Como Montar um Terreiro de Candomblé

Esta matéria foi desenvolvida para facilitar e dar a melhor orientação para os novos sacerdotes e sacerdotisas das Nações dos Candomblés, para os que desejam obter casas terreiros de Candomblés, ter um resumo e um conhecimento sobre a preparação de um Nzo ou Ilê.

Como montar um Nzo, Ilê, Terreiro ou Barracão de Candomblé

Quando um filho completa seus 07 anos irá tomar sua obrigação e receber seu Deká no Candomblé Angola ou Oyê no Candomblé Ketu. Neste momento tão esperado, após receber sua obrigação de 07 anos o mais novo sacerdote ou sacerdotisa vai começar os preparativos para abertura do seu novo terreiro. Onde se iniciará uma nova jornada na sua tradição e cultura correspondente seja ela Bantu ou Yorubá.

Procurar um teto ou chão para abrir um terreiro, primeiro consulta no Jogo de Búzios com seu zelador se aquele chão será viável para dar iniciação na sua nova casa e que não terá problemas futuros. Quando for confirmado pelo Nkisi ou Orixá que pode dar inicio a montagem dos fundamentos, assentamentos, uma estrutura, segurança, divisão de salas para todos os requezitos, acomodação para todos que estarão presentes e dali em diante poderá dar seguimento.

O seu sacerdote ou sacerdotisa estará a frente de tudo ele será a visão da sua casa e terá total responsabilidade com tudo, desde um pequeno detalhe até o maior detalhe. Nesta abertura da nova casa o filho acompanhará tudo que seu zelador for preparar ou plantar nesta nova casa, terá que observar todos os detalhes porque amanhã seus futuros filhos também abrirão casas e vão precisar usar os mesmos requezitos que você aprendeu.

As divisões das salas, quartos no terreiro

Para ter um terreiro precisa primeiro separar as salas os quartos como: 

01 - Salão principal para as divindades e entidades festejar. 

02 -  Indemburo ou Ronkó quarto para assentamentos, Ibás e para recolhimentos de iniciantes para feitura e obrigações. 

03 - Sala criadeira para Kibane Mutuê (Borí), trocar de roupas e para as saída das divindades e entidades. 

04 - Sala para um Jogo de Búzios, para receber consulentes e efetuar Jogos de Búzios.

05 - Sala cozinha para preparos de alimentos para comemorações, oferendas, Ebós tudo que envolver alimentos em geral. 

06 - Sala para receber convidados mais velhos de Santo, dar a melhor recepção para convidados na casa.

07 - Quarto para filhos ou filhas para permanência em dias de funções. 

08 - Quarto para assentamentos de Exus e Pomba Giras da casa. 

09 - Banheiros para convidados. 

Quais fundamentos precisam ser plantados no terreiro

Nas tradições do Candomblé Angola

Para haver uma instalação e a confirmação do terreiro o zelador também precisa confirmar todos os fundamentos que serão plantados e assentados na casa, e de qual origem estas divindades e entidades pertencem, ter o total conhecimento e o que podem trazer para a nova casa que será aberta. 

01 - Sempre começa da entrada para dentro, o primeiro a ser confirmado é o Exu da terra no dia do ritual o zelador irá batiza-lo dando seu nome somente para o filho que estará abrindo sua casa. Precisa ser assentado e colocado dentro de um buraco e fechado no meio da entrada do portão.

02 - Na entrada precisa ter o assentamento do Exu Lonãn conhecido como Exu Odara ele que vai permitir quem entra e quem sai. 

03 - Assentamento de Nkosi fica na entrada do lado do portão a vista de todos, para dar a maior segurança no terreiro, este assentamento fica no tempo.

04 - Casa de Tempo este local fica próximo do salão principal será colocado assentamentos dos Nkisi: Kidembo, Matamba, Katendê, Hongolo, Angoroméia, Kaviungo e Nzumbarandá todos colocados no tempo ou seja fora do barracão, haverá uma haste de eucalipto o tronco mastro de 07 metros que será pintado na cor branca, e colocado com uma bandeira branca. Esses assentamentos são aqueles que tem história com o novo zelador da nova casa que dará seguimento. Os assentamentos dos Nkisi da casa e os restante e dos futuros filhos serão colocados no Indemburo (Ronkó).

05 - A colocação da Cumeeira será colocado um Ibá branco de Lembá no alto junto com um caixote de madeira na cor branca aberta nas laterais simbolizando a conexão da Terra com o Céu, seria uma ligação a porta de entrada para todas as divindades.

06 - Fundamentos de Ntoto, é feito um buraco no centro do terreiro abaixo da cumeeira, e será feito os rituais para o dono da terra. Um assentamento de Kaviungo será colocado com rituais especifico em um buraco e fechado com um piso diferente dos outros, mostrando que ali tem um Ntoto.

07 - Um trono será colocado no canto direito do terreiro, é feito sobre o piso uma camada elevada para a colocação do trono do Nkisi da casa, sempre fica mais alto do chão.

08 - Local das Ngomas (Atabaques) precisam ser batizadas antes de ser usadas, fica no fundo do terreiro ao lado da porta que dará acesso a sala criadeira.

Foi passado nesta publicação em resumo como abrir um terreiro de Candomblé Angola, nas tradições Bantu Congo. Para abrir um terreiro nos Candomblé Ketu tradição Yorubá o Ilê seria praticamente semelhante ou seja da mesma forma mas podendo ter algumas estruturas, assentamentos diferentes.

Vídeo com explicação sobre Como Montar um Terreiro de Candomblé edição especial.

Raspar a Cabeça no Candomblé | Explicação sobre Raspar a Cabeça

Raspar a cabeça

Antes de tudo a pessoa precisa encontrar uma casa de candomblé, que tenham princípios, ensinamentos, história, energias, fundamentos, vida e um bom sacerdote que mostre afeto, sabedoria, e respeito. Um terreiro para ser visto precisa ser conduzido por um sacerdote que mostre suas habilidades, para poder cuidar da vida espiritual de qualquer pessoa.

Para aqueles que precisam seguir uma casa de candomblé, é estar decidido com o que quer para seu futuro e desenvolvimento espiritual. A adaptação no terreiro é o começo de tudo precisa ter respeito, humildade, forças para aprender e respeitar os preceitos da casa designada.

Para chegar ao momento certo para marca a data do Orô Maior para ser Raspado por um Zelador ou Zeladora precisa estar decidido, o processo é longo e exige muita força de vontade. Poque se entrar para ser raspado não terá mais como sair ou voltar atrás esteja decidido, esta pessoa terá um vinculo e um longo compromisso espiritual com sua divindade seja Orixá, Nkisi ou Vodun. Por isso quando é um iniciado não tem tantas responsabilidades como uma pessoa que já esta raspada no candomblé.

Esse ritual é um dos mais importantes, a sua primeira fase de iniciação. Para ser raspado é como ter sua feitura e ser batizado, terá que cumprir seus dias de sacrifícios que são 21 dias recolhido, a pessoa ficará em retiro total longe de tudo, da vida profana e da família, será desligado de tudo e irá se dedicar totalmente a sua nova vida e jornada. 

O que Representa 

Raspar a Cabeça simboliza o nascimento a união entre o filho e sua divindade, seria como um recomeço de uma nova jornada uma nova vida, e terão um ligamento espiritual e conjunta. Seria uma ligação entre ambos, ter um Orixá, Nkisi ou Vondun para nos acompanhar em todos os momentos. Eles não ficam conosco junto o tempo todo ao nosso corpo 24 horas por dia, eles nos atende pelas emoções e pelos pensamentos, ou se caso precisarmos deles para nos ouvir quando necessitamos.

A sua presença pode ser com forças e energia espiritual ou quando incorporamos neles para receber suas oferendas e sacrifícios, ou quando estamos em um terreiro prestigiando com suas cantigas ao seu favor, eles podem se manifestar e incorporar ou quando eles sentirem que é preciso estar em terra quando acontece algo.

Raspar a cabeça no candomblé é necessário para possibilitar que sejam feitos todos os rituais no Mutuê (cabeça) da pessoa, o procedimento é longo, para acontecer são requeridos os 21 dias de sacrifícios. No Orô Maior é feito todos os rituais necessários como a limpeza do corpo com vários ebós, aprender as cantigas do Ingorocí, ter o preparo do assentamento, as oferendas, o preparo dos apetrechos sendo os fios, sendalas, mokan e os contra eguns, terá um Borí (Kibane Mutuê), será feitos os sacrifícios de animais e aves, a colocação do Kelê.

