Caboclo e Boiadeiro no Candomblé Angola.


No Candomblé Angola temos a linhagens dos Caboclos.
 
Uma modalidade do culto candomblé Angola que transmiti uma energia exclusiva dos antepassados indígenas. Foi provavelmente o candomblé Angola que deram origem do nascimento da Umbanda no Brasil, esse ritual surgiu na chegada dos primeiros escravos africanos no Brasil no século XVIII.

Cultuavam espíritos ameríndios chamados de Caboclos, um exemplo nítido do sincretismo religioso popular no Brasil. As influências indígenas e mestiças, resumindo os hinos especiais de cada Caboclo, cantados em línguas em português, uma declaração dos seus poderes sobrenaturais. 

Caboclo

No candomblé Angola ele é o dono da terra, na sua maioria são espíritos de índios. Os Caboclos de maior popularidade são: Tupinambá, Tupiniquim, Sete flechas, Pena Branca, Sultão das Matas, Sete Serras, Serra Negra, Pedra Preta, Rompe Mato, Raio do Sol, Rompe Nuvem, Sete Montanhas, Arranca Toco, Caboclo Boiadeiro e outros. 

Outra maneira de interpretar as entidades de Caboclo são espíritos que apresentam sua forma de adultos. Com uma postura forte e de voz vibrante que trazem as forças da natureza, através do Nkisi, seu linguajar pode se assemelhar com a dos indígenas.

O candomblé de Caboclo seria uma manifestação própria de Salvador e municípios vizinhos na Bahia, o candomblé de Caboclo é uma espécie do nosso candomblé Angola nacionalizado, que toma por base a ortodoxia, em Salvador há sempre festas todo ano que inicia no dia 24 de Junho e que dura três dias, destina precisamente a homenagear há estás entidades.
 
Boiadeiro

É um Caboclo que em vida foi um valente do sertão, está ligado com o Caboclo indígena, habilidoso e valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuísse na mão um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo, um andar sobre as pastagens.

Veste como um sertanejo, com roupas e chapéu de couro, cumpre um papel ritual muito semelhante dos Caboclos índios que se cobrem de vistosos cocares e penachos. Enquanto os Caboclos de penas são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores.

De voz grave é sempre difícil entender o que falam, os Boiadeiros trazem lições do tempo quando tinham respeito aos mais velhos, a natureza, família e aos animais, eles falavam mais alto. Representam a liberdade e a determinação do homem do campo em contraste com a humildade.