assentamentos de Exu, na medicina caseira suas sementes em infusão são anti-helmínticas, destruindo até ameba.

Pinhão Coral: Erva usada em limpeza e descarrego, e nos ebó de defesa. Na medicina caseira o pinhão coral trata feridas rebeldes e úlceras malignas.

Pinhão Roxo: No ritual tem as mesmas aplicações descritas para o pinhão branco. É poderoso nas  limpeza e descarrego, e também nos sacudimentos domiciliares usando os galhos. Não possui uso na medicina popular.

Quixambeira: Na medicina caseira com suas cascas em cozimento atua como energético adstringente lavando as feridas ela apressa a cicatrização.

Urtiga Vermelha: Esta planta socada e reduzida a pó produz um pó benfazejo, indicada o cozimento das raízes e folhas em chá como diurético.

Vassourinha de Botão: Muito empregada nos sacudimentos pessoais e domiciliares. Não possui uso na medicina popular.

Vassourinha de Relógio: Ela somente participa nos sacudimentos domiciliares. Não possui uso na medicina caseira.