O cabelo será retirado cortado com uma tesoura e raspado com uma navalha com lamina, são equipamentos próprio para o uso deste ritual, será colocado em um prato de louça branco e irá permanecer no Indemburo até completar a sua saída, e após será levado junto com os outros para o Ebó de carrego. E nesse período de tempo serão feitas as Kuras com a navalha e será colocado também todos os seus apetrechos.

Onde Pode nos Levar

Ser uma pessoa raspada no ritual de iniciação no candomblé é um momento de renascimento espiritual. Após o período de recolhimento o iniciado é apresentado à comunidade pública e recebe um título e passa a ser uma pessoa feita batizada como um Mona Nkisi (filho de Santo), que designa os filhos que já passaram pela iniciação e foram raspados e batizados.

Raspar a cabeça é visto como uma forma de expressão espiritual e conexão com os ancestrais, uma grande prova do seu próprio amor e devoção a sua divindade é o desprendimento da vaidade, em nome da sua fé com o candomblé.

As PENAS SAGRADAS Africana para rituais no CANDOMBLÉ

 
ÌYÉ ORÒ – AS PENAS SAGRADAS 

As Penas sagradas: Ekodidé, Akalamagbo, Agbè, Álùkò, Okin alade, Aparo e Lékeléke são as penas mais conhecidas e sagradas das matrizes Africana, utilizadas para atos ritualística, e nunca utilizar para um simples enfeite. Elementos primordiais e indispensáveis dentro dos Ìgbèrè – Ritos Iniciáticos e de passagens de qualquer divindade do Panteão Yorubá.
 
Não existem penas semelhantes, são únicas em sua essência, simbologia e significado ou seja são insubstituíveis. Dentro do Corpo Literário principalmente no culto de Iyami onde se conectam com as mais importantes magias, são mencionadas nos mais diversos Oba Odú e seus Omo Odú.

OS CUIDADOS:

É importante consultar um sacerdote antes para verificar a melhor forma de uso, servem para iniciação, magias, feitiços e para uma estrutura pessoal. Algumas dessas penas são usados na África como uma forma de realeza, devem saber como usar e utilizar para cada ritual destinado. Por serem produtos naturais podem apresentar variações no formato e coloração de cada uma. 

APARO:

A pena de Aparo é um elemento sagrado no Candomblé, utilizada em rituais e nunca usar para enfeites. É um elemento fundamental nos Ìgbèrè, os ritos de iniciação e passagem de divindades do Panteão Yorubá. 
As penas de Aparo podem ser de perdiz ou codorna e são utilizadas em rituais de Iyami e Ogun para obter proteção contra feitiçarias, perseguições, evitar separações matrimoniais ou para conquistar homens.

EKODIDÉ:

É uma pena vermelha retirada extraída da cauda de um papagaio africano, chamado no Brasil de papagaio do Gabão um papagaio cinzento. Denominado entre os povos da cultura Yorubá, conhecido como papagaio cinza africano originário da África ocidental.
Esta pena é utilizada em rituais de iniciação na feitura batismo de um Ìyàwò, pode ser usada em obrigações de ano e também na entrega de Oyê.

AKALAMAGBO:

A pena de Akalamagbo é um item sagrado usado em rituais de Candomblé, que traz autenticidade e profundidade às práticas espirituais afro-brasileiras. 
O Akalamagbo é um pássaro com bico de chifre curvo, intimamente associado ao abutre na cultura e folclore Oodua (Yoruba). É muito respeitado pela sua vasta inteligência e capacidade de viver muito.

AGBÈ: 

A pena Agbè ou pena do pássaro Turaco, é um elemento tradicional nos rituais das religiões de matriz africana, sendo frequentemente utilizada em processos iniciáticos. A pena Agbè é de cor azul e está associada a Olokun, a divindade dos oceanos, pois é o pássaro que leva as bençãos para esta divindade.

OKIN ALADE:

A pena Okin Alade é uma pena de falcão africano usada em rituais religiosos do Candomblé para obter proteção contra espíritos malignos. Pena de Fundamento utilizada em rituais Religiosos. Okin Alade Falcão a pena é utilizada em rituais das Iyami, a fim de obter proteção contra os perversos espíritos da noite, contra feitiços e o principal a inveja.

ÀLÙKÒ: 

A pena Àlùkò é uma pena de cor bela, associada ao pássaro Turaco conhecido por levar riqueza para Olosa a rainha das lagoas. As penas sagradas como a Àlùkò, são únicas em sua essência, simbologia e significado, não existem penas semelhantes. São mencionadas nos mais diversos Oba Odú e seus Omo Odú, dentro do Corpo Literário de Ifá. 

A pena Àlùkò pode ser utilizada em magias, banhos e fundamentos. No entanto é importante consultar um sacerdote para verificar a melhor forma de uso desta pena.

LÉKELÉKE:

Pena de cor branca extraída da ave Bubulcus ibis conhecida popularmente por garça-vaqueira ou garça-boieira, nativa da África e do Sul da Europa, que invadiu a América do Norte no início do Século XX e atingiu o Brasil na década de 1960. Descritos nos mitos como o pássaro que carregava a boa sorte e a riqueza para Òrìsà Nla e toda a sua corte. Simbolo por excelência de todos os Òrìsà Funfun.

O uso do SAL GROSSO em banhos seria CORRETO ou PERIGOSO

Desde os tempos antigos a humanidade tem buscado nas águas uma fonte de purificação e renovação. O banho de mar em particular, carrega consigo uma carga simbólica que vai além do ato de se refrescar nas ondas salgadas.

Associado a rituais de purificação espiritual, essa prática muitas vezes é acompanhada pela superstição do uso de sal grosso. Mas será que tem um fundamental real ou é apenas tradições que resistiram ao tempo?

Neste artigo falaremos mais sobre e quais os benefícios que essa técnica pode trazer para o nosso corpo e para o lado espiritual.

SAL GROSSO

Não existe neste Mundo um único pedaço de terra que não esteja envolvido pelas águas salgadas. O sal desde os tempos antigos é um elemento místico poderoso muito usado para limpezas energéticas e espirituais. Extraído da água do mar o sal é o cristal mais popular do Mundo. Tem o poder de neutralizar ondas eletromagnéticas e reciclar energias sutis.

O sal grosso é considerado um potente purificador de ambientes. Povos distintos usam o sal para combater o mau olhado e deixar a casa a salvo das energias nefastas. O sal é um cristal e por isso emite ondas eletromagnéticas, capaz de neutralizar os campos eletromagnéticos negativos. Visto do microscópio o sal revela que é um cristal, formado por pequenos quadrados ou cubos achatados.

O sal grosso drena toda a energia seja ela qual for, mesmo quando misturado a outras ervas como as folhas, ele elimina todo o potencial energético de outras ervas e por isso anula o efeito positivo de qualquer coisa. O sal grosso é um elemento neutralizador de energias boas e também ruins, um elemento para afastar e neutralizar todos os tipos de energias.

O Sal na limpeza de ambientes casas ou comércios: 

As energias densas costumam se concentrar nos cantos das portas, por isso seria bom colocar um copo com água e sal grosso para equilibrar essa força e deixa a casa mais leve. A solução da água e sal também é capaz de puxar os íons positivos, isto é as partículas de energia da atmosfera, e reequilibrar a energia dos ambientes. 

A nossa casa é um lugar sagrado, onde procuramos conseguir sentir a paz verdadeira. Mas nem sempre conseguimos, as energias densas costumam se concentrar nos cantos da casa. Por isso pode colocar um copo com água e sal grosso fora da casa ao lado do batente da porta (não colocar do lado de dentro), para equilibrar essas forças e deixar a casa mais leve. Em dois ou três dias já poderá perceber a diferença.

O BANHO COM ÁGUA E SAL GROSSO

A prática simples de purificação com água e o sal grosso servem para escaldar os pés em uma bacia com água bem quente com sete colheres de sal grosso, têm o poder de neutralizar a eletricidade do corpo, é ótimo para relaxar, inchaço, tirar o cansaço e renovar as energias. 

O banho de sal grosso é um banho perigosíssimo e não deve ser tomado sem entendimento. O sal grosso drena toda a energia seja ela qual for mesmo quando misturado a outros ingredientes, ele elimina todo o potencial energético de outras ervas sendo que não pode misturar com folhas, e por isso anula o efeito positivo de qualquer coisa. 

Para pessoas que são dos cultos das matrizes africana o Candomblé ou a Umbanda, o uso do sal grosso não seria viável para o uso de banho, tanto pela cabeça ou apenas do pescoço para baixo, como ele contém uma formola energética e química ele é considerado um elemento quente. Podendo prejudicar nossas forças espirituais, nos enfraquecendo com nossas divindades e entidades.

Muitos não sabem mas a água da praia por ser salgada, também podem trazer algumas complicações para a nossa espiritualidade, quando tomado em excesso ou quando tomamos banhos exagerados em águas de praia. Muitos não gostam de praia mas somos influenciados por nossos espíritos que procuram nos afastar das águas salgadas das praias.

As melhores formas para o banho de purificação ou descarregado serão utilizados as folhas. Uma forma correta e significativa, as folhas tem um poder imenso para uma limpeza, e coloca as energias que precisamos, a sua essência é pura e natural. Temos uma grande variedades de folhas para banhos e para cuidarmos não somente do corpo mas também para fortalecer com o nosso lado espiritual.


O banho de sal grosso pode causar alguns efeitos como: 

Ressecamento da pele:

O uso desse sal em banhos pode ressecar a pele, por isso é recomendado usar hidratante após o banho para evitar irritação ou rachaduras. 

Coceira:

O banho muito quente e prolongado, além do uso de buchas e sabonetes antissépticos, pode causar coceira na pele. 

Mal-estar:

Pessoas com problemas estomacais, estomago sensível podem sentir mal-estar após o banho de sal grosso.

Vídeo com explicação sobre o uso do SAL GROSSO em banhos seria CORRETO ou PERIGOSO edição especial.

Conheça os EBÓS, quais são os EBÓS, como preparar e o que vai em um EBÓ

Os EBÓS

A palavra Ebó significa oferenda e sacrifício, são feitos como oferendas para cada Nkisi ou Orixás. O principal objetivo do Ebó é transformar ou equilibrar as dificuldades, seja na saúde, trabalho, família, amor, justiça ou em outras situações que envolve a nossa vida.

O Ebó é uma prática do Culto as Nações dos Candomblés e só pode ser revelado através de um jogo de búzios. O jogo de búzios pode informar qual será o Ebó a ser executado para uma limpeza daquele consulente indicado. Essa confirmação somente será instruído por um Zelador ou Zeladora sacerdotes autorizados, e terão confirmações através de um jogo de búzios.

Os Ebós serão indicados para um consulente ou praticante da nossa espiritualidade, são designados pelos nossos responsáveis no terreiro. Cada Ebó tem suas diferenças e destinos para onde serão levados para serem despachados ou entregues. Para suas execuções os Ebós são feitos cânticos e invocações para quem será oferecido ou entregue.

Os sacrifícios de aves para Ebós são variados, nem todos os Ebós necessitam de sacrifícios com menga (sangue) são utilizado frango ou franga brancos, tem Ebós que são oferecidos aves e serão entregue vivos soltos na natureza ou em estradas dependendo do Ebó, será indicado como uma forma de agradecimento. 

Tem Ebós que são elaborados somente com vários grãos torrados e grãos cozidos, vegetais natural verduras vários tipos picadas, bolinhos farinha de mandioca sendo de mel, azeite de dendê, azeite doce, água, cachaça, pó azul oagi, vinho tinto, de carvão e outros. Alguns Ebós necessitam do pano de amorim nas cores exatas para o ritual podendo usar o branco, preto, vermelho e o roxo, alho, acaça branco e de dendê, ovos, uma sardinha fresca, um copo americano com água, pregos, moedas, alguidar, velas, pólvora e outros demais que poderão ser acrescentados.

Após estourar a pólvora passar com um grande punhado de folhas de aroeira de cima para baixo na frente e atrás para dar limpeza da impureza que foi retirado do consulente. E passar um copo com água sobre a cabeça para completar a purificação.

Nas tradições do nosso Candomblé procurar sempre preparar Ebós para qualquer divindade sendo Nkisi, Orixá e Voduns. São feitos quando os filhos entram em recolhimento para sua feitura batismo. Quando um filho é recolhido nos seus 21 dias, passar por diversos Ebós como: Ebó rio de água doce, Ebó de estrada, Ebó nas matas, Ebó Egum, Ebó Exu. Esses são os principais Ebós quando um filho ou filha estão recolhidos para o batismo, e precisam ser executados.

O Ebó pode ser usado como uma limpeza espiritual contendo vários segmentos, sua forma nos rituais podem trazer também equilíbrio e ganhos financeiros, pode ser executado em casas e comércios jogando os vegetais picado, grãos torrados e cozidos sobre o telhado ou lage da casa, comércios e nos terreiros, ajuda a trazer prosperidade e caminho para o local destinado.

Para pessoas que precisam de um Ebó existem uma infinidades e tipos de Ebós cada um tem sua afinidade e local certo para serem feitos e entregues. Mas para que possam dar bons resultados precisam de cânticos, e um preparo correto para dar o melhor resultado completo e significativo.

E quais são esses Ebós vamos conhecer alguns:

Ebós para todas as divindades.

Ebó de saúde

Ebó de caminho

Ebó para emprego

Ebó de paz interior

Ebó de prosperidade

Ebó Exu

Ebó Egum

Ebó de estrada

Ebó no trilho de trem

Ebó nas matas

Ebó de praia

Ebó rio água doce

Ebó na cachoeira

Ebó de sacudimento

Ebó para união

Ebó tira demanda

Ebó tira mal olhado

Ebó atrair clientes

Foi citados alguns Ebós mas devem ser feitos por um sacerdote ou uma sacerdotisa, pessoas comuns ou que são das nossas matrizes que não são Zeladores não estão autorizados para executar essas funções. Fazer Ebós somente com responsável de um terreiro, próprio para este ritual. A quantidade exata para se executar um Ebó vai variar da necessidade de quem precisa, pode ser um simples Ebó, como um Ebó super elaborado para demandas de alto perigo. 

Cada Ebó tem um significado quando feito por exemplo: 

Ebó Egum: Serve para afastar espíritos desencarnados que atrapalham a vida das pessoas, serve para curar traumas e ajudar no esquecimento e superação de experiências ruins.

Ebó Exu: Ele serve para limpar e reequilibrar o corpo e descarregar as energias negativas que o cercam dando mais estabilidade e equilíbrio na vida.

Ebó de trilho do trem: Para quem quer ter forças para o empreendimento profissional, traz forças para quem quer aumentar seu lado financeiro.

Ebó de estrada: Pessoas com a vida trancada sem destino algum, para quem precisa se encontrar com resultados mais rápidos e resolver problemas difíceis.

Ebó de paz interior: Pessoas com ansiedade, angustia, momentos de tristezas constante, esse Ebó ajuda a controlar mais o lado emocional de qualquer pessoa.

Vimos que cada Ebó tem seu destino correto e um certo significado, são vários tipos de Ebós que podem ser feitos mas todos eles precisam ser consultados por um sacerdote que será realizado caso realmente precise. Ebó quando feito de modo errado ou por falta de alguns grãos, vegetais, pratos que não correspondem com o ritual, a pessoa pode passar por sérios problemas na sua vida. 

Por isso devem tomar cuidado antes de solicitar um Ebó para você, saiba quem vai lhe passar o Ebó, conheça primeiro o sacerdote antes, para não ter problemas futuros.

Vídeo com explicação sobre Ebós quais são, como preparar e o que vai em um Ebó edição especial.

Explicação sobre as diferenças de ORIXÁ e NKISI, seriam iguais

 Pai Mutalengunzo

Divindades Nkisi e Orixá como entender

Vamos entender como é importante compreender que os Orixás são divindades africanas oriundas do povo Yorubá (nagô), um dos grupos étnico da África Ocidental,  que abrange uma parte significativa da população da Nigéria, Benin, Togo e Serra Leoa. 

Nos candomblés os Orixás são cultuados na nação Ketu de origem Nagô. Os Nkisi fazem parte do grande culto da Nação do Candomblé Angola sua cultura Bantu Congo.

Os Nkisi são divindades oriundas do povo Bantu um grupo étnico que ocupava a África Central e o Sul do continente africano, abrangendo regiões do Angola, Congo, Gabão, Moçambique e Cabinda. O dialeto Quimbundo - Kimbundo está inserida a essa língua neste grupo de linguístico.

Apesar de nos referirmos sempre a divindades como Nkisi e Orixás podemos salientamos que todos estes povos são monoteístas, ou seja acreditam em um Deus Único. Para os Yorubás o ser Supremo é Olodumarê ou Olorum e para os povos Bantus Nzambi ou Zambi.

O Deus supremo e Criador é Nzambi abaixo dele estão os Nkisi, divindades da mitologia Bantu. Essas divindades se assemelham a Olorum e Orixás da mitologia Yorubá do Candomblé Ketu.

Mas se pensarmos bem podemos entender que tanto Nkisi como Orixás tem as mesmas influências, eles são as crianções de tudo que existem na Terra e até mesmo a criação da natureza que envolve a nossa vida. Por isso que os chamamos de DIVINDADES uma palavra que abrange todos como se fossem as mesmas energias que nos traz a vida.

Suas diferenças estão nas grandes Nações que são cultuadas de formas diferentes sendo litúrgicas, suas crenças, rituais e doutrinas. Mas tanto Nkisi como os Orixás eles contem as mesmas forças,energias e que são iguais seres divinos divindades, onde não há diferenças. As diferenças entre as Nações Bantu como a dos Yorubás vem das suas doutrina, criações e crenças.

Pai Mutalengunzo

Vamos entender um pouco sobre nomes de Orixás

Podemos destacar alguns destes nomes de Orixás como por exemplo: Airá, Axabó, Erinlé, Irocô, Onilê, Oraniã, Baiâni, Olocum, Olossá, Okô, Otim, e outros.

Na África cada Orixá está ligado a uma determinada região como, vilas, cidades ou mesmo por um país inteiro. Vamos citar alguns títulos por exemplo, Xangô Oyó nome dado do estado sudoeste da Nigéria, Iemanjá na região dos egbás, Ogum em Adô Ekiti capital do estado na Nigéria, Oxum em Ijexá e Ijebu no sudoeste da Nigéria. 

Erinlé em Ilobu no estado de Osun na Nigéria, Logun-Edé em Ijexá, Otim em Inisa também no estado de Osun na Nigéria, Oxalá em Ifé na antiga cidade da Nigéria, Oxalufã em Ifo e Oxaguiã em Ejibó.

A cultura dos povos Yorubás mantém seus ensinamentos adequados desde sua chegada ao Brasil. Se aprimorando nos costumes ancestrais como manda as regras da sua ancestralidade. Baseado na mitologia do Candomblé Ketu. 

Pai Mutalengunzo

Neste artigo vamos citar de uma forma correta os Nkisi da cultura Bantu, que correspondem a Nação do Candomblé Angola.

Os Nkisi no Candomblé Nação Angola, Cultura Bantu Congo. Nkisi correspondente na ordem exata para um JAMBERESU (toque cerimonial).

Pambu Njila - Nkosi - Nkosi Mavambo - Mutakalambô - Gongobila - Katendê - Nzazi - Kaviungo - KongoLuande - Tempo - Matamba - Hongolo - Angoroméia - Dandalunda - Mikaia - Nzumbarandá - Nkassuté - Lembá Dilê - Wunji.

Nkisi Lembá: Se associa ao nascimento da criação do Mundo, da antiga ancestralidade não tem ligação com a incorporação.

Nkisi Kabila: Se associa a criação dos animais da primeira era terrestre, raridade não pega cabeças para incorporar como outros Nkisi, um ser raríssimo.

Muitos que seguem a cultura do Candomblé Angola veem a Nação com uma infinidades de divindades com os Nkisi. Mas muitos confundem pelo motivo da nossa cultura ter outros dialetos que são pronunciados nomes dado aos Nkisi de uma forma que são apenas alguns existentes. 

Na cultura Bantu os Nkisi não possuí qualidades como nas tradições dos povos Yorubás, são conhecidos pela a cultura Bantu como ancestrais divinizados que intercedem por meio das forças da natureza únicos e restritos ao seu desenvolvimento da criação de tudo que habitam na Terra.

Apesar do sincretismo que há entre Nkisi e Orixá, são divindades atribuídos à energia humana. Por exemplo Dandalunda é manifestada como a própria energia das águas, às raízes, até as fontes dos rios. Sua cor no seu culto é associada a ouro e a prosperidade como a Orixá Oxum. Por isso podemos ver e crer que ambas divindades em geral tem a mesma semelhança, como os Orixás e Nkisi.

Vídeo com explicação sobre as diferenças de ORIXÁ e NKISI são iguais edição especial.

Conheça as QUIZILAS, como evitar e se cuidar na espiritualidade

O que significa Quizila?

O que é uma Quizila ou Kijila é uma palavra que se destina ao dialeto Quimbundo/Kimbundo Angola, no dialeto Yorubá Ketu conhecemos como Èwọ̀. Tem um sentido de preservar, cuidar ou manter as regras, e ter diversos cuidados evitando problemas. Quizila tem um termo significado de: tabu, proibição, impedimento, regra, restrição e interdição. A palavra quizila se popularizou em nosso país nas Nações dos Candomblés como uma forma de se proteger de qualquer perigo.

Diversas proibições são agregadas dentro de uma casa de Candomblé quando adquirimos cuidado, são designadas como quizilas seriam como energias contrárias. Estas energias negativas podem estar em alguns alimentos, frutas, nas cores de roupas, em situações do dia a dia, até mesmo em algumas dependência da própria natureza.

O que é proibido no candomblé?

As quizilas são cuidados que devemos tomar para não contrair algo de ruim em nosso caminho como percas ou perdas, evitar o máximo para não carregar energias negativas, caso não respeite as quizilas podem causar até problemas de saúde.

Nas grandes Nações dos Candomblés são exigidos os cuidados para os iniciados que obtiveram sua feitura, determinando que o iniciado terá seus cuidados para se proteger contra qualquer quizila que possa lhe prejudicar. O iniciado vai manter esses cuidados durante um curto ou um longo período na sua vida. 

A quizila é uma forma de reação negativa que atinge as pessoas fisicamente, causando algum mal, pode até gerar algum transtorno na vida pessoal. Acontece quando comemos ou fazemos algo que não devemos. Tanto os Nkisi/Orixá têm suas próprias quizilas que podem fazer mal a saúde aos seus filhos quando comem algo, obtendo fisicamente alergias pelo corpo, sendo que cada filho ou filha devem respeitar a quizila de cada divindade.

Pessoas do nosso Candomblé como sacerdote, sacerdotisa, pessoas de cargos e pessoas mais velhas de Santo, estão sujeitos aos cuidados e de se proteger contra qualquer quizila. Todos estão sujeitos a perdas, a males que podem aparecer, por isso devemos nos cuidar, para obter progresso na vida espiritual, e também na vida convencional.

Exemplos de Quizilas/Kijilas

Agora vou passar alguns exemplos mais comuns para tomar os cuidados com as quizilas, que podem acontecer no decorrer do dia a dia, indicações para todas as Nações dos Candomblés: 

Não passar por debaixo de arame farpado.

Não passar por debaixo de escada.

Não entrar em bar ou boteco.

Não entrar em cemitério.

Não dormir com os pés virado para a porta.

Não usar roupas preta, cinza, roxa, lilas e vermelha.

Não pregar botão em roupa no corpo.

Não comer a comida queimada do fundo da panela.

Não comer qualquer alimento restos de outros.

Não beber restos do copo de outros.

Não deixar passar a mão na cabeça.

Não dormir de barriga pra cima.

Não deixar os sapatos emborcados.

Não usar roupas rasgadas ou remendadas.

Não terminar o que o outro começou.

Não atravessar encruzilhadas de TE (T) ou de Xis (X) .

Não ficar de costa para o fogo.

Não sentar na entrada da casa.

Não deixar guarda chuva aberto dentro da casa.

Não varrer casa à noite.

Não ficar de costa para porta ou janela.

Não ficar encostado em batentes de porta.

Não comer caranguejo, Siri.

Não pegar a faca pela ponta sempre pelo cabo.

Não jurar pelo santo, nem pedir mal aos outros.

Não receber qualquer objeto com uma mão, receber com as duas mãos.

Não se alimentar com a cabeça coberta com pano ou outro objeto, mas com a cabeça descoberta.

Não andar nas ruas ou sair da casa de candomblé nos horários das seis da manhã, meio-dia, seis da noite e meia-noite. Aguardar no minimo 05 minutos.

Alguns exemplos sobre quizilas muitos conhecem como superstição, mas as quizilas quando não são evitadas podem trazer alguns problemas como: percas, dificuldades para obter lucros, relacionamento perturbado , percas de bens, trazendo azar por um tempo indeterminado.

Nos alimentos e frutas quando comemos, trazem quizilas das divindades. Mas essas quizilas vem de forma diferente se manifestando pelo nosso corpo com alergias, mal estar e febres, algumas divindades tem alimentos ou frutas impróprio para oferendas, até mesmo para o nosso consumo. Por isso devemos tomar cuidado com o que vamos oferecer para uma divindade e cuidado quando for comer algo impróprio.

Quijilas quando são evitadas podem nos ajudar a manter mais segurança, energia positiva e progresso em nossa vida. Por isso se você já fez alguns atos referente o que foram citados acima, procure agora evita-los, quizila é prejudicial e pode atrapalhar o seu destino e no caminho espiritual.

Vídeo com explicação sobre as QUIZILAS, como evitar edição especial.

Os PRECEITOS após os RITUAIS no Candomblé edição ESPECIAL


Os preceitos no Candomblé

Filhos não iniciados, pessoas simpatizantes, adeptos e filhos já iniciados na feitura, quando passam por um ritual precisam manter um resguardo, ou seja manter o corpo limpo por um período de 3 dias que chamamos de preceito.

Para completar seus ciclos de resguardo está pessoa passará por alguns preceitos. Onde deverá tomar seus respectivos cuidados e preservando seus preceitos evitando perigos que podem surgir ao decorrer que chamamos de Kijilas. Todos frequentadores do Candomblé passam por preceitos, mas não somente os mais novos também os mais velhos pessoas de cargos e zeladores passam pelo preceito, quando precisam de algum ritual quando feito.

Um resguardo que precisa ser respeitado e cumprido, por aqueles que irão passar por rituais. São exigido quando fazemos trabalhos e mantermos seguros de qualquer perigos. Podem acontecer através de qualquer Ebó, oferendas que seriam sacrifícios de animas oferecidos a Exu ou Pomba giras, Catiços, para qualquer divindade, no Kibane Mutuê (Borí). 

Esse são os principais preceitos que deveram cumprir todos em um prazo de apenas 03 dias para manter o preceito seguro. Oferendas como comidas, grãos, e frutas oferecidos as divindades ou entidades não precisam cumprir nenhum preceito. Mas todo deveram acompanhar com banho de purificação que chamamos de Maionga. Somente no preceito do Kelê que são atribuídos os 3 meses e os 7 dias de Lembá, requer outros tipos de preceitos.

O contra egum será colocado após os rituais feitos, ele serve para completar a proteção necessária para quem vai precisar de proteção. O contra egum ele que vai combater os perigos para não atrapalhar os trabalhos que foram executados, e vai afastar os espíritos zombeteiros.

Quais são os perigos se não cumprir os preceitos ?

Os trabalhos executados serão todos perdidos não terão efeito nenhum, o que foi feito para ajudar virá ao contrário para lhe prejudicar. Os espíritos como zombeteiros, espíritos malignos, Exu de rua são da linhagem eguns maldosos sem luz, feitiços, bruxarias, doenças, perca de saúde, perca de prosperidade e profissional, intrigas familiar, até doenças podem causar caso não respeite e quebra o rompimento dos preceitos.

Os preceitos para serem cumpridos quais são ?

Vamos entender como são os preceitos para serem cumpridos em nosso dia a dia quando feito algum ritual. Após os rituais serem feitos será necessário tomar o banho de purificação Maionga, para ajudar mantendo o corpo limpo e purificado. Como deveram seguir os preceitos, vou citar apenas alguns.

Roupas: Não pode usar roupas escuras como preta, vermelha, cinza e roxa, se possível usar roupas claras ou brancas.

Bebidas: Não pode consumir nenhum tipo de bebidas alcoólicas.

Alimentos: Não pode comer pimenta sendo pimenta do reino, pimenta malagueta, molho de pimenta e pimenta em conserva.

Comida: Evitar comer farofa quando for feito qualquer ebó, quando tiver cortes sacrifícios para Exu ou Pomba Gira.

Relação: Relação sexual de forma alguma pode acontecer quando estiver em qualquer preceito. Dar um beijo ou um selo nos lábios não prejudica o preceito.

Horário: Existem um horário certo para não andar na rua, caso esteja de preceito não pode andar nos horários da 00:00hs até ás 06:00hs.

Mantendo todos os preceitos requeridos, a pessoa terá seus objetivos aceitos e realizados, de uma forma positiva e construtiva. E terá seus caminhos abertos com prosperidade e segurança, mantendo-se livre de qualquer mazela ruim e próspero.

A história da língua Bantu na África, agora em todo Continente


Cultura dos Povos Bantu

O nome Bantu não se refere a uma unidade racial, a sua formação e migração originou uma enorme variedade de cruzamentos. Existem aproximadamente 500 povos Bantu, assim não podemos falar de uma raça Bantu, mas sim de um povo Bantu, isto significa uma comunidade cultural com uma civilização comum e linguagens similares. 

Depois de muitos séculos de movimentações, cruzamentos, guerras e doenças os grupos Bantu mantiveram as raízes da sua origem comum. A palavra Bantu aplica-se a uma civilização que manteve a sua unidade e foi desenvolvida por pessoas de raça negra. O radical NTU para a maioria das línguas Bantu, significa homem, ser humano e BA seria o plural.

Os dialetos Bantu existem centenas, têm uma tal semelhança que só pode ser justificada por uma origem comum. Os povos Bantu além do semelhante nível linguístico, mantiveram uma base de crenças, rituais e costumes muito similares, uma cultura com características idênticas e específicas que os tornam semelhantes e agrupados. 

Fora da sua identidade social são caracterizados por uma tecnologia variada, uma escultura de grande originalidade estilística, uma incrível sabedoria empírica e um discurso forte e interessante com sinais de expressão intelectual. As línguas faladas hoje em Angola, são por ordem de antiguidade: Bochiman, Bantu e Português. 

Estudioso do Bantu diz que o primeiro ponto obtido no domínio da linguística comparada foi a unidade dos povos Bantu. Tendo em conta a história desta unidade, que os primeiros descobridores Portugueses viram que os Angolanos conseguiam comunicar com os povos da costa Moçambicana. 

Os Grupos Bantus

Os Bantu Angolanos estão divididos em 9 grupos: Quicongo, Quimbundo, Luanda-Quioco, Mbundo, Ganguela, Nhaneca-Humbe, Ambó, Herero e Xindonga, que por seu turno estão subdivididos em cerca de 100 subgrupos, tradicionalmente chamadas tribos.

Ao contrário do que muita gente acredita, os Bantus não são um povo, nem sequer são uma etnia. Bantu é um tronco linguístico, ou seja é uma língua que deu origem a diversas outras línguas africanas. Hoje são mais de 400 grupos étnicos que falam línguas Bantas, todos eles ao Sul da linha do Equador.

Essas línguas possuem características comuns, como usar a palavra Bantu (plural) para designar "pessoas", "seres humanos" o singular é Muntu. Mas fora a semelhança na linguagem, os diversos povos não possuem nada em comum: nem religiosidade, nem traços físicos, nem formas de organização social ou política.

Muntu é uma palavra da língua kikongo que significa "pessoa". 

Na filosofia africana, a palavra "ntu" significa "ser" e a partir dela a cultura Bantu deriva quatro categorias de tudo o que se pode conhecer:

"Muntu" é o ser-de-inteligência, ou seja, o ser humano

"Kintu" é o ser-sem-inteligência, ou seja, as coisas

"Hantu" é o ser-localizador, ou seja, lugar-tempo

Dessa forma o estudo Bantu é um dos mais importantes caminhos para se compreender o processo de formação de muitos dos povos africanos. Para se ter uma ideia, hoje em dia em uma grande quantidade de países da África fala-se línguas Bantas: Camarões, Gabão, Congo, República Democrática do Congo, Uganda, Quênia, Tanzânia, Moçambique, Malauí, Zâmbia, Angola, Namíbia, Botsuana, Zimbabwe, Suazilândia, Lesoto, África do Sul. E se formos analisar com mais cuidado, encontraremos também influência do Bantu em toda a América.

Foto de um terreiro de candomblé de angola na Bahia, na década de 1940

O Candomblé Bantu, Candomblé de Congo Angola ou simplesmente Candomblé de Angola é uma das maiores nações do Candomblé. Desenvolveu-se entre os africanos que falavam Quicongo, Umbundo e principalmente Quimbundo. Tudo indica que o Candomblé Bantu foi criado nos meados do século XIX. 

Na história do candomblé Congo Angola temos referência de cinco grandes famílias. Temos a família de Maria Neném, de Gregório Makwende, de Amburaxó, de Mariquinha Lemba e a família Goméia.

A Matriarca Maria Neném a Maria Genoveva do Bonfim, Mametu Tuenda Dia Nzambi nascida no Rio Grande do Sul em 1865, era filha de Santo de Roberto Barros Reis, africano de Cabinda ela assumiu o terreiro Tombenci em 1909.

A matriarca que tira a mão de Nvumbi de Bernadino da Paixão em 1910 e se inicia com Manoel Ciriáco. Bernardino da Paixão foi iniciado por Manoel Nkosi, sacerdote iniciado na África. Foi Manuel Ciríaco que criou o Tumba Junçara e Bernardino da Paixão que fundou o Bate Folha, outras importantes referências de Candomblé Congo Angola no Brasil.

Vídeo com explicação sobre a história da língua Bantu edição especial.

Ervas Medicinais do Nkisi Katendê

Ervas de Katendê

Amendoim: O amendoim fornece um bom óleo para luz e também para a cozinha. Suas sementes são estimulante e fortalecem as vistas e a pele, além de ser em excelente afrodisíaco. Amendoim cozido é muito utilizado em sacudimentos, com excelentes resultados.

Celidônia maior: É indicada pela medicina caseira como excelente medicamento nas doenças dos olhos, usando a água do cozimento da planta para banhos. O chá é de grande eficácia para banhar o rosto e dar fim às manchas e panos.

Coco de Dendê: Sua semente desprovida da polpa, fornece um óleo branco, sólido, e serve para substituir a manteiga. É chamada manteiga de karité, este coco é muito prestigiado pela medicina caseira, debela cefaleias, anginas, fraqueza dos órgãos visuais e cólicas abdominais.

Erva de Passarinho: Nas renovações esta planta a duodécima folha que completa o ato litúrgico renovatório. Na medicina popular esta planta é empregada com sucesso absoluto, contra as moléstias uterinas, corrimentos e também para dar fim às úlceras. As folhas e flores são usadas em caso de diabetes, hemoptises e hemorragias diversas.

Erva de Santa Luzia: Muito usada nos banhos de descarrego ou limpeza dos filhos de Katendê. A medicina popular consagrou como um grande remédio, por ser de grande eficácia contra o vício da bebida. O cozimento de suas folhas é empregado contra doenças dos olhos e para desenvolver a vidência.

Gitó / Carrapeta: Sua utilização nos banhos de limpeza e purificação do Nkisi. Usada também em banhos de cabeça para desenvolver a vidência, audição e intuição. A medicina popular aplica na cura de moléstia dos olhos.

Guabira: Aplicada nos banhos de purificação e limpeza dos filhos dos Nkisi. A medicina caseira a indica no sentido de pôr fim aos males dos olhos conjuntivites. Em banhos favorecem os que sofrem de reumatismo e devem ser feitos em banheiras ou bacias.

Lágrima de Nossa Senhora: É usada nos banhos de descarrego ou limpeza. O uso excelente diurético feito como chá. Os banhos reduzem as inchações e reumatismo, as folhas e as sementes são indicadas para lavar os olhos, propiciando o bem estar. A aplicação deve ser feita pela manhã após ter deixado o banho ficar na noite anterior sob o sereno. Retire antes do sol nascer e aplique sobre os olhos.

Narciso dos Jardins: Entra nos trabalhos de suporte para o fetiche de Katendê para o assentamento. Não possui uso na medicina popular, se trata como uma planta venenosa.

Ervas Medicinais de Mutakalambô

Ervas de Mutakalambô

Acácia jurema: Usada em banhos de limpeza, principalmente dos filhos de Mutakalambô. Também utilizada em defumações, a medicina popular utiliza em banhos ou compressas sobre úlceras, cancros, fleimão e na erisipela.

Alfavaca do campo: Ajuda nos banhos de descarrego a medicina caseira aplica esta planta para combater as doenças do aparelho respiratório, combate principalmente tosses, catarro dos brônquios. Preparado como xarope é eficaz contra a coqueluche, usada em chá ou cozimento das folhas.

Alfazema de caboclo: Conhecida popularmente como jureminha, a Alfazema é usada nos banhos de limpeza nas defumações pessoais ou de ambientes. A medicina caseira usa os pendões florais, contra as tosses e bronquites, aplicando o chá.

Araçá de coroa: Suas folhas são aplicadas em banhos de purificação. A medicina popular considera essa espécie como um energético adstringente. Cura desarranjos intestinais e põe fim às cólicas.

Araçá da praia: Planta arbórea empregada nos banhos de purificação, uso popular cura hemorragias, usando o cozimento. 

Araçá do campo: É utilizada em banhos de limpeza ou descarrego em defumações de locais de trabalho. A medicina popular emprega o chá contra a diarreia ou disenteria e como corretivo das vias urinárias.

Caapeba pariparoba: Folha de muito prestígio nos Candomblés, serve para tirar mão de Nvumbi. A medicina popular utiliza seu chá para males do fígado, e o cozimento das raízes para extinguir as doenças do útero.

Cabelo de milho: As espigas de milho em casa propicia fartura, quando secar troque por outra verdinha. O cabelo de milho é muito usado pela medicina do povo como diurético e dissolvente dos cálculos renais, usado em chá.

Capim limão: Erva sagrada de uso constante nas defumações periódicas nos terreiros. Propicia aproximação de espíritos protetores. A medicina caseira aplica para resfriados, tosses, bronquites, nas perturbações da digestão facilitando o trabalho do estômago.

Cipó caboclo: Muito utilizada em banhos de descarrego, tem grande prestígio ao linfatismo por meio de banhos. Usado para combater inflamações das pernas e dos testículos.

Cipó camarão: Usada apenas em banhos de limpeza e defumações. O cozimento é de grande eficácia no tratamento das feridas e contusões.

Cipó cravo: Não possui uso ritualístico, na medicina caseira usado como debelador das dispepsias e dificuldade de digestão. Tomar o chá ao deitar, pacificador dos nervos e propicia um sono tranquilo. 

Coco de iri: Aplicação se restringe a banhos de descarrego, empregando-se as folhas. A medicina caseira indica suas raízes cozidas para os males do aparelho genital feminino.

Erva curraleira: Aplicada em todos os filhos de Mutakalambô. Na medicina popular é aplicada como diurético e sudorífico, sendo muito prestigiada no tratamento da sífilis. Usa o cozimento das folhas.

Goiaba Goiabeira: É utilizada em banhos de purificação para filhos de Mutakalambô. A medicina caseira usa a goiabeira como adstringente. Cura cólicas e disenterias nas diarreias infantis.

Groselha Groselha branca: Suas folhas e frutos são utilizados nos banhos de limpeza e purificação. A medicina popular diz que é um fruto saboroso, xarope que se aplica nas tosses rebeldes que ameaçam os brônquios.

Guaco cheiroso: Aplica em banhos de limpeza, popularmente esta erva é conhecida como coração de Jesus. Combate tosses rebeldes e alivia bronquites agudas. Como antiofídico contra o veneno de cobra, usam suas folhas no local.

Guaxima cor de rosa: É de costume usar galhos de guaxima em sacudimentos pessoais e domiciliares. Muito útil o banho das pontas, a medicina popular usa as flores contra a tosse, as folhas são emolientes.

Guiné caboclo: Utilizado em banhos de descarrego ou limpeza, o povo usam para vencer os males dos intestinos, beneficia o estômago na má digestão, o uso como chá.

Incenso de caboclo / Capim limão: Usada nas defumações de ambientes e nos banhos de descarrego. Utilizado para exterminar resfriados, as bronquites, nas perturbações da digestão.

Jaborandi: A medicina popular adotou esta planta como essencial na lavagem dos cabelos, tornando os sedosos e brilhantes. Tem grande eficácia nas pleurisias, nas bronquites e febres que tragam erupções, usa como chá.

Jurema branca: Aplicada em banhos de limpeza ou descarrego, é de grande importância nas defumações. A medicina caseira indica as cascas para banhos, como chá tem efeito para a insônia.

Malva do campo / Malvarisco: O uso se restringe aos banhos de descarrego e limpeza. Indicado como desinflamatório nas afecções da boca e garganta. É emoliente propiciando os tumores da gengiva. Usa para bochechos e gargarejos.

Piperegum verde / Peregum verde: Erva com extraordinários efeito em várias obrigações de ritual. A medicina aponta como debeladora de reumatismo, usando em banhos e compressas.

Piperegum verde e amarelo: Tem o mesmo uso ritualístico prescrito para o peregun de Mutakalambô. Na medicina popular é o mesmo que piperegum verde.

Pitangatuba: Usado para lavar os fios de contas, o uso como chá para casos de febres e para desobstruir os brônquios.

Conheça o JOGO de BÚZIOS, como JOGAR, quais são as REGRAS


O que é Búzios?

Os Búzios são conchas mais utilizada em Jogo de Búzios, eles tem uma abertura que parece uma boca, os Búzios quem fala com o consulente durante a consunta de um jogo, um sistema ancestral de adivinhação. Ele é um oráculo formado por peças oriundas criado a anos pela natureza, são  conchas que possuem uma grande energia.

A história do Jogo de Búzios

Muitas pessoas acreditam que a cultura do Jogo de Búzios teve origem na África, mas na verdade é que esse jogo é proveniente da cultura Turca. Ele foi levado para a África durante o período de invasão da Turquia ao continente. O jogo de Búzios é uma das artes adivinhatórias, utilizado pelos praticantes religiosos para aqueles que buscam orientação em relação às suas vidas e destinos. Utilizado nas religiões tradicionais africanas em vários países das Américas. 

Com isso ele foi muito difundido entre os africanos que dominaram a técnica com maestria e usaram como um portal para comunicação com as divindades. Em nosso país o Jogo de Búzios espalhou-se juntamente com o Candomblé durante a época da chegada dos primeiros africanos ao Brasil. 

O Jogo de Búzios é a mais procurada quando pessoas buscam saber sobre seu futuro ou entender o momento que estão passando em sua vida. Isso porque é por meio da comunicação com as divindades ou entidades que conseguimos confirmar um Nkisi, Orixá ou Vodun, Exu, Pomba Gira, Catiço, conselhos, profissional, saúde, relacionamento, dicas e até mesmo respostas para qualquer dúvidas obtendo vários esclarecimentos.

Existem muitos métodos de jogo, o mais comum consiste no arremesso de um conjunto de 16 Búzios sobre uma mesa previamente preparada, e na análise da configuração que os Búzios adotam ao cair sobre ela. O sacerdote ou sacerdotisa antes reza e saúda o seu Nkisi, Orixá ou Vodun o dono do terreiro, para dar iniciação com o jogo que será realizado. Após pode consultar qualquer divindade ou entidade que será respondido para pessoa que está se consultando.

Para ter a influência de Jogar primeiro precisa ser apto, ter um bom conhecimento, dom de vidência, ter costumes de se envolver com uma comunicação espiritual. Esses são apenas o inicio para ter o melhor desempenho para dar uma consulta a um cliente e tirar qualquer dúvida que precise. Aulas pela internet, aprender estudando livros, são impróprio para quem quer ter um Jogo de Búzios, precisa nascer com esse dom e receber a mão de Búzios.

Os Búzios Marrons Africanos

Existem os Búzios marrons mais conhecidos como Búzios Africanos, eles são maiores que os de conchas brancas. Mas o uso não é aceito para mesa de Jogo, alguns utilizam esses Búzios para jogar ou misturar com os Búzios de conchas brancas. Mas não é permitido esses Búzios Africanos não correspondem as necessidades para uma divindade ou entidade.

Durante o processo de arremesso será iniciada uma conversa com sua divindade e podendo fazer perguntas. Consideramos que as divindades ou entidades introduzem o modo com os Búzios de modo que se espalham pela mesa, dando assim as respostas tirando às dúvidas que são colocadas.

Entenda como funciona o Jogo de Búzios. 

Para obter o Jogo de Búzios precisa antes de tudo se iniciar em uma Nação do Candomblé, ser batizado passando pela feitura, ser raspado nas tradições da sua cultura correspondente. Aguardar os sete anos e na obrigação será entregue a mão do Jogo de Búzios. 

Mas nem todas as pessoas podem ler os Búzios, esta prática está destinada apenas as pessoas com uma forte espiritualidade. De forma geral a prática é predestinada a Zeladores ou Zeladoras, Filhos de Santo que deram sua obrigação de sete anos e teve o recebimento do seu titulo para ser tornar Zelador, tendo os direitos, autorização e ensinamentos adequados.

A quantidade de Búzios pode variar de acordo com a nação, o mais comum é composto de apenas 16 Búzios. Um jogo de Búzios requer uma mesa completa com uma peneira, pode jogar em um pano branco, com um círculo formado por fio-de-contas (colares de miçangas) destinados as cores das divindades com vários objetos representativos das divindades e para decoração na mesa.

Jogo de Búzios no Candomblé

O Jogo de Búzios é aquele que pode definir a qual divindade será confirmado para o iniciante que vai prosseguir seus caminhos naquele terreiro. A própria divindade do iniciante se apresenta pelo Jogo do Zelador, e daquele momento em diante terão suas afinidades com seu desenvolvimento.

O Zelador ele quem vai verificar e passar as informações das suas entidades como Exu e Catiço correspondente a divindade e sua história, serão aqueles que irão acompanhar sua vida do começo até o fim. No Candomblé existem uma limitação para ter suas divindades e entidades e serão confirmadas pelo jogo, para iniciantes rodantes exemplos: Filho ou Filha terá uma divindade sendo Pai / Mãe, um Exu ou Pomba Gira, um Catiço e um Wunji mensageiro, apenas 04 o total para o seguimento de incorporação.

Cuidado com Jogo de Búzios falsos e enganadores

Muitos podem enganar as pessoas com jogos falsos, se não tiver os preparos corretos o recebimento da mão para Jogar Búzios, o cliente terá informações enganosas será tudo em vão. Alguns compram Búzios pela internet, compra na loja e monta um jogo por si próprio sem ser recebido por um sacerdote, não tem nenhum conhecimento com a história dos antepassados.

Mas infelizmente não terão energia alguma apenas palavras falsas, muitos tentam usar suas vidências para tentar manipular o jogo e usam histórias impróprias para aquele que esta passando como cliente. Por isso cuidado antes de querer se consultar com alguém que façam esses tipos de Jogos, conheça primeiro o sacerdote ou sacerdotisa veja se tem uma boa histórias se é de confiança.

Os perigos podem ser grandes, colocando uma divindade errada na sua vida te manipulando com entidades que não tem haver com suas histórias. Passando trabalhos para obter ganhos financeiros. Cuidado antes de bater em uma porta verifique com quem vai fazer uma consulta, para não se prejudicar.

Vídeo com explicação sobre o JOGO de BÚZIOS edição especial.

Ervas e Folhas correspondente com cada Nkisi Bantu Angola


As ervas contém uma grande quantidade de energia mágica universal e sagrada, quando bem combinadas entre ambas contém um forte poder de limpeza e produzem energias limpas e positivas. O banho de Maionga propõe o axé das ervas de cada Nkisi, eliminando energias negativas produzindo pureza, alto estima e positividade.

Um banho de purificação reúne as ervas e folhas adequadas para cada caso, agindo diretamente sobre qualquer distúrbios, eliminando os sintomas provocados pelo acumulo de energias negativas. Essas ervas podem ser usadas em rituais diversos, e também em obrigações de ano.

Nesta relação vamos encontrar as folhas e ervas mais utilizadas para banho de purificação, descarrego, mas nem todas essas ervas são apropriadas para banho, tem outras afinidades importantes nos rituais, e que são fáceis de encontrar. 

Conheça a lista das folhas e ervas mais populares, que correspondem a cada Nkisi tradição Bantu Angola.

Folha da costa: Todos os Nkisi

Erva de santa luzia: Dandalunda

Pimentinha d’Água: Dandalunda

Akoko: Katendê, Nkosi, Matamba

São Gonçalinho: Mutakalambô

Sete sangrias: KongoLuande

Boldo: Lembá

Bete cheiroso: Lembá, Mikaia

Goiabeira: Mutakalambô, Nkosi

Mamona: Katendê, Kaviungo

Mamona vermelha: Pambu Njila, Katendê

Peregun liso: Nkosi

Neve Branca: Lembá

Peregun Listrado: Matamba

Carqueja: Mutakalambô

Mbauba / Embaúba: Nzumbarandá, Mikaia

Gameleira branca: Tempo, Nkassuté

Canela de velho: Kaviungo, Nzumbarandá

Macaçá: Dandalunda, Lembá, Mikaia, Nkosi

Melissa / Melissa officinalis: Dandalunda

Para raio / Cinamomo: Matamba

Beti branco / Água de alevante: Lembá, Mikaia

Alfavaca / Erva doce: Lembá, Wunji, Matamba

Folha da fortuna: Pambu Njila

Folha da fortuna redonda: Nzazi

Aroeira: Nkosi

Poejo: Matamba, Wunji

Erva prata: Matamba

Picão: Nkosi

Patchouli: Dandalunda

Alecrim de caboclo: Mutakalambô, Nkassuté

Guiné: Mutakalambô, Katendê

Alecrin: Lembá

Louro: Matamba, Lembá

Língua de vaca: Mikaia

Alevante: Lembá

Dormideira: Nzumbarandá 

Pata de vaca: Kaviungo, Matamba

Cana do Brejo: Lembá, Mutakalambô e Nzumbarandá

Oriri: Dandalunda, Mikaia, Hongolo

Manjericão: Lembá, Mikaia

Obó: Nzazi, Hongolo

Erva passarinho: Kaviungo

Capeba: Mikaia

Folha de Obí: Lembá

Folha de Algodão: Lembá

Cana do brejo: Lembá, Nzumbarandá, Mutakalambô

Vence demanda: Nkosi

Picão Roxo: Nkosi, Mutakalambô

Erva Capitão: Nkosi

Colônia: Mikaia, Dandalunda

Carrapateira: Pambu Njila, Kaviungo

Barba de velho: Kaviungo, Nzumbarandá

Erva Batata Doce: Hongolo, Wunji

Erva Tostão: Matamba, Nzazi

Urtiga: Pambu Njila

Baroneza: Nzumbarandá

Tiririca: Pambu Njila, Nkosi, Mutakalambô

Folha de bambú: Matamba, Lembá

Folha jenipapo: Kaviungo

Taioba: Hongolo, Nzumbarandá, Matamba

Arruda: Lembá

Agrião: Lembá, Dandalunda

Alface: Matamba

Folha de Tamarindo: Lembá

Folha de abóbora: Nzambi Mpungu

Folha da cana: Pambu Njila

Folha do Milho: Mutakalambô

Vitória regia: Dandalunda

Folha do limão: Pambu Njila

Folha da mangueira: Nkosi

Folha da jaqueira: Mutakalambô, Pambu Njila

Folha do baobá: Tempo, Lembá, Nzazi

Folha do mamoeiro: Lembá

Negamina: Nzazi, Mikaia, Dandalunda

Erva Silvina: Kaviungo, Nzumbarandá

Folha do cajazeiro: Nkosi

Sabugueiro: KongoLuande

Canela: Wunji, Dandalunda

Alfavaca: Matamba

Arrebenta cavalo: Pambu Njila, Nkosi

Bananeira: Pambu Nijla

Unha de gato: Pambu Nijla

Jarrinha: Dandalunda

Oripepé: Dandalunda

Bredo sem espinho: Mikaia

Rama de leite: Mikaia

Catinga de mulata: Mikaia

Mangerona: Mikaia, Nzazi, Matamba

Jibóia: Hongolo

Mostarda: Nzumbarandá

Nativo: Dandalunda

Língua de vaca: Dandalunda

Língua de galinha: Nzazi

Mutamba: Matamba

Bredo: Matamba

Manacã: Nzumbarandá

Babosa: Pambu Njila

Melão são Caetano: Hongolo, Nzumbarandá, Dandalunda

Espada de São Jorge: Nkosi

Plantas e Ervas Medicinais de NKOSI

Ervas Medicinais e Plantas de Nkosi

Açucena rajada / Cebola-cencém: Esta cebola somente é usada nos sacudimentos domiciliares, a medicina caseira utiliza as folhas como emoliente.

Agrião: Excelente alimento sem uso para ritualístico, tem um enorme prestígio no tratamento das doenças respiratórias. Usado como xarope põe fim às tosses e bronquites é expectorante de ação ligeira.

Arnica erva lanceta: É empregada nos banhos de purificação dos filhos de Nkosi, excelente remédio na medicina caseira, tanto interna como externamente usado nas contusões, tombos, cortes e lesões, para recomposição dos tecidos.

Aroeira: É aplicada nos sacudimentos nos banhos de descarrego e nas purificações, usada na medicina caseira, e cura de feridas e úlceras, e resolve casos de inflamações do aparelho genital.

Cana de Brejo / Ubacaia: Na medicina caseira é usado para combater afecções renais com bastante sucesso. Combate a anuria, inflamações da uretra e na leucorreia, seu princípio ativo é o estrifno. Há bastante fama referente ao seu emprego anti sifilítico.

Canjerana / Pau santo: Em rituais é usada a casca, para constituir pó, que funcionará como afugentador de Nvumbis e para anular ondas negativas. Seu chá atua como antifebril contra as diarreias e para debelar dispepsias. O cozimento das cascas também é cicatrizador de feridas.

Carqueja: Sem uso ritualístico, a medicina caseira aponta esta erva como cura decisiva nos males do estômago e do fígado. Também tem apresentado resultado positivo no tratamento da diabetes e no emagrecimento.

Crista de galo: Não tem uso em obrigações de ritual, a medicina caseira, indica para curar diarreias.

Espada de São Jorge: Aplica em banhos de descarrego. A planta Espada de São Jorge serve como amuleto contra energias negativas, servindo assim como um escudo para residências. Representa a prosperidade principalmente com as bordas amareladas.

Erva tostão: Aplicada apenas em banhos de descarrego, usando as folhas, a medicina popular utiliza contra os males do fígado, beneficiando o aparelho renal.

Grumixameira: A arte de curar usada indica o cozimento das folhas em banhos aromáticos e na cura do reumatismo. Banhos demorados eliminam a fadiga nas pernas.

Guarabu / Pau roxo: Usado somente as folhas que são aromáticas, a medicina caseira indica o chá das folhas, possui efeito balsâmico e fortificante.

Helicônia: Utilizada nos banhos de purificação dos filhos de Nkosi. A medicina caseira a indica como debelador de reumatismo, aplicando o cozimento de toda a planta em banhos o resultado é positivo.

Japecanga: Não tem aplicação nas obrigações, a medicina caseira aconselha seu uso como depurativo do sangue, no reumatismo e moléstias de pele.

Jatobá / Jataí: Erva poderosa porém sem aplicação no ritual, somente usada como remédio que se emprega aos filhos recolhidos para obrigações de longo prazo. Ótimo fortificante não possui uso na medicina popular.

Jucá: Não tem uso em obrigações de ritual, o uso popular há um cozimento demorado das cascas e sementes, coando e reservando em uma garrafa, usar quando houver ferimentos talhos e feridas.

Limão bravo: O limão bravo juntamente com o xarope de bromofórmio, beneficia brônquios e pulmões, pondo fim às tosses rebeldes e crônicas.

Losna: É usada pela medicina caseira como poderoso vermífugo, mais particularmente usada na destruição das solitárias usando como chá. É energético tônico e para combate de febres.

Óleo pardo: Planta utilizada na medicina caseira, cozimento da raiz é indicado para curar úlceras e para matar vermes de animais.

Piri-piri: É extraordinário anti hemorrágico, os caules secos e reduzidos a pó depois de queimados estancam hemorragias. O mesmo pó se mistura com água e açúcar extermina a disenteria.

São gonçalinho: É uma erva santa pelas múltiplas aplicações ritualísticas a que está sujeita. Na medicina caseira usa como anti térmico e para combater febres malignas feitos em chá.

Tanchagem: A medicina popular ou caseira afirma que a raiz e as folhas são tônicas antifebris e adstringentes, excelente na cura da angina e da caxumba.

Vassourinha de igreja: Utilizado nos sacudimentos de domicílio local onde o homem exerce atividades profissionais. Não possui uso na medicina popular